Capítulo 38

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CAIO SHERMAN

Suspiros de alivio e sorrisos, muitos sorrisos invadiram a recepção do hospital.

– Graças a Deus! - Kendra, caiu de joelhos no chão.  

– Ela já pode receber alguma visita? - perguntei.

– No momento não. Ela ainda está bem fraca e dormindo, mas posso conceder uma visita rápida através do vidro, para o senhor e os pais dela. Só alguns minutos.

– Por favor.

– Ok, aguardem um instante.

– Eu sabia! Clari, é osso duro de roer! - Gabriel saltitava como uma criança.

– Agora como a gente não vai conseguir vê-lá, vamos pra casa dar essa noticia maravilhosa para todos - Dani disse.

– Isso mesmo, Dani. Vocês podem fazer esse favor? - encarei ela.

– Claro que sim - ela segurou em minhas mãos - Caio, pelo bem estar de vocês, acho melhor irem morar em outro lugar. Não estou falando em outro estado, você sabe do que eu estou falando.

– Sei - balancei a cabeça em positivo - também não aguento mais isso, não aguento mais hospitais.

– Vocês precisam se mudar. Fale sobre isso com a Clarissa, quando ela estiver um pouco melhor. Eu mesma não aguento mais ver minha melhor amiga em hospitais, não se preocupe, todos nossos amigos sabem disso, na verdade todos concordam com isso.

– Nova York, o que acha? Estou com alguns problemas na sede de lá, seria ótimo começar a comandar a empresa de lá.

– Novos ares, novas pessoas, uma nova vida pra vocês.

Abri um sorriso sincero, antes de abraça-lá.

Eles todos estavam certos, precisamos ir embora.

Havia ficado somente eu e os pais dela, os outros foram embora para dar a noticia á todos e também descansarem. Havia sido dias terríveis.

O médico que finalmente soube seu nome, Ângelo, nos guiou até a UTI.

– Clarissa está na UTI, por motivos óbvios. Tenho que dizer a vocês, que pensei que ela não iria aguentar. Então por essa noite pelo menos, ela precisa desses aparelhos e todo cuidado possível. Talvez amanhã ela vá para o quarto, ainda não sabemos, o resultado poderá vir, de como ela irá passar a noite. Esperamos que bem e sem nenhuma complicação - o doutor Ângelo dizia, enquanto caminhávamos até a ala em que ela estava.

– E como ficou o local da facada, doutor? - Roberto perguntou.

– Olha, não vou dizer que foi um corte pequeno, porque não foi. Até os pontos caírem, não posso dizer ao certo o tamanho da cicatriz, mas uma boa dermatologista vai saber ajudar. Não se preocupem.

Esperava muito que Clarissa não surtasse e se odiasse de vez pela cicatriz. Ela era assim, quando cismava com uma coisa, ninguém conseguia mudar aquilo.

– É aqui - o médico parou em frente a um quarto, com metade da parede de vidro.

Nós três fizemos o mesmo, olhando a pessoa deitada naquela cama desconfortável no meio de vários aparelhos.

Ela realmente estava dormindo, de longe podia ver sua respiração subir e descer devagar. Clarissa parecia pálida, apesar dela ser branquinha, naquele momento parecia um papel.

– Por que ela está tão pálida? - perguntei.

– Como eu havia dito ela está bem fraca, perdeu muito sangue, não foi nada fácil para ela. Mas o soro irá ajudar, e amanhã iremos fazer com que ela se alimente.

A Filha da Empregada 3 - FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora