-O que está acontecendo? - Lúcia perguntou.
-Estou tentando terminar o que comecei. - disse Pansy vindo me minha direção.
-Estou bem aqui. - falei me levantando.
-Pansy, sai de perto dela. - disse Edmundo.
-Nós só iremos poder ficar juntos quando ela morrer. Eu posso fazer isso, farei isso por nós Edzinho.
-Pansy, eu amo ela. - disse Edmundo - Você não pode matá-lá.
-É preciso.
Ela veio em minha direção e eu segurei a adaga com mais força.
-Pode vir, posso fazer isso o dia todo.
-Amanda... - Lúcia me chamou.
-O que está esperando? - provoquei. - Está com medo?
-Não, mas você deveria estar.
Ela avançou para cima de mim, me abaixei e fiz um corte em sua perna enquanto deslizava para o outro lado, nesse meio tempo ouvi alguém gritar meu nome.
-Só isso? - perguntei.
Ela pulou em cima de mim e segurou meus braços a cima da cabeça.
-Você não parece tão valente agora. - ela disse.
Me debati tentando me soltar e vi Edmundo erguer a espada.
-Não, essa luta é minha! - gruni para ele, que não se mexeu. - Não se meta.
-Você tem mais orgulho do que parece, princesinha. - ela zombou.
-Você não sabe o quanto. - respondi chutando ela e invertendo as posições. - Eu não quero ter que te matar.
-Então eu mesma mato você!
Ela me chutou me derrubando no chão e acabei cuspindo sangue.
-Você se faz de forte, mas não passa de um bebê chorão.
Ela me deu outro chute.
-Pelo menos, as pessoas gostam de mim. - murmurei me levantando.
-Eu sou muito melhor que você!
Ela me deu um soco no estomago.
-Você é tão fraca, honestamente eu não via a hora de colocar as mãos em você.
-Vamos acabar logo com isso. - falei me reposicionando.
Ela sorriu e atirei a adaga nela, que acertou sua costela, ela a retirou e veio para cima de mim mesmo sangrando, eu a joguei na parede e a mesma colocou a adaga em meu pescoço. Me afastei um pouco dela, soquei onde a ferida dela, retirei a adaga de sua mão e lhe fiz um corte no pescoço.
No momento em que fiz isso ela simplesmente desapareceu feito fumaça, caminhei tremendo até a cama e me sentei nela.
-Você está bem? - Lúcia perguntou se aproximando.
-Passe pelo que eu acabei de passar e me responde.
-Amy...
-Eu a matei, e ela virou fumaça... - murmurei - Eu não estou bem.
-Você vai ficar bem. - ela disse. - Só precisa limpar esse sangue do rosto, cabelo e roupa.
-Eu acabei de falar que ela virou fumaça e você está preocupada com a minha aparência? - perguntei indignada.
-Estamos chegando perto de uma ilha, você não vai querer que a tripulação te veja assim.
-Na verdade, eu quero dormir... Estou cansada e dolorida.
-Faça o que quiser. - ela disse atravessando a porta e levando um Edmundo estranhamente quieto com ela.
°°^°°
No momento em que eu me acalmei, fiz exatamente o que Lúcia pediu, até porque não da certo dormir cheia de sangue, mas quando eu terminei de me limpar Gael entrou no quarto.
-Nós vamos desembarcar. - ela disse.
-Certo.
Peguei as minhas coisas - armas - e sai junto a ela do quarto, vi Edmundo conversando com Caspian mas nem me dei o trabalho de ir lá, provavelmente ele estava contando que eu matei a Pansy, mas o estranho era que eu não vi mais a Parry, ela devia estar querendo me matar mas eu não a vi.
Thomas se aproximou de mim e apoiou o braço em meu ombro.
-Thomas onde...
-Todos já sabem o que você fez. - ele me interrompeu - E Parry, bem... Digamos que ela morreu.
-Como? Ela morreu?
-É, ela não queria que Pansy fosse atrás de você com medo da irmã morrer e bem, Pansy a matou.
-Como você sabe?
-Eu vi, eu fui avisar Edmundo e Lúcia.
-Sério? Você podia ter impedido ela de entrar no quarto, olha para mim, eu estou toda ferrada.
-Mas você conseguiu.
-Foi sorte.
-Vamos, já desceram os botes.
°°^°°
Descemos na ilha e seguimos a estrela até um mesa enorme cheia de comida, os marujos foram desesperados atrás da comida, Edmundo, Caspian e Lúcia foram para a ponta da mesa que estava cheia de mato, peguei um cacho de uva e me aproximei deles comendo.
-A comida está envenenada! - gritou Caspian.
-Agora já foi. - falei comendo outra uva enquanto os outros estavam despertados.
-Você é louca?! - surtou Edmundo.
-Não está envenenado. - disse uma voz atrás de mim e apareceu uma luz fraca, me virei para trás e vi uma garota brilhante, literalmente.
-Que diabos é voc...
-Então o que aconteceu com eles? Os fidalgos? - interrompeu-me Caspian.
-Não aceitamos violência na mesa de Aslam, eles ameaçaram uns aos outros e foram postos para dormir. - ela respondeu - Nenhum tipo de violência é aceita na mesa de Aslam.
-Essa é a mesa de Aslam? - Lúcia perguntou e ela confirmou com a cabeça.
-A proposito sou Lilian Dil, filha de Catmandu. - ela se voltou para os marujos. - Podem se servir, fiquem a vontade.
-Você é a estrela? - perguntei desconfiada e ela confirmou sorrindo.
-Você é linda. - disse Caspian.
-Se for um incômodo eu posso trocar de forma.
-NÃO! - Edmundo e Caspian gritaram ao mesmo tempo e eu ergui a sombracelha para eles.
-Nós trouxemos as espadas, mas só temos seis. - disseCapian indicando as mesmas que estavam em cima mesa. - Onde está a última?
Ela saiu andando e nós a seguimos, ela parou em um beiral de frente a uma caverna medonha.
-Não me diga que está lá... - murmurei encarando o lugar.
-Está lá. - ela confirmou - Vocês não tem noção do mal que existe lá.
-Tenho ideia. - respondi.
-Vocês não precisam fazer isso se não quiserem, é muito perigoso.
-Eu não sei eles, mas eu quero acabar logo com isso. - falei sentindo um leve calafrio de pensar em entrar lá.
Eles se entre olharam e confirmaram com a cabeça.
-Nós vamos. - disse Caspian.
°°^°°
Eu estava sentada na escada do navio enquanto Caspian dava seu melhor discurso encorajador, não vou mentir, eu senti saudade de fazer isso.
Quanto mais nos aproximavamos da caverna mais frio na barriga eu sentia e isso me deixava assustada por nunca ter acontecido.
-Tudo bem? - me assustei ao perceber que Edmundo estava ao meu lado.
-Estou ótima.
-Não parece, você está estranha.
-Eu sou estranha Edmundo.
-Eu... Por que você não deixou eu te ajudar hoje?
Encarei ele confusa mas lembrei de Pansy.
-Você iria querer que eu me metesse em algo que você arrumou sozinho?
-Não mas, você não arrumou nada.
-Arrumei sim, a morte e evaporação dela foi minha culpa. - falei tentando fazer uma leve piada.
-Ela não era humana, não de verdade.
-Como assim?
-Eu estava comentando com Caspian sobre isso ser uma forma de te tentar, como quando você quase pulou do barco.
-É, faz sentido.
-Amanda... - ouvi alguém que parecia estar com dor e me levantei indo até o beiral. - Amanda...
Olhei para a água e vi Chad totalmente machucado boiando na mesma.
-Chad?
-Por que fez isso?
-Eu não...
Ele olhou para mim e vi sua boca rasgada até as orelhas, havia um olho faltando e seu nariz estava praticamente fora do rosto, soltei um grito assustada e senti alguém me puxar, Thomas estava me segurando e olhando para o lugar onde estava Chad.
-O que você viu? - ele perguntou apavorado.
-Meu irmão. - murmurei tremendo.
-Está tudo bem... - ele falou me abraçando.
Respirei fundo segurando o choro e apertei Thomas ainda mais.
-Okay, vamos pegar logo essa espada. - falei me afastando e ficando com raiva de ser tão... Fraca.
Ouvi um grito horroso, provavelmente pior do que o meu, corri para a proa junto aos outros mas não consegui ver nada, Edmundo ligou a lenterna e vi um velhinho.
-Se afastem demônios! - ele gritou. - Não tenho medo de vocês!
-Sério? Um louco ta fazendo tudo isso? - perguntei indignada.
-Eu não sou louco sua demonía! Retirem-se ou sofreram.
-Ele está com a espada. - observou Edmundo.
-Preparem-se para iça-lo.
Eustáquio passou voando pelo barco, pegou o louco e o jogou no barco, mas o louco lhe atingiu com a espada e Eustáquio fugiu.
-Saim de perto de mim demônios! - ele gritou se virando para nós.
-Você tem noção do que acabou de fazer?! - gritei. - Você acabou de condenar Nárnia! Seu...
-Chega Amanda. - disse Caspian.
-Caspian? Meu rei! - exclamou o velhinho - Temos que fugir, aqui não é seguro!
-Sério gênio? Eu nem percebi! - falei.
-Vocês não podem pensar em nada! - gritou o velhinho - O mal vira qualquer coisa que pensarem.
Edmundo fez uma careta.
-Desculpem. - ele murmurou correndo para o beiral e eu fiz o mesmo indo atrás dele.
-No que você pensou?! - perguntei controlando a raiva ao máximo.
Vi algo se mexendo na água, era enorme e parecia uma...
-Droga Edmundo! - exclamei me afastando. - Não podia pensar em algo mais fácil de matar?!
-No que ele pensou?! - gritou o velhinho apavorado.
-Serpente marinha. - disse Drinian.
O velhinho correu para o leme e tentou virar o barco e Drinian foi atrás.
-Como matamos? - perguntei.
-Não faço ideia. - disse Lúcia.
A serpente se ergueu mostrando sua monstruosa face, eu coloquei o braço para trás pegando o arco e a flecha, mirei e a acertei. Nem deu tempo de pensar ela avançou em direção ao barco e senti meu corpo ser lançado em direção ao chão.
-Você está bem? - perguntou Edmundo jogado ao meu lado com o braço em volta da minha cintura.
-Estou, e obrigada.
Nos levantamos e eu vi uma parte da serpente espremendo o navio.
-Eu piorei tudo. - murmurei.
Vi os marujos correndo de um lado para o outro tentando matar a serpente e Caspian se aproximou.
-Alguma ideia? - ele perguntou.
-Temos pólvora? - Edmundo perguntou.
-Está lá embaixo.
-Amanda você pode pegar? - Edmundo perguntou.
-Pra que você quer a pol...
-Amanda!
-Certo, estou indo. - falei me afastando e me virei para ele. - Tente não fazer nada idiota!
Me apressei em correr para a parte de baixo, quando cheguei na escada me virei para trás e vi Edmundo subir no dragão que estava na frente do navio.
-Mas que idiota! - murmurei voltando correndo.
Vi uma luz preencher o lugar e olhei para frente e vi a serpente comer um pedaço do dragão bem onde Edmundo estava.
-Edmundo! - gritei desesperada, ele saiu correndo para o convés antes do barco prensar a serpente em uma pedra a serpente se abriu, era como se o corpo dela fosse uma segunda boca, era horrível.
Corri até Edmundo e o abracei.
-Você é idiota?! - surtei.
-Eu tenho que te perguntar uma coisa. - ele disse.
-Sério?? Estamos meio enrolados agora.
-Eu quase te vi morrer três vezes hoje! Tenho que perguntar antes que algo ruim aconteça a um de nós.
Vi a serpente se preparando para atacar.
-Edmundo...
-Cala a boca e me deixa pergun...
Eu o puxei e nos joguei no chão, a serpente bateu de cara com o barco, um pouco atrás de onde estávamos e eu suspirei aliviada.
-Quer namorar comigo? - ele perguntou se levantando.
-Não morre que eu te respondo. - falei me levantando também.
Caspian se aproximou correndo.
-Dá para matar. - ele disse.
-Tive uma ideia. - disse Edmundo. - Amanda, você vai atirar flechas com cordas na serpente e os marujos vão segurá-lá.
-E o que você vai fazer? - perguntei.
-Matá-la.
Peguei uma flecha e Caspian se afastou para alertar os outros e Edmundo começou a se afastar.
-Edmundo. - chamei ele, que se virou e eu corri até ele o abraçando. - Não faça nada idiota, bem isso é idiota mas...
Ele segurou meu rosto entre as mãos e me beijou, ele me segurava com firmeza como se estivesse com medo deu fugir, assim que paramos o beijo eu o apertei em um abraço forte.
-Por favor, não morra. - murmurei.
-Vou tentar.
Ele me soltou e correu para subir um um mastro, corri até as cordas e comecei a amarrá-las e Lúcia apareceu com o arco de Susana.
-Qual o plano.
-Não morrer, e atirar essas flechas na serpente.
Ela começou a amarrar as flechas de Susana também e quando terminamos corremos em direção a serpente e começamos a atirar, os marujos pegavam as cordas puxavam a serpente para baixo, assim que ela ficou baixa o suficiente Edmundo não fez nada, olhei para o mastro e o vi olhar para outro lado.
-Edmundo agora! - Caspian gritou - Edmundo!
A serpente se soltou e ficou de frente a Edmundo, meu coração parou, nem deu tempo de gritar, a espada dele ficou azul e ele a acertou com um golpe na "boca" ela começou a se contorcer e virou fumaça.
Olhei em volta e vi a caverna se desfazer aos poucos, olhei novamente para o mastro e não vi ninguém, senti um desespero, senti alguém me puxar pela cintura e vi Edmundo, eu o abracei como se minha vida dependesse disso.
-Nunca mais faça isso! - falei.
-Você ainda não respondeu...
-Você ainda tem dúvida?! - ele me encarou meio confuso e eu o beijei - Eu aceito te namorar, com toda certeza.
Ele sorriu e me beijou, eu o abracei.
-Bem, acho que isso é seu. - ele disse me mostrando o colar.
-Eu quase me esqueci dele com toda a agitação. - falei encarando ele.
-Você ainda vai querer usar?
-Por que?
-Já que Pansy estava usando-o, pensei que...
-Ed, não importa. Eu gosto dele, da lembrança de quando o ganhei e gosto ainda mais da pessoa que me deu.
-Então isso é um sim? - ele perguntou sorrindo.
-Óbvio.
Ele foi para trás de mim, eu ergui meu cabelo, ele colocou o colar, me abraçou por trás, me deu um beijo na bochecha e ouvimos um grito.
-Pessoal! Aqui! - eu e Edmundo corremos para o beiral e vimos Eustáquio humano nadando.
-Eustáquio! - gritou Ripchip pulando em cima dele na água.
Edmundo me abraçou de lado e vi os botes com as pessoas desaparecidas se aproximarem, o pai de Gael gritou algo e pulou na água também.
-A água é doce! - exclamou Ripchip animado - Estamos perto do país de Aslam!
-Já viemos até aqui mesmo, não custa ir dar uma olhada. - disse Lúcia.
°°^°°
Estávamos um um bote procurando chegar as ilhas solitárias e Eustáquio contava como foi que ele virou humano novamente.
-Doeu, mas foi uma dor boa. - ele disse - Foi como tirar um espinho do pé.
-Estou feliz que esteja de volta meu amigo. - disse Rip.
-Me desculpem, acho que fui um dragão melhor do que um garoto. - disse Eustáquio.
-Você acha?! - perguntei. - Bem, mas acho que o que você fez hoje compensou.
-O que isso quer dizer? - ele perguntou.
-Que você fez um bom trabalho e que eu te perdôo.
-Bem, você me acertou com uma flecha!
-Faz parte. - dei de ombros.
Ele me encarou semicerrndo os olhos e depois encarou Edmundo.
-Então, vocês dois...
-Nós dois o que? - Edmundo perguntou me olhando.
-Bem, todos viram vocês se beijando. - disse Lúcia.
-Ah, o amor de vocês. - disse Rip - Ainda me lembro de quando eram amigos e de quando começaram a namorar. Vocês formam um belo casal.
-Bem, nós começamos agora. - murmurei.
-Antes tarde do que nunca. - exclamou Ripchip.
-Começamos agora por que você não me deixou pedir antes. - disse Edmundo.
-Aih, nossa desculpa então.
-Vocês realmente estão juntos? - perguntou Caspian.
-Juntos nós sempre estivemos.- respondi. - Mas tirando a sua dúvida sim.
°°^°°
Aaaaaah MDS! 1,04k?? Nunca pensei que chegaria a tanto! Já posso morrer?! Cara eu amo vocês! Da pra imaginar a minha felicidade quando eu vi isso?! AIH cara, o que sou eu sem vocês?! Muito obrigada mesmo por acompanharem a história.
PS: desculpem a demora, estava meio incerta com o capítulo, espero que esteja bom.
Bjs de luz e um abraço da madd.
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Nárnia Princess | AnotherTale [Sendo Alterada]
FanficDurante a segunda guerra mundial os pais de Amanda acabam tendo que deixá-la na casa de seu tio, ainda desconhecido pela garota, para que ela possa ficar longe de bombardeio que datam pela cidade. Durante o período na casa de seu tio ela acaba conhe...