Nos trocamos e fomos para a piscina. O povo ainda não tinha levantado, afinal a noite foi das ótimas. Mas apesar da leve ressaca, já nos servimos de umas beats e cortamos uns frios pra comer nas espreguiçadeiras.
- Aí mano, tô em choque.
- Do que amiga? - perguntei
- Ah do Thiago me arrastar pro meu primo.
- Mano amiga para com isso, o que seu primo pode fazer, ele pode se engraça com suas amigas né - falei rindo e olhando pra Lilian que ficou vermelha e deu um sorriso de canto.
- Ah Madu, é diferente. Tipo, se você pegasse um amigo do Lucas, ele ia lidar de boa?
- Ah não, mas é que eu e ele somos tipo irmãos, então sei lá, é diferente.
- Pior que nem é amiga, ele é meu primo mais próximo, se o Thiago me arrastar ele vai ficar bolado.
- Ah amiga eu acho que você deve relaxar, para com isso, o final de semana ainda nem acabou. Se rolar algum estresse vai estragar tudo. Deixa estar. - A Lilian falou diretamente fazendo-nos concordar e ficarmos quieta.
- Mas e você Lilian, nem nos contou nada, como foi miga? - Falou a Larissa toda curiosa.
- Ah foi normal, a gente conversou bastante sobre a faculdade dele, eu falei sobre o que quero fazer e tal, falamos bastante sobre estudos.
- Nossa até flertando você é nerd, socorro. - Falei rindo e elas riram comigo. - Conta mais amiga.
- Ah, daí que eu já tava alterada por causa daquelas doses de tequila, e a gente foi conversando, e se afastando daqui e a gente ficou. Dai quando já era bem tarde, voltamos pra casa e rolou.
- Onde isso. Não diz que foi no sofá mano... - Falou a Larissa nos fazendo rir.
- Lógico que não amiga, foi no puro e sólido chão.
- E eu me sentindo culpada por tá nos matinho.
- Aí meu Deus, vocês duas não prestam. Olha onde eu fui atracar meu barquinho. - Falou a Larissa.
- Para que das três a única que pode falar hoje é a Madu. - Lilian respondeu, me deixando feliz e ao mesmo tempo frustrada.
Ficamos lá na piscina até o povo acordar. Quando os pais da Lari levantaram, foram ver se estávamos bem de maneira bem atenciosa. Quando deu umas 16h eles reacenderam a churrasqueira e ligaram novamente o som. Os primos da Lari e as namoradas de alguns foram pra piscina com a gente. Mas eu sinceramente não parava os olhos, procurando quem realmente me interessava. E nada. Tudo bem que ele não era algo que eu idealizava tanto, e nem que mexeu comigo igual a Tati havia mexido, mas simplesmente ele tinha um "que" que me atraiu de verdade.
Cai na piscina pra deixar minha mente mais focada e parar de ficar atras de alguém que não deveria significar nada. A Larissa e a Lilian já estavam novamente com os machos delas, o que me deixou ainda mais apreensiva. Fiquei na agua jogando vôlei com os outros que se mostraram pessoas super gente boa. Quando enjoei, falei para as meninas que iria entrar pra me secar e se arrumar. Elas continuaram lá. Olhei no relógio e já eram 17h40, logo, já estava escurecendo. Tomei um banho quente e coloquei um shorts e regata meio velhos. Sentei na sala e comecei a mexer o celular. Marcos havia me mandado mensagem perguntando como estava a viagem, respondi e fui fuçar nas redes sociais. De repente senti alguém sentando do meu lado e olhei assustada. Vi que era o Pietro, mas ele ficou lá, também mexendo no celular sem falar nada. Abaixei a cabeça de novo olhando para o celular e ri. E ele também riu.
- Bom, quem mesmo vem para um sítio para ficar respondendo mensagem né?
- Quem mesmo vem pro sítio e some do nada.
- Tava com saudade? - Falou ele olhando pra mim, e eu retribui o olhar.
- Bem que você queria né.
- Verdade, estava idealizando loucamente você com saudade de mim. Mas para acalmar seu coração, eu estava morto no quarto dos meus padrinhos. Afinal uma certa pessoa não me deixou dormir à noite toda com seu ronco barulhento.
- Quem tava com você? Porque eu mesmo sou uma múmia quando estou dormindo. - Falei rindo.
- Roncar pode ser que não, mas que a senhorita se mexe, meu deus, como se mexe.
- Você já deveria deduzir, afinal minha inquietude é visível aos olhos.
- É, eu deveria mesmo. - Ele sorriu.- Mas porque entrou e ficou aqui Madu?
- Cansei de ser vela
- Vela? A Larissa se atracou com um dos primos? Peraí que já vou avisar minha madrinha.
- Não né idiota, um amigo do Caio aí. Fiquei sobrando dessa vez.
- Ah ficou?
- Você me entendeu besta.
- Não, não entendi. - Ele falou se aproximando da minha boca e me beijando rapidamente.
- Afinal, o que você quer comigo em?
- Por que? Não posso me aproximar sem interesse?
- Ninguém nunca se aproxima sem interesse, tampouco eu mesma.
- É, você sabe das coisas. Talvez eu só queira te roubar mais beijinhos. - Ele falou me deixando vermelha e abaixando a cabeça. Seus olhos me seguiram, até nossas bocas se encontrarem novamente. Quando os lábios dele se chocaram com os meus, eu simplesmente não quis mais saber de nada. Por que mesmo estava me privando de fazer o que eu queria fazer? Certos momentos não voltam, então porque deixar de criá-los por medo.
Comecei então a beija-lo com mais vontade. Ele começou a segurar com força meus quadris e me puxar pra si. E eu como resposta apertava sua nuca e mantinha nossas bocas unidas. Ele parou então e olhou nos meus olhos.
- Você talvez não queira ir pro quarto, certo?
- Errado, talvez eu realmente queira ir pro quarto.
- Ah Madu... - O interrompi e levantei. Ele olhou e riu, levantou e voltou a me beijar. E fomos até o quarto da Lari daquela forma, se beijando pelos corredores. Quando chegamos ele fechou a porta com o pé. Deitamos no colchão que estava no chão. Ele olhou para mim e ficou lá um tempo me olhando, que estava sem graça demais para manda-lo parar. Mas não hesitei e o beijei novamente. E dessa vez foi diferente, era algo doce, algo lúcido, algo único. Ele começou a passar a mão por debaixo da minha blusa e em dois tempo a tirou. Depois segurou firme em minhas mãos que estavam ensopadas de nervoso. Entre os beijos nos riamos, gargalhávamos da minha situação de insegurança. Ele então tirou sua blusa também, se pôs sob mim e passou a apalpar os quatro cantos do meu corpo. Abriu levemente meu shorts e o desceu. Porra como eu tava suado. Mas do nada ele parou, respirou e perguntou:
- Madu, você realmente quer isso?
- Se ficar me questionando demais eu desisto e sei que depois vou te culpar por me arrepender. - Ele olhou pra mim, riu e passou a mão no cabelo que também já tava ensopado de suor.
- Você é maluquinha. - Voltou a me beijar, e desceu para o meu pescoço, e depois para minha barriga e pousou no lugar exato para fazer-me contorcer, tanto de vergonha e insensatez, quanto de vontade, de querer mais. Que sensação boa. Ele parou e voltou novamente aos meus lábios mais definidos, ouvi o barulho de seu zíper se abrindo e mais do que nunca meu coração acelerou. E finalmente estava acontecendo, algo que eu não me permitia sentir durante quase anos de namoro, algo que eu sempre me privava por vergonha ou por conta de um sistema que sempre me fez acreditar que aquilo não era para alguém com decência fizesse. E eu estava adorando. Principalmente quando olhava para feição dele que mostravam sacies. E enlouquecidamente eu só queria mais. Sem pensar nas consequências ou nos porque de tudo aquilo. Eu só queria tudo e muito mais...
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A vida de uma pré-adulta reclamona, nariguda e emergente.
Roman pour AdolescentsMadu. Dezessete anos. Cidade pequena, sonhos grandes. Entre tropeços e apresso na escada da vida. Paixões, pressões e emoções. O que esperar de uma quase vida adulta logo a frente? Um tombo maior ainda!!