CAIO SHERMAN
– São todos da família?
– Sim! - todos responderam em alto e bom som.
A recepcionista apenas abaixou a cabeça e voltou para trás do seu cubículo.
Aquela recepção estava lotada. Todos estavam ali ocupando os lugares, esperando por alguma notícia. Todos estavam esperando por algo bom.
– Toma isso, é bom - Isabela parou ao meu lado, me oferecendo um copo com aqueles tipicos café de maquina fumegante.
– Obrigado - agradeci, após aceita e tomar o primeiro gole.
– Espero que você saiba que nenhum de nós iremos sair daqui. Vamos aguardar o tempo que for para saber alguma notícia dela, e uma boa notícia, é o que esperamos.
– Eu sei - sorri fraco - isso é o que todos nós queremos, mas eu não sei, Isa. Vi Clarissa morrer naquela ambulância, e por algum milagre voltar. Mas ela está fraca, muito fraca, eu sinto isso. Sempre tivemos essa conexão, parece estranho. Mas sempre tivemos.
Com os olhos marejados ela tentou sorrir, e então virou o rosto e caminhou para o lado oposto, olhando o lado de fora do hospital.
Eu estava encostado bem no batente, onde á qualquer momento o médico podia sair e dizer alguma coisa.
De frente para mim estavam eles, os pais de Clarissa num canto junto á minha mãe e Isis. Ana Júlia estava nos braços de Gabriela que se distraia com ela junto á Carol. Guilherme, Tomás, Ane, Dani e Gabriel estavam todos sentados lado á lado mudos, olhando para algum ponto fixo. Pablo acabava de se levantar para fazer companhia á Isabela, mesmo de costas dava pra sentir e ver a tensão dominar eles. Todas as crianças estavam na casa dos pais das irmãs Messias, já que não era um ambiente muito agradável para elas.
Ana Júlia estava porque não queria ela longe, queria ela bem perto de mim, a onde eu podia muito bem vê-lá.
– Ei - alguém cochichou bem próximo, beijando minha bochecha.
Olhei para o lado surpreso em vê-lá, já que ela estava viajando.
– Jas - á abracei sem pensar duas vezes, não sabia o quanto precisava da minha irmã naquele momento.
– Desculpa não estar aqui, desde o inicio.
– Não importa. Agora você já está aqui.
– Richard queria vir, mas forcei para que ele ficasse em casa com Mason - ela sorriu, após nos soltarmos.
– Ele deve estar odiando, já que Clarissa e ele se tornaram bons amigos.
– Nem me fale - ela sorriu mais uma vez, alisando meu rosto - como você está irmão?
– Pensei que nada superava o que eu passei quando ela perdeu a memória, mas isso superou, Jas. De alguma forma, eu sinto... - pausei, sentindo ás lágrimas deslizarem pelo meu rosto.
– Sente o que, Caio?
– Sinto que Clarissa pode ir embora, pra sempre.
– Não diz isso, temos que ter esperança. Você mais do que ninguém.
– Eu sei, mas - engoli em seco - Clarissa chegou a morrer, eu vi, e naquele momento parece que tudo estava desabando, que o mundo estava entrando em colapso.
– Espera ai, o que aconteceu, que eu e parece que ninguém aqui sabe? - Jasmine me encarou.
– Na ambulância, ela teve uma para cardíaca. Os paramédicos tiveram que usar aqueles negócios pra reanima-lá, sabe? - Jas assentiu - Então, ela voltou, mas muito fraca eu via em seus olhos o quanto ela estava mal.
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A Filha da Empregada 3 - FINALIZADA
Romansa"TERCEIRO LIVRO DA SÉRIE AFDE" Cinco anos haviam se passado e novidades eram o que não faltavam. Clarissa e Caio estavam casados á exatos seis anos e acabavam de receber a notícia que mais alguém viria para completar a família. Mas a dúvida era: se...