Capítulo 30

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CLARISSA SHERMAN

Eram onze horas da manhã de uma terça-feira, minha casa começava a lotar com nossos amigos chegando. Caio ainda dormia, efeito do remédio.

Acabava de atender uma ligação da Ane.

"Oi"

"Como ele está?"

"Devastado. Dei um remédio para que ele conseguisse dormir"

"Isso me pegou completamente de surpresa"

"Pegou á todos nós, Ane"

"Acabei de comprar uma passagem Rio-São Paulo, daqui uma hora, uma hora e meia eu estou por ai"

"Obrigada, amiga. De verdade"

"Não tem o que agradecer, sei que vocês fariam o mesmo por mim"

"Sem dúvidas"

"Dê um beijo na Anaju por mim, até mais amiga"

"Ok, até mais"

Coloquei o celular de lado e encarei a pessoa á minha frente, Tomás.

Ele me puxou para um abraço de urso, aquele tipo de abraço que você não queria que acabasse.

– Oi coração - ele disse em um sussurro.

– Oi loiro - eu sorri, após nos soltarmos.

– Cadê minha puta?

– Dormindo. Efeito do remédio.

– Precisou dopar ele - Tomás suspirou passando a mão no rosto - isso é inacreditável.

– Tá difícil, Tomás - soltei um longo suspiro, me encostando na parede.

– Claro que está, Caio sabia da possibilidade de perder o pai á qualquer hora, mas ele nunca ia estar preparado o suficiente.

– Só piorou o fato do pai ter morrido na frente dele.

– Sério? - Tomás me encarou surpreso.

– Sim - assenti - Caio foi a última pessoa que conversou com ele e o viu com os olhos abertos.

– Que foda.

– É - concordei entortando o lábio.

– Clari, e a Jas? Já sabe? - Carol se aproximou.

– Já! Valéria quem deu a notícia.

– Ela deve estar péssima.

– Não quanto o Caio - Tomás á encarou.

– Eles são irmãos. Acho que se os dois estiverem juntos agora, será bom - ela disse.

– Eu também acho - falei.

Aos poucos nossos amigos já estavam ali. O preto predominava o ambiente, era muito chato aquele clima.

Conversava com Gabriela bem no começo da escada, ela estava com Ana Júlia nos braços que de alguma forma tentava pegar o brinco dela. Estranhamos o fato da pouca falação ter silenciado, descobrimos o porquê quando encaramos o topo da escada.

Caio já havia acordado e a propósito, estava todo de preto.

Antes que ele chegasse no final da escada, Tomás e Guilherme já foram ao seu encontro o abraçar. Desde sempre juntos, a amizade deles três era muito bonita.

Depois de se separarem as outras pessoas foram dar os pêsames á ele, que tentava o máximo não chorar. Caio era tão orgulhoso quanto eu.

– Oi meu amor - ele disse pegando Anaju dos braços de Gabi.

A Filha da Empregada 3 - FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora