Capítulo 22

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CLARISSA SHERMAN

Mais uma contração. Puxei e soltei o ar devagar, me sentei na cama apoiando os pés no chão, Bruce se esfregou na minha perna querendo carinho.

– Agora não, bebê. Sua irmã está para nascer.

Ele latiu em resposta se deitando no chão me encarando.

Com cuidado chacoalhei Caio para que ele acordasse, não foi difícil, já que nos últimos meses ele está com sono leve por causa da preocupação.

– O que foi? - ele perguntou sonolento.

– Mantenha á calma - eu pedi.

– Clari, o que houve? - ele pulou da cama indo até o interruptor de luz.

– A bolsa estourou - respondi, mostrando o lençol.

– Ai meu Deus! - ele levou a mão á cabeça - O que eu faço? O que eu tenho que pegar? Você está bem? Meu Deus!

– Calma, Caio! - gritei - Fica calmo.

– Difícil, vendo essa poça de água na cama e estando ciente de que a minha filha vai nascer á qualquer momento.

– Tenta pelo menos - suspirei - me ajuda, preciso me trocar.

– Ok - ele concordou nervoso.

Até parecia que era ele quem iria parir uma criança e não eu.

Vesti um vestido longo, Caio prendeu meu cabelo em rabo já que eu estava com calor. Minha pressão não deveria estar uma das melhores.

Enquanto eu pegava minha bolsa e a mala pequena, Caio foi até o quarto da Ana Júlia pegar a bolsa dela. Ele estava uma pilha de nervos.

Quando já havia pego tudo, ele se trocou na velocidade da luz. Me ajudou a descer e á entrar no carro, colocou as bolsas no banco de trás e entrou no carro saindo mais rápido que o normal do condomínio.

– Deu alguma coisa para que o Bruce se distraía? - perguntei.

– Provavelmente eu joguei mais do que a metade dos biscoitos dele no pote e deixei um ossinho.

– Ok. Ai! - soltei, depois de mais uma contração.

– Ai caralho! - ele bufou.

– Se você ficar mais nervoso que eu, não vai ajudar nem um pouco.

– Sou pai de primeira viajem, me ajuda ai.

– Se você continuar correndo feito um louco desse jeito, provavelmente não vamos chegar ao hospital - disse com os dentes trincados.

– Desculpa - ele murmurou diminuindo um pouco a velocidade.

Durante o caminho as dores foram aumentando, era horrível!

Caio tentava o máximo ficar calmo, mas ele estava quase endoidando, eu sabia.

Chegamos ao hospital e ele me ajudou a caminhar até a entrada, onde os enfermeiros trouxeram uma cadeira de rodas para me levar até o quarto.

– Juro que vou morrer se essa criança não nascer logo, isso está me rasgando por dentro - reclamei, ao me deitarem na cama.

– Mantenha a calma, a bolsa já estourou esse é um grande passo. Precisamos fazer um exames rápidos e em breve ela virá ao mundo - a enfermeira sorriu.

– A onde está o traste do meu marido? - perguntei, procurando Caio.

– Foi abrir sua internação e ligar para os familiares. Ele já vem.

A Filha da Empregada 3 - FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora