Aquário

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Precisava de um aquário para lhe fazer companhia...

Encasquetou. Silencioso e presente o bastante para fazer presença nos momentos alegres, mas solitários enquanto escrevia... Um enorme peixe dourado a lhe observar com dois grandes olhos. Boca e guelras em constantes movimentos, mas pareciam mais súplicas do que qualquer outro gesto de vida.

Sentiu-se tão preso e sufocado quanto aquele peixe, aquela presença agora o incomodava, o motor do filtro e as bolhas de água causavam um barulho

ensurdecedor.

Havia ali dentro daqueles 100 litros um pedido

constante e silencioso de socorro que o ligava quase de forma magnética, escrava aquela visão. A partir dali por trás do vidro num reflexo sem muita exatidão via-se preso outra vez solitário de mãos atadas

sem poder nadar...

Um Objeto Quando EsqueceOnde histórias criam vida. Descubra agora