Então ia retirando tijolo à tijolo, recontando,
devolvendo cada um ao depósito, construindo
torres ou cubos maciços que em nada lembravam os seus projetos. Neste momento os repensava,
imaginava-os melhorados, concretizados. Era o tempo de entende-los e definir aqueles ainda não muito claro em sua mente como por exemplo: A Ponte Subterrânea.
Ao final juntava o bilhete "refaça a ponte" a pilha de
recortes iguais espetados no porta recado. Refazia os cálculos que se repetiam sem-pre-cor-retos. Então começava a reconstruir a ponte, desde a colocação do primeiro tijolo já sabia que queria que recompô-la
outras tantas vezes, mas assim mesmo era perfeito em casa movimento naquela nova tentativa de transpor
um abismo...
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Um Objeto Quando Esquece
PoetryMantendo vigente um processo antropológico de criação, a poesia continua sendo um cuspe, uma exclamação. Uma poesia material, visual, detalhista, figurativa, uma poesia de madeira e metal. Poesia que dialoga com o espaço físico, tem forma, objetos e...