Planos

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Part/Justin

Parecia que tudo que havia acontecido na noite passada não passou de um surto. Era mais complicado ainda quando a pessoa não jogava limpo comigo, uma hora estava ali, bem. Outra hora simplesmente sumia e não queria mais me ver. Algumas pessoas não entendem que não é só o coração delas que estão envolvidos nisso. Eu tentava entendê-la principalmente pelo histórico que tenho, mas tem coisas que não dava para digerir.

Havia acabado de chegar na casa da Sofia. Ela não podia simplesmente fazer o que quisesse como se só ela tivesse sentimentos.

— Justin! — Ela parecia estar surpresa, mas abriu um sorriso. — O que aconteceu?

— Eu queria conversar com a Sofia. — Levantei uma das minhas sobrancelhas como se dissesse que não estava nada bem. — Precisamos resolver umas coisas pendentes.

— Entra. — Heloísa abriu um pouco mais a porta. — Pode subir, ela tá no quarto. — Subi as escadas e eu escutava vozes de dentro do quarto, não só a dela. Dei três batidas na porta e ouvi um "entra" logo em seguida. Abri a porta lentamente e me encostei no batente da porta. Bárbara, Jolie, Ellen e Sofia me olhavam, pareciam não acreditar que eu estava ali.

— Acho que vamos sobrar vamos lá para sala! — Dizia Bárbara puxando Ellen, já que a mesma relutou para sair. Jolie saiu logo atrás. Sofia suspirou e se ajeitou na cama.

— Bom, acho precisamos conversar.— Dizia enquanto entrava no quarto e fechava a porta.

— Justin, por favor! — Seu olhar era de piedade.— Não complica as coisas!

— Você sabe que isso tudo é falta de conversa. — Eu me sentei na beira de sua cama. — Em algum momento você perguntou pra mim como eu me sentia em relação a todas as atitudes que você tomou?— Ela me encarou pela primeira vez desde que entrei ali. — Você só fez o que tinha vontade e não se importou com o que eu sinto ou com o que tivemos. — Eu tentava buscar palavras que não a magoariam. O intuito não era esse. — Eu errei em não ter dito nada sobre o que aconteceu na Rússia, eu fui um completo de um babaca por ter aceitado jantar com ela. — A cada momento que passava eu tentava fazer Sofia ver que nada do que eu estava falando ali era mentira. — Eu não te traí, mas infelizmente não tenho como provar. Só tenho minhas palavras. — Eu Suspirei e me levantei, me encostei próximo a janela e olhei para a porta, aquilo estava sendo doloroso para mim. — Saber que você não dá valor ao dizer que ama uma pessoa do mesmo jeito que eu valorizo foi um tiro no pé. Eu só queria que você fosse sincera comigo e diga o que realmente tá acontecendo e o que você quer de mim. Não é só você que sofre, que se sente mal. Eu não sou um monstro e espero que você entenda isso um dia.— Ela suspirou e se levantou. Seu olhar tinha um pouco de tristeza e raiva.

— Eu nunca me entreguei para alguém como me entreguei pra você, mas você também nem reconhece a maneira que me machucou não é? — Ela prendeu seu cabelo em um coque e eu percebia sua voz embargar. — A minha vida inteira mudou depois que você apareceu. Mesmo não parecendo, eu me joguei em seus braços na primeira oportunidade que tive e hoje em dia, com tantas mudanças posso dizer que não sou mais a mesma. — Uma lágrima escorreu pelo seu rosto e eu tinha certeza que aquela dor não era só eu que estava sentindo.

— Eu nunca te obriguei a nada, então vou respeitar as suas escolhas. — Me Desencostei da parede e caminhei lentamente até ela. Percebi a mesma se destabilizar.

Ela sessou o espaço que havia entre nós dois me encarou e ficou ali por um tempo. Segundos depois, Sofia envolveu seus braços em meu pescoço e colou nossos lábios. Eu coloquei minhas mãos nem sua cintura e iniciamos um beijo lento e calmo. Triste dizer que aquele beijo estava com gosto de despedida. Nossas línguas se entrelaçavam e conforme o tempo ia passando, o beijo ia se intensificando, mas parei assim que percebi que não nos desgrudarismos se dependesse dela. Eu queria respeitá-la e não queria me machucar ainda mais. , mas aquele beijo estava amargo com gosto de despedida, nossas línguas estavam em uma pequena batalha, o beijo estava ficando intenso assim como o fôlego estava acabado.

From Hell To Heaven [SENDO EDITADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora