A Filha da Empregada 3 - FINALIZADA

Capítulo 24 (BÔNUS-TOMÁS)

BÔNUS - TOMÁS

Ver Caio Sherman ser pai, era uma coisa surreal para mim. E acho que para muitos que conhecem ele desde os tempos do colegial. Ele havia se transformado em um verdadeiro pai babão e possessivo, com razão já que Ana Júlia é o bebê mais lindo que eu já vi.

Com certeza a beleza da mãe havia ajudado e muito. Não nego que acho Clarissa gatissima, sempre achei e deixei bem claro.

Hoje em dia eu fico pensando como o tempo passou rápido e muitas coisas mudaram. Nunca que Tomás Campos seria amigo de alguma mulher. Principalmente Clarissa, que eu fiquei super afim dela quando nos conhecemos, realmente as coisas mudam.

– Acorda pra vida, cacete!

Pisquei algumas vezes e fiz uma careta ao sentir o tapa nas costas. Maldito Gabriel!

– Ai filho da puta! - mostrei o dedo do meio á ele.

– Você tava ai pensando na morte da bezerra - ele deu de ombros.

– Eu penso, se é que vocês não saibam - revirei os olhos, dando mais um gole na minha cerveja.

– Isso é uma novidade cara - Pablo riu.

– Vão se foder!

– Que tal você gastar essa raivinha toda, indo pegar mais um saco de carvão? - Roberto, pai de Clarissa, me encarou.

– Eu vou, Roberto. Só porque sou uma pessoa legal.

– Muito obrigado - ele riu.

Me levantei com minha latinha de cerveja, o ambiente estava muito bom. Todos nossos amigos estavam ali para recepcionar a pequena Anaju, já havia pego ela nos braços, com muito custo deixei Caio pegar ela novamente. Aquele cheirinho gostoso de bebê era muito bom.

Desci os degraus da área, atravessei para o outro lado da piscina e caminhei pelo corredor reto até chegar na garagem, peguei mais um saco de carvão que havíamos deixado ali para que as crianças não mexessem. Fiz o mesmo caminho e entreguei o saco de carvão para Gabriel, que estava responsável pela churrasqueira dessa vez.

– Oi.

Virei-me para o lado onde Isabela sorria.

– E ai ridícula - á abracei de lado, beijando seu rosto.

– Ridícula teu cú.

– Não, ele é bonitinho.

Nós dois começamos a rir, fazendo com o que os outros nos olhassem assustados.

– Percebi que você tá meio no mundo da lua, aconteceu alguma coisa? - Bela me encarou.

Aquela chata já me conhecia o suficiente para saber se eu estava bem ou não.

– Realmente tô meio lento hoje, mas não é nada de mais.

– Mesmo? - ela ergueu á sobrancelha - Talvez isso tenha nome e sobrenome.

– Sai pra lá com essas suas noias, Isabela!

– Ficou bravo. Você só me chama de Isabela, quando está boladinho.

– Você me irrita.

– Sentimento é recíproco.

– Otária.

– Eu também te amo, Tomás - ela sorriu, cínica.

– E quem disse que eu te amo? - á encarei segurando o riso.

– Você.

– Quero provas.

– Tem certeza? Posso mostrar suas declarações de amor durante a madrugada pelo Whatsapp - Isabela me encarou já pegando celular do bolso.