"27"

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Corri para abraça-los, nada mais parecia importar, eles estavam ali e isso já era o suficiente. Os dois se levantaram para um abraço, três corpos unidos e um alivio evidente para todos nós.

- oi Analu! linda como sempre... - Dominic disse sorrindo.

- Dominic seu idiota! onde esteve? -perguntei.

- nem eu sei... essa é a pior parte, mas ta tudo bem, - ele me deu um leve soco no braço - então sentiu a minha falta... bom saber.

- não senti sua falta... - menti.

Mariana estava maravilhada, os olhos fixados em Dominic e um sorriso que parecia não querer desaparecer.

- Analu... - John interrompeu - precisamos conversar, se não se importa.

- Hoje não. - falei - só... me deixe esquecer um pouco tudo isso e ficar feliz como uma pessoa normal, está bem?

- quem é esse cara ai? - Dominic perguntou.

- ah, sim... desculpe, esse é o Leinad - completei - meu amigo.

- e onde Daniel está? - ele continuou.

- eu não sei... mas não importa, você está aqui, e isso já é má sorte o suficiente para um dia! - brinquei.

- engraçadinha...

Leinad sorriu.

- Eu poderia... ter um tempo a sós com o Dominic? - Mariana perguntou - por favor.

- tudo bem, já estávamos de saída... depois preciso falar com você Maria, sobre o que aconteceu hoje.

Ela pareceu não entender, mas assentiu mesmo assim.

Leinad e eu já estávamos no carro quando ele resolveu abrir o verbo.

- tudo bem... pode começar a dizer o que está havendo. - ele disse.

- Ah Leinad... anjos da morte, crianças, desaparecimentos... coisas demais para uma conversa só.

- ok, você precisa de sorvete!

- o quê? - perguntei.

- sorvete sempre descomplica as coisas...

Sorri.

- tem razão, preciso de sorvete!

Ele me levou a sorveteria Pimpinella's, e após fazermos o pedido ele me encarou esperançoso.

- já que não podemos falar do acontecimento de hoje mais cedo, que tal me contar mais sobre aquele tal de Daniel...

- Daniel foi o grande amor de minha vida. - falei de imediato - e não há nada mais para falar dele.

- eu me recuso a acreditar nisso.

- por quê?

- se ele foi o grande amor de sua vida, deve haver muitas coisas para falar dele... e quero saber de tudo!

- não há muito o que saber... nós nos conhecemos, me apaixonei perdidamente, ficamos juntos e... bem... ele foi em bora.

- nossa... que superficial. - Leinad completou desapontado.

- não há nada de superficial nisso!- falei - Nossa história de amor foi épica...

- então me conte mais! ele era um imortal como você?

- sim... mas não como eu, ele era melhor, ele era o melhor!

- entendo... e o que o fez partir?

Anjos na escuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora