Forgotten

[07A] - Exploradores

Hey pessoal! Espero que estejam gostando da estória, estou me divertido muito escrevendo. Só estou fazendo essa pausa porque queria perguntar uma coisa para vocês:

Como vocês estão imaginando a personagem principal? Como nunca dei nome, que nome vocês imaginaram para ela?

Eu tenho tudo isso em mente, mas gostaria de saber de vocês. ;)

Desculpe a interrupção...

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Ficamos encarando os cartões pregados na parede por tachinhas coloridas por alguns minutos. Estávamos na primeira visitação oficial no meu museu de horrores. Admiramos aquela obra incapaz de entender ou decifrar. Fizemos uma parada para pipoca e voltamos a encarar. Às vezes, me distraia e me pegava admirando minha loucura. Eu podia tocá-lo e sentir seu cheiro, já não me importava de onde ele tinha vindo, ou se era só uma projeção HD-4D da minha mente. Eu estava deslumbrada que minha mente conseguisse me transmitir algo tão realista.

Ao fim de quatro horas desistimos, deitamos no chão da área externa encarando o céu iluminado. A lua cheia brilhava sobre o oceano e algumas poucas estrelas apareciam.

– Acho que os enigmas acabaram, talvez não seja pra a gente encontrar uma resposta – virei de barriga para baixo olhando para Hayden que brincava de embaralhar os cartões.

– Ou estamos deixando passar alguma coisa... – Hayden fitava cada uma das letras como se procurasse por letras minúsculas dentro das palavras.

– O que estamos deixando passar...?

Hayden me olhou sem resposta e deu de ombros continuando a embaralhar.

A noite ficou mais fria e decidimos dormir. Não precisei mostrar onde tudo ficava, ele já era de casa.

Deitei na cama mentalmente cansada daquele dia, era muita coisa para assimilar. Encarei por um tempo o teto deixando que pensamentos fluíssem, mas antes que pudesse ir longe demais apaguei. Sonhei com Hayden, um sonho sem palavras, eu só via seu rosto sorrindo para mim numa praia de areia preta. O sentimento que me tomava era maravilhoso, difícil de descrever.

Acordei como no dia anterior, e todos os anteriores, achando que tudo foi um sonho e quando abrisse os olhos tudo estaria normal. Como em todas as manhãs me frustrei.

Lembrei de Hayden e pulei da cama com medo de que tudo fosse um sonho. Corri até o quarto dele e abri a porta com cuidado rezando para que ele ainda estivesse ali.

Quando finalmente consegui espiar a cama, ela estava bem forrada e o quarto intocado como quando cheguei naquela casa. Um Hayden real não passava de um sonho? Era uma mentira da minha mente?

– Não.

O toque no meu ombro fez com que eu desse um salto assustada. O grito ficou engasgado na minha garganta. Olhei para Hayden aliviada, ele ainda era real.

Com um sorriso estampado, ele estendeu um copo de suco para mim. Dei um gole esperando que ele dissesse algo que claramente estava na ponta de sua língua.

– Acho que não estamos procurando as respostas no lugar certo. Você encontrou pistas quando foi na minha casa, mas você só passou a me ver quando foi na casa do lado. E se nós procurássemos lá?

Olhei para ele ainda bebendo o suco. Aquela parecia uma boa teoria. Eu não havia explorado muito as casas daquele bairro, depois de encontrar a que gostei, fiquei por ali.