A Filosofia do grito,
cabeças e braços,
o dorso do cavalo malhado,
o torso escuro na sombra.
O grito silencioso, contínuo
o movimento em desespero, estático.
Fêmur, porrete janela lamparina,
a tentativa de imprimir o grito na história.
Ferradura castidade,
os seres atingem um nível de existência,
de existência somente.
Persistência da garganta, do som do corpo rojo.
A bi dimensionalidade das casas,
a construção de arestas por corpos mutilados,
a criança morta,
a cabeça que ainda respira.
Qualquer coisa respira,
pedra touro sono vento.
Expressões de mármore e a dança das cores,
mas a dubiedade do escuro
não ignora um seio ou uma flor...
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Um Objeto Quando Esquece
PoetryMantendo vigente um processo antropológico de criação, a poesia continua sendo um cuspe, uma exclamação. Uma poesia material, visual, detalhista, figurativa, uma poesia de madeira e metal. Poesia que dialoga com o espaço físico, tem forma, objetos e...