Primeiro dia, nova amiga.

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Logo que cheguei na escola naquela manhã sonolenta de uma segunda pós ferias, quase surtei, meninas para todos os lados. Sempre fui do grupinho masculino, como me adaptar?!
De repente vejo uma menina de cabelos castanhos claros, olhos escuros e pele rosada se aproximando de mim.
- Oi, você é nova?
-Sim, prazer, Madu
-Madu? Mas que nome legal, me chamo Larissa, também sou nova e estou perdida
-Na verdade é Maria Eduarda - dei risada - vem comigo, vamos nos achar
Fomos para o segundo andar e descobrimos ser da mesma sala, pelo caminho notei que tinha acabado de conhecer uma dissimulada idêntica a mim, logo nos aproximamos, e ela me contou como foi duro ter que deixar o namorado e as amigas por causa de boatos - haviam inventando que ela estaria gravida e os seus pais não pensaram duas vezes após isso manda-la para espmj.
Pagamos um micão nos apresentando, e aturamos duas aulas de matemática ate descer para o intervalo.
- Meu o que foi isso? Já era chato aguentar matemática com meus amigos, e os crushs da vida na sala, agora então, não dormi por medo - sorri para minha então, nova amiga
- Pois é Madu, e ainda aguentar gente pagando de intelectual faz tudo piorar - enquanto olhava para uma menina que tinha deixado a aula de matemática um pouco mais chata por interromper toda hora o professor. Olhei para a fulaninha também e gargalhei.
O intervalo parecia não ter fim, o que era inexplicavelmente bom, enquanto ria junto a Larissa, uma garota, morena, de cabelos lisos e olhos puxados passou por mim, me encarando de uma maneira que nunca haveria ter sido encarada. Neste instante me calei por segundos, então Larissa gritou:
- O doida não me deixa falando sozinha não
- Nossa, desculpa, o que havia dito?
- Que aqui tem cheiro de calcinha, porque muita mulher junta cheira a calcinha
- Hahah, usaremos isso como resistência, cheiro de calcinha é uma delicia, pelo menos não tem cheiro de cueca machista
- Verdade hahah, mas então, porque se calou mulher?
- Ah não foi nada.
O assunto morreu ai. Mas aquela não foi nada, era tudo. Aquela menina rancou de minha uma curiosidade peculiar, me olhar daquele jeito me fez pensar coisas peculiares...

A vida de uma pré-adulta reclamona, nariguda e emergente. Onde histórias criam vida. Descubra agora