CLARISSA SHERMAN
Uma semana depois...
Aquela primeira semana em casa havia sido um pouco complicada.
A partir do momento em que Caio saia para a empresa, eu já me sentia ameaçada. Como se alguém estivesse ali, me vigiando e se preparando para dar o bote. Era uma sensação horrível.
Procurei me distrair o melhor possível, com as coisas da festa do batizado da Ana Júlia. Que a propósito eu não á tirava de perto, não sabia o que iria fazer quando voltasse a trabalhar. Mas contratar uma babá, não mais, durante um bom tempo. Talvez, minha mãe aceitasse ficar com ela, até irmos embora para Nova York.
O sábado veio ensolarado, os pássaros cantavam com a intenção de te acordar. Com certeza.
Abri meu olhos e me sentei na cama devagar, me espreguicei e dei um breve olhada em Caio, que ainda dormia. Sorri instantaneamente e me levantei.
Fui até o banheiro e escovei os dentes, enquanto lavava o rosto escutei o choro daquela coisinha soar pelo aparelho da babá eletrônica.
– Eu já vou - disse baixinho.
Sai do quarto prendendo meu cabelo em um nó. Bruce estava na porta do quarto dela, como de costume, á abri completamente depois de falar com ele e fui até o berço.
– Bom dia, minha coisinha dos olhos azuis - ri, enquanto pegava ela - caramba, tá parecendo uma bolotinha, filha.
Ela soltou um sorriso junto ao seu gritinho.
– Vamos tomar um banho, antes de tomar seu café?
Ela continuou a sorrir, enquanto tentava pegar o pingente da correntinha em meu peito.
– Sabe de quem ganhei? Do vovô. Mas do vovô Roberto, foi meu presente de quinze anos. É uma das coisas mais importantes pra mim - sorri, enquanto íamos até o banheiro.
Liguei a torneira para que a banheira enchesse na temperatura ideal, deitei Anaju no trocador para tirar seu pijama e a fralda.
– Nada de número dois? Isso é ótimo, deixa pra quando for a vez do seu pai trocar - disse como se estivesse cochichando.
Ela mordia o mordedor sem dó, enquanto eu apenas namorava ela sorrindo como uma idiota.
– Mas de todos os presentes, você é o mais lindo e o mais especial, meu amor.
Beijei sua testa, á peguei e levei até a banheira.
Ela soltou um riso escandaloso, após sentir a água morna em seu pequeno corpinho. Ana Júlia adorava água, como gostava.
– Eu escolho a roupa e troco - ouvi a voz de Caio.
Me virei para encara-lo, ainda apenas com o short do pijama.
– A roupa já está no sofá, então você não terá tanto trabalho - pisquei.
– Ok, vou ver mesmo assim. Vai que você comprou uma roupa muito curta.
– Caio para com essa neura - soltei um riso - seu pai é maluco, filha.
– Maluco não, só protetor e ciumento também - ele disse um pouco alto, depois de sair do banheiro.
Ao terminar de dar banho nela, Caio pegou e levou para o trocador do quarto, enquanto ele arrumava ela, eu arrumava algumas coisas fora do lugar e ficava de olho também.
Ele até que não era mal, sabia muito bem trocar um bebê.
– Que linda - eu disse, sorrindo.
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A Filha da Empregada 3 - FINALIZADA
Romance"TERCEIRO LIVRO DA SÉRIE AFDE" Cinco anos haviam se passado e novidades eram o que não faltavam. Clarissa e Caio estavam casados á exatos seis anos e acabavam de receber a notícia que mais alguém viria para completar a família. Mas a dúvida era: se...