CLARISSA SHERMAN
O batizado foi incrível, do começo ao fim.
Até mesmo o padre havia ficado admirado com a quantidade de pessoas que haviam comparecido, ele havia dito que não era muito "normal" ver tantas pessoas em uma celebração como aquela.
Fora que Gabriela e Guilherme estavam mais bobos do que nunca, era até estranho ver o tatuado sorrindo tanto.
Saímos todos da igreja, indo diretamente para o sitio. Agora era hora de festa e todos estávamos animados.
– Guilherme parecia um otário. Rindo até pro vento - Caio comentou.
– Para de ser implicante. Meu Deus! - neguei com a cabeça, sorrindo.
– Eu gosto de ser assim - ele riu.
– Você e o Tomás, são graduados nisso.
– Fazer o que né? - ele se gabou, sorrindo de lado. O cafajeste.
Demorou um pouquinho para chegarmos ao nosso destino. Mas como era de se esperar tudo estava impecável, desde a entrada.
Vendo aqueles brinquedos no parquinho e aquela piscina, já previa aquelas crianças se matarem e os adultos bêbados também. Tomás é um ótimo exemplo.
O pessoal do buffet era muito ágil e educado, o que eu realmente exigi. Já que no último aniversário das crianças, o pessoal do buffet contratado era de uma falta de educação gigantesca.
– Coisa linda da vovó! - Valéria enchia o rosto da neta de beijos estalados.
– Como você está, Vale? - perguntei, me sentando ao seu lado e bebendo um pouco do suco natural de goiaba.
– Estou levando, querida - ela me olhou rapidamente, esboçando um sorriso fraco - é estranho, me sinto um pouco só naquela cobertura.
– Entendo. Por mais que vocês brigassem, um era a companhia do outro.
– Exatamente - ela suspirou - não sei, mas acho que vou vender a cobertura e ir morar no litoral. Posso comandar a revista por lá e quando preciso venho pra capital.
– Tem certeza?
– Tenho, acho que tenho - ela riu - Caio e eu já conversamos sobre isso, e ele me apoia. E eu também apoio vocês á irem para Nova York, novos ares é sempre bom. E também quero me desfazer dela porque cada canto me lembra o insuportável, Augusto Sherman - ela disse com uma voz engraçada.
Nós duas rimos. Anaju que estava com o mordedor, nos encarou com seus olhos azuis curiosos.
– Se é pro seu bem, eu te apoio. Sem dúvidas - falei, voltando a encara-lá.
– Já falou com Kendra e Roberto?
– Não - mordi o lábio - nessa última semana não consegui, mas não passa dessa semana que vem. Caio e eu já estamos vendo um imóvel e ele já está ajeitando as coisas na sede de lá, para que quando ele chegue tudo esteja em ordem.
– E o seu atelie?
– Pensei em deixar com Michael, mas ele topou ir para lá, já que também estava nos planos dele. Então vamos abrir um lá e trabalharmos juntos, ele é o melhor assistente pessoal que existe.
Valéria sorriu abertamente.
– Ele é um amor mesmo. Ainda bem que é gay, mesmo que seja um desperdício, mas ainda bem.
– Caio iria pirar, é eu sei - nós voltamos a rir.
– E você mocinha, não vai parar de morder o coitado do mordedor? - ela encarou a neta.
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A Filha da Empregada 3 - FINALIZADA
Romance"TERCEIRO LIVRO DA SÉRIE AFDE" Cinco anos haviam se passado e novidades eram o que não faltavam. Clarissa e Caio estavam casados á exatos seis anos e acabavam de receber a notícia que mais alguém viria para completar a família. Mas a dúvida era: se...