Capítulo 27

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CAIO SHERMAN

– Caio, preciso falar com você.

Saulo entrou na minha sala como um furacão. Eu não estava entendendo absolutamente nada.

– O que foi? - perguntei, erguendo a sobrancelha.

– Isso - ele jogou um papel na mesa - é o pedido do divórcio.

– Divórcio? Já era de se esperar, né? Você anda pior do que nunca - eu disse, lendo alguns pontos do documento.

– Como assim? Eu sou um ótimo marido.

– Você era, Saulo. Era.

– Mariana não pode se divorciar, ela vai embora. E eu vou ficar sem ela e o Rodrigo.

– Pensasse nisso antes de trair ela - o encarei.

– Eu não trai ela - ele negou freneticamente com a cabeça.

– Ah, não? Então o que você fez com aquela mulher, lá no motel? - perguntei.

– Foi apenas uma vez. Mariana tem que me perdoar, erros acontecem.

– Se eu tivesse feito isso com a Clarissa, nesse momento eu estaria morto ou pelo menos sem o meu pau. Então, acostume-se com isso caro amigo.

– Você está ajudando muito, Caio - ele revirou os olhos - não quero me separar dela.

– Então converse com ela. Simples, não acha? - eu disse, voltando a encarar o monitor do computador Mac.

– Não. Ela não vai querer me ouvir. Eu fui um idiota, um grande idiota.

– Para de andar igual uma barata tonta, cacete!

– Vou tentar resolver isso, já que o meu amigo não está nem ai.

– Aproveita e toma o remedinho para cólica.

– Hãn? - ele me encarou confuso.

– Você tá parecendo mulher em época de menstruação, toda maluca.

– Vai se foder, Caio!

Apenas balancei a cabeça tentando deixar esse problema pra lá. Saulo havia procurado por aquilo, então ele que concertasse a merda dele.

Voltei a prestar atenção no meu trabalho, eu tinha muitas coisas importantes para resolver.

Sai da empresa ás cinco da tarde, iria direto para a academia.

Estacionei meu carro na vaga em frente a Smart Fit, peguei minha mochila no banco traseiro e acionei o alarme, indo para a entrada.

– Boa tarde, senhor - a recepcionista disse.

– Boa tarde - sorri, levando minha carteirinha até a catraca para desbloquear.

Fui até o vestiário e me troquei, vestindo uma bermuda de malha, uma camisa regata e um tênis de corrida. Peguei minha garrafa e fui direto pra esteira.

– E ai, papai.

Olhei para o lado onde Osmar, o personal trainer, me encarava.

– Fala viado - sorri, o cumprimentando com um toque.

– Vai começar com a esteira hoje?

– Preciso correr, liberar energia, tá ligado?

– Tô sim, quando terminar, me chama pra ir para os pesos.

– Beleza - fiz um sinal de positivo com o dedo.

Pluguei o fone no mini-ipad e dei play nas músicas.

A Filha da Empregada 3 - FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora