Paramos em uma rua pouco movimentada, já sabia exatamente o que ele tava querendo, e apesar de ser loucura, eu também tava querendo muito. Ele atiçava meu lado mais safado possível e eu acho isso incrível. Ele tirou o cinto e se virou pra mim como que ia falar alguma coisa, mal o deixei começar e o beijei, entre o beijo tirei o cinto também e tentei colar mais nele. Ele riu entre o beijo e parou:
- Você ta bem louca, ou é louca mesmo assim?
- Ué, to fazendo alguma coisa errado?
- Não sei, mas não para que eu to gostando. - Ele falou tentando voltar a me beijar.
- Ah serio, agora não quero mais. - Falei debochando dele e o empurrando.
- Ah não quer?
- Eu não, posso nem te beijar que já to louca, prefiro ficar aqui fazendo a tímida.
- Você, a tímida? - Ele riu. - É, eu to precisando mesmo desvendar esses seus lados desconhecidos. Mas para de graça. - Ele disse me assustando abaixando meu banco com tudo e me fazendo ficar deitada. Dei um tapa no braço dele, enquanto ele se pos sobre mim, e começou a me beijar mais rapidamente. Mas subitamente as lembranças da noite que tive com o Marcos fez meu fogo cessar instantaneamente.
- Vamos pra outro lugar. - Ele me olhou confuso e se ajeito no banco.
- Qual foi Madu?
- Nada. Só não to afim agora. - Falei sem jeito. Ele estranhou, mas não falou mais nada por um bom tempo. Ligou o carro e saiu da onde estávamos. Quando reparei já tínhamos chegado no barzinho perto da espmj, eu ja tinha ate esquecido que iamos pra la. Antes de descer do carro, ele disse:
- Olha Madu, se você ainda estiver incomodada com o lance que rolou na festa com a mina, é só me falar, quero ficar de boa contigo. Vim pra cá mais por você, e se for pra ficar bolada comigo, prefiro ir embora. - Achei muito fofa a forma que ele falou, e apesar de estar chateada, ele não tava errado. Fiquei pensando e percebi que precisava falar alguma coisa.
- Desculpa, eu não to bolada contigo. Também não sou a vitima da historia, e não to tentando te fazer se sentir culpado, eu só to confusa.
- Confusa com o que? Com a gente?
- Com tudo...
- Você sabe que me encantei por você logo de cara né? Também sabe que eu não te levo embora comigo porque as coisas são complicadas, mas eu gosto de você, espero que isso apazigue sua confusão. - Eu sorri e olhei nos olhos dele.
- Quem e da onde você é em? - Cheguei perto dele e dei um selinho nele. Queria mesmo que minha confusão se resumisse somente nisso, quem derá...
Ele sorriu de volta e saiu do carro, me esperou sair e entramos no barzinho, vi a Larissa sentada com os primos dela, inclusive o Caio, o que me fez estranhar o fato da Lilian não estar la. Nos aproximamos e eu cumprimentei todo mundo.
- Oi migaaaa, que saudade. Cê sumiu da festa.
- Ocorreram uns imprevistos amiga.
- Ja quero saber. - Ela disse toda eufórica. - Ja sei, você e o Pietro brigaram?
- Também amiga, mas deixa pra la e me passa esse troço que ta bebendo. - Ela riu e me deu a caipirinha que tava bebendo. Eu bebi e fiquei conversando com ela e os meninos, ri demais e deu pra distrair um pouco. Quando deu 00h pedi pro Pietro me levar pra casa, ja tava meio altinha e cansada. Ele parou o carro na frente de casa. Eu olhei pra ele e disse:
- Obrigado, eu sou uma confusão ambulante, mas é bom te ter por perto, mesmo vendo você beijar bocas alheias.
- Digo o mesmo moça que pega ex namorados na surdina. - Fiquei sem graça e dei um sorriso de canto. Ele se aproximou e me beijou.
Desci do carro com a consciência bem pesada, ate porque não contei pra Larissa porque sabia que ela ia ficar chatiada se soubesse de mim e do Marcos, e o jeito que o Pietro disse me fez sentir mais mal.
Cheguei meu pai estava na sala e gritou de la:
- Agora descambou tudo mesmo, não sabe nem avisar mais, quando sua mãe der um treco você aprende. - Ignorei e subi pro quarto, apesar dele estar super certo, não avisei que iria chegar tão tarde, e ate estranhei o fato do Lucas não ter ido falar um monte pra mim no quarto.
Quando encostei a cabeça no travesseiro, só conseguia pensar no Marcos, e em tudo que a gente fez, e na Tati, que deveria estar se sentindo tão estranha quanto eu. Enrolei um pouco pensando naquilo, e acabei achando justo procura-la dessa vez, precisava saber como ela tava com tudo aquilo.
E enquanto chamava, os tum tum, vinham do celular e do meu coração.
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A vida de uma pré-adulta reclamona, nariguda e emergente.
Teen FictionMadu. Dezessete anos. Cidade pequena, sonhos grandes. Entre tropeços e apresso na escada da vida. Paixões, pressões e emoções. O que esperar de uma quase vida adulta logo a frente? Um tombo maior ainda!!