O Coração não, o Estômago,
não o Coração o Estômago sim,
O Coração, o Estômago,
não e sim.
Talvez o esôfago,
a marginal direta ao Estômago,
mas o Coração?
Não, o Coração não,
o Estômago.
O Estômago e não o Coração,
o estômago de um estóico,
mas só o seu Estômago,
não o estóico, nem seu Coração.
O Estômago sim, o Coração não,
não o estômago e o Coração,
o Coração não, só o Estômago.
Estômago e pronto.
O Coração não, o Estômago,
não o Coração o Estômago sim.
O Coração, o Estômago,
não e sim.
Talvez só o Coração de Caramelo,
e o de Frango,
o Estômago qualquer, todo e todos,
mas continuando com as restrições do Coração, sim...
O comestível ou decorativo sim,
mas o do tamanho do punho não.
Mas o Estômago do tamanho de nossas angustias,
esse sim que não é decorativo, pós-alimento.
O Estômago sim,
mas não o por demais visceral,
o Estômago órgão,
o Estômago dos chutes e socos recebidos.
O Coração não, não mais,
o coração, bem menos,
sem nenhuma conotação,
o coração... só.
O Estômago sim,
pode ser.
O Coração gasto,
cansado, esse não,
esse é mesmo só coração.
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Um Objeto Quando Esquece
PoezjaMantendo vigente um processo antropológico de criação, a poesia continua sendo um cuspe, uma exclamação. Uma poesia material, visual, detalhista, figurativa, uma poesia de madeira e metal. Poesia que dialoga com o espaço físico, tem forma, objetos e...