Capiulo 27 - Discussão

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Bianca.

Neste momento Miguel abre a porta, entra e encara meu pai. O silencio domina na sala por um tempo, mas logo ele o quebra.

Miguel - Nicolas... - estranha - oi. 

  Eles se cumprimentam e eu só observo, meu pai apresenta Eliza para Miguele eu continuo ali. Penso mil formas de convence-lo de que Brian é bom para mim,

Pai - Miguel, que histótia é essa de que a Bianca está namorando com o Brian?

Miguel - A história é que eu não pude fazer nada, tua filha é marrenta pra caralho.

Pai - Disso eu sei, mas se você não consegue controlar uma adolescente, como pode comandar uma comunidade dessas?!

Eu - Ei! - me meto mas sou ignorada.

Miguel - Acontece que eu não posso matar ela - arregalo meus olhos - e também não quero - me sinto aliviada.

Pai - Matasse ele então! - se exalta.

Eu - NÃO! - me desespero.

Eliza - Não é pra tanto Nicolas. - repreende meu pai - Uma hora ela ia namorar, casar e ter filhos. Ela vai crescer.

Pai - Ela tem QUINZE anos! Ela vai fazer dezesseis anos Eliza.

Eu - E sou mais responsável que o senhor não é mesmo?!

Pai - Fica quieta Bianca.

Eu - Por que?! Só porque é verdade?

Pai - Cala a boca.

Eu - Você deixou sua filhinha de QUINZE anos sozinha no Brasil...

Pai - Não, eu te deixei com o Miguel. - me interrompe.

Eu - Nossa, não podemos esquecer, - pauso - me deixou sozinha no Brasil, com um total desconhecido, dentro de um morro.

Pai - Você sabe que eu tive os meus motivos! - ele começa a se irritar.

Eu - Mas você nao pode me prender para sempre! Eu vou crescer como a Eliza disse e eu JÁ CRESCI! SEM A SUA AJUDA!

Pai -EU SEMPRE FUI UM BOM PAI PRA VOCÊ GAROTA! - ele começa a se aproximar e eu faço o mesmo.

Eu - SIM! QUANDO ESTAVA PRESENTE, TIPO UMAS DUAS VEZES POR SEMANA!

Pai - VOCÊ SEMPRE TEVE TUDO!

Eu - EU SEMPRE TIVE TUDO! MENOS O MAIS IMPORTANTE E AGORA EU TENHO, PORQUE O BRIAN ME AMA! O MIGUEL É MEU AMIGO DE VERDADE! EU TENHO AMIGOS QUE NÃO LIGAM PRO QUE EU TENHO OU DEIXO DE TER, PRA ONDE EU MORO OU DEIXO DE MORAR! EU SOU FELIZ E SEM VOCÊ! PORQUE EU ME ACOSTUMEI E VOCÊ NÃO FAZ MAIS DIFERENÇA NE-NHU-MA! - grito totalmente exaltada.

  Nesse momento a raiva sobe e ferve o sangue de meu pai e o mesmo levanta pela primeira vez na vida a mão para mim e eu só sinto o meu rosto formigar, quando percebo estou no chão e sinto o impacto da minha cabeça batendo no chão, eu vejo eles correndo em minha direção e suas bocas se movimentando, mas não ouço nada, sinto uma grande pressão em minha cabeça, como se fosse apertada, meus olhos estão abertos, mas vejo tudo preto e eles se fecham, não vejo nem sinto ou pelo menos ouço mais nada...


Patricinha do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora