From Hell To Heaven [SENDO EDITADA]

Matando a Saudade

Part/Sofia

Bárbara tinha ido tomar banho, então quando ela voltou pro quarto a luz já estava apagada e eu estava de baixo do edredom. Na verdade eu estava fazendo um showzinho para ela me contar quem era e o que ela falou no celular, mas Bárbara permaneceu calada, colocou uma roupa e foi dormir sem falar absolutamente nada. Quer dizer, eu achei que ela tinha dormido.

— Mesmo ele sendo tão errado, é dele que você gosta!— Ela quebrou o silêncio. Aquilo me deu um aperto no coração e eu suspirei.

Que eu gostava dele era algo inegável. Depois de tudo que passamos, por mais que fosse pouco, foi tão intenso. Eu sabia o quanto estava apaixonada, mas mal conseguia expressar tudo o que eu conseguia sentir. Era tudo tão complicado e namorar uma pessoa pública acabava pressionando ainda mais. As pessoas querendo saber quem sou eu, minhas amigas envolvidas completamente com seus amigos. Era tanto vínculo que me doía pensar que nunca mais poderia desligá-lo da minha vida completamente. Eu queria, para fingir que foi um surto seguir em paz.

Eu queria que aquele ano acabasse e queria deixar todo o passado nesse ano. Queria me tornar alguém melhor. Eu estava abalada pelo término, mas nada justificava o jantar que ele teve com Alice mesmo que não tivesse acontecido nada. Ele sabia como eu era, sabia dos meus medos, sabia que para conquistar minha confiança ele apanhou muito e um namoro sem confiança não era nada. Eu só fingia estar me recuperando bem, fingia que não estava acontecendo nada, mas eu só queria sumir por uns dias e voltar com a minha vida reorganizada. Eu tinha em mente que precisávamos amadurecer muito antes de começarmos algo, talvez fomos rápido demais e tudo atrapalhou.

A madrugada passava e eu não parava de pensar, eu chorava tanto que as vezes me dava falta de ar. Pedia a Deus pra que me mandasse forças e que me ajudasse a superar essa saudade incontrolável que eu estava sentindo. Toda hora eu tinha vontade de ligar, mas meu orgulho era tão grande que não deixava eu pegar no celular. Ainda não tinha apagado fotos, mensagens, não conseguia me livrar das coisas que Justin havia me dado. Estava tudo guardado a sete chaves. Parecia que ele havia levado com ele uma parte de mim.

Part/Justin

No primeiro momento eu queria curtir a minha brisa, mas não tinha em casa. Tanto tempo sem fumar e quando dou uma recaída não tinha estoque. Então decidi ir em uma boate que eu não ia há muito tempo. Queria me divertir, minha folga estava prestes a acabar.

A saudade bateu tão forte, talvez fosse a ficha caindo de que realmente Sofia não voltaria. Meu coração apertou, um nó se formava em minha garganta e a única coisa que eu não queria e nem precisava naquele momento era chorar. Eu peguei o celular e minha emoção foi mais forte que meu orgulho.

"Tenha uma boa noite."— Justin.

Demorei cerca de uma hora e meia pra me arrumar. Me perfumei e desci, troquei umas mensagens com Sofia antes de ir, e aquilo já havia me recarregou, era como se eu precisava dela.

[...]

Cheguei na boate e peguei um camarote, logo avistei uma mulher incrível, os olhares eram voltados para ela já que a mesma chamava atenção e tinha um corpo que excitava só de olhar. Pedi para que um dos meus seguranças oferecessem uma bebida à ela e pegasse uma para mim, de preferência um whisky duplo. Minutos depois a mulher se aproximou de meu camarote. Eu a reconheci, já havia ficado com ela algumas vezes em festas e sociais.

Seu nome era Manuella, a convidei para entrar no camarote e começamos a beber. Pedi para que encontrassem erva, êxtase ou alguma coisa que me tirasse do ar por algumas horas. Eu estava fazendo mal a mim, mas não tinha ninguém que me ajudasse. Manu trouxe algumas drogas e começamos a usar. Eu já estava ficando ruim, a puxei e puxei algumas garotas para um quarto que meu camarote dava acesso. Cheio de mulheres me rodeando, elas começaram a distribuir beijos pelo meu corpo e eu estava excitado com com tantas carícias. Manuella me olhava com luxúria então, minha festa começaria por ela.