Minha mãe acabou resolvendo fazer um jantar lá em casa na quinta a noite para eles poderem conhecer meu pai, que no caso é hoje. Eu estou tentando arrumar meu cabelo para parecer no minimo apresentável para os pais de Edmundo e estou consideravelmente nervosa, talvez pelo fato de Chad apresentar Jesse como namorada hoje também.
-Querida, já está pronta? - minha mãe perguntou entrando.
-Só tenho que dar um jeito no cabelo.
-Ele está ótimo. - ela disse e a campainha tocou. - Eles chegaram, boa sorte.
Ela saiu do quarto e eu me sentei nervosa na cama, ouvi algumas vocês animadas lá embaixo, respirei fundo e fui a sala.
Parei no meu da escada no momento em que vi meu pai compromentar os pais de Edmundo. Ele parecia estar gostando de toda aquela agitação, mas eu senti medo de ser uma encenação.
Edmundo se aproximou a escada e me esticou a mão quando eu acetei e terminei de desce-la.
-Estou nervosa. - sussurei para ele quando o abracei.
-Vai dar tudo certo. - ele afirmou.
-Espero que esteja certo.
-Olá fami... - Chad escancarou a porta ainda fardado e corou ao ver que tinhamos visita.
-Chad! - fui em sua direção e o abracei.
-O que está acontecendo? - ele murmurou.
-Vieram conversar sobre mim e Ed. - murmurei rapidamente ates de nos afastarmos. - Ahn, Chad aqueles são os pais dos Pevensie. - falei indicando os mesmos.
-Lydia e Scott, aquele é meu filho mais velho, Chad. - disse meu pai.
-Prazer. - disse Chad indo comprimenta-los.
-Vejo que serve ao exército. - disse Scott. - A quanto tempo?
-Acho que já vai fazer um ano. - disse Chad meio sem jeito.
-Bem, acho que todos estão com fome. - disse minha mãe. - Vamos jantar?
-Claro. - falei agarrando Edmundo e Chad pelo braço e me virando para os outros três Pevensie. - Bem, não dá para mim segurar o braço de vocês já que só tenho dois, então vamos?
Eles concordaram e me seguiram.
°°^°°
-Então, o que vocês acham sobre o namoro deles? - perguntou Lydia assim que nos servimos.
-Eu gosto muito de Edmundo e assim que fiquei sabendo sobre eles, fiquei muito feliz. - disse minha mãe.
-Eu continuo achando que ela é nova demais pra isso. - disse meu pai. - Mas isso aconteceria um dia e fico feliz por saber que ela está com Edmundo, ele é um bom garoto. - Edmundo suspirou aliviado e segurou minha mão. - Mas isso não quer dizer que as regras pederam a validade, eu estarei de olho em vocês e é bom que se comportem.
-Com toda certeza iremos nos comportar senhor. - disse Edmundo.
-E o que você acha Chad? - perguntou Scott.
-Bem, eu não gosto muito da ideia. - ele confessou. - Mas só de saber que ela estará com o Ed, já é um conforto.
-E vocês? O que acham sobre o namoro? - perguntou meu pai.
-Eu gosto muito da ideia! - disse Lúcia e eu sorri. - Amy é uma ótima pessoa, não poderia ter alguém melhor para o Ed.
-Eu não discordo. - disse Pedro. - Ela é realmente uma mulher de se orgulhar, é a mais corajosa que já conheci.
Sorri para ele e murmurei um obrigada.
-Bem, ela sempre foi meio criança. - disse Suzana. - Acho que por isso ela chama tanta atenção, ela tem uma alegria que contagia quem tiver perto, isso me pensar no quanto Edmundo ficou menos rabugento depois que ela apareceu.
A encarei meio confusa, mas resolvi não criticar.
-Pelo pouco que a conheci vi que ela é uma mulher honesta. Além de ser sobrinha de Jasper, o que me faz gostar ainda mais dela. - disse Scott e sorri.
-Eu a conheci a pouco tempo. - começou Lydia e apertei a mào de Edmundo. - Mas pelo modo que meus filhos falam sobre ela, vejo que é uma boa pessoa e não vejo motivo para afastá-los.
Edmundo se virou sorrindo para mim e o abracei.
-Eu disse que daria tudo certo. - ele murmurou e eu sorri.
-Bem, vejo aqui um motivo para comemorar. - meu pai disse quando Sandra, a ajudante - acho a palavra empregada muito forte, não sei por que. - , entrou na sala de jantar com uma garrafa de vinho.
-Obrigada. - agradeci assim que ela se virou para sair, ela sorriu sem mostrar os dentes e continuou seu caminho.
Meu pai abriu a garrafa e serviu os adultos do recinto.
-Edmundo disse que pretendem se mudar para os Estados Unidos também. - disse Scott.
-É, não temos motivos para continuar aqui. - explicou meu pai. - Estamos pensando em ir daqui a uns, nove ou dez dias.
Me virei para Edmundo sorrindo.
-Parece que só vamos passar dois ou três dias longe um do outro.
-Por mim, não passariamos nenhum.
Sorri e voltei a prestar atenção na conversa deles.
-As vezes acho que seria melhor continuar por lá e arrumar um emprego em que eu não precise ficar me mudando sempre. - disse meu pai.
-Em minha opinião, acho que faz bem. - disse Scott. - No que trabalha?
-Eu arranjo parcerias, acordos, negociações, e coisas do tipo entre empresas.
(Não sei se esse emprego realmente existe.)
-Parece ser complicado.
-Na maioria das vezes é, quando se trata de empresas rivais.
Terminei de comer, vi minha mãe conversando animadamente com Suzana e Lydia e me levantei arrastando, Edmundo, Chad, Lúcia e Pedro até a sala.
-Parece que alguém entrou para a família. - disse Chad colocando a mão no ombro de Edmundo. - Agora estarei de olho em vocês.
-Você pode até ter dois olhos, mas só pode prestar atenção em uma coisa. - falei. - E aposto que você vai escolher a Jesse.
Chad corou violentamente e eu sorri.
-Cale a boca. - ele resmungou.
-Desculpe Chad, mas não pude controlar.
-Tudo bem, vai ter volta mesmo.
-Eu gosto da ideia de ter a Amy como cunhada. - disse Lúcia. - Vai ser divertido.
-Pode ter certeza. - concordei sorrindo.
-Será hilário. - disse Pedro. - Ela é a garota mais engraçada que conheço.
-Obrigada.
-Chad. - meu pai o chamou.
-Vejo vocês daqui a pouco.
Acompanhei ele com o olhar e vi Susana o encarando.
-O que ela tem? - perguntei encarando Susana. - Ela bateu com a cabeça?
-Quase isso. - disse Pedro suspirando.
-Ela está agindo como se Nárnia fosse um faz de conta que criamos. - explicou Lúcia.
-Impossível, não tem como. - eles ficaram tensos. - Ela age assim até mesmo sobre Caspian?
-Ela evita falar sobre ele. - confessou Lúcia.
Abaixei a cabeça indignada e assustada com o fato disso poder acontecer comigo, e isso fizesse com que eu ficasse má.
-Vocês acham que...
-Vai acontecer conosco? - Pedro completou.
-Espero que não. - Lúcia confessou.
-Lúcia, venha contar a mamãe aquela história sobre o garoto que derramou sorvete em você. - disse Susana.
Lúcia respirou fundo e caminhou até elas.
-Acho que vou ir conversar com eles. - disse Pedro indo até os nossos pais.
Puxei Edmundo para se sentar em um sofá e me apoiei nele.
-Ed, você acha que eu vou ficar má? - perguntei assustada. - Digo, se Susana está assim, talvez eu...
-Isso não vai acontecer com você. - Edmundo passou o braço em volta de mim. - Fique tranquila.
-As vezes eu acho que seria melhor eu ter ficado em Nárnia, seria tudo tão mais fácil.
Senti ele respirar fundo e segurar minha mão.
-As vezes penso o mesmo.
°°^°°
Alguns dias depois.
Estava morrendo de saudades de Edmundo, ele já havia se mudado e bem, agora é a minha vez, eu iria voltar para o casarão da família.
Assim que cheguei em casa, comecei a arrumar meu quarto, estava quase terminando quando ouço minha mãe me chamar, vou até ela para ver do que se tratava e vejo Edmundo na porta sorrindo.
Corro até ele e o abraço.
-Senti sua falta. - confesso escondendo meu rosto em seu pescoço.
-Eu também, Amy. - ele passou a mão pelo meu cabelo.
Ele me solta e se vira para minha mãe que sorria feito boba.
-Posso levá-la para passear?
-Claro querido.
Ele sorriu em agradecimento e saiu me puxando para longe.
-Para onde vai me levar? - perguntei curiosa.
-Para dar um passeio.
-Oh, sério? Eu não sabia disso.
-Pois agora sabe.
Paramos em uma praça onde havia um belo chafariz, um coreto e várias árvores em volta.
-Que lindo. - falei.
-Sabe, eu vinha aqui sempre a saudade pesava demais. - ele confessou.
-Que bonitinho. - apertei as bochechas dele de leve.
-Ora, ora. - ouvi uma voz levemente familiar. - Se não é o pior casal do mundo, a garota que protege o garoto.
Me virei e vi Robert encostado em uma árvore nos encarando.
-Como se sente sabendo que não pode proteger a sua garota? - ele provocou Edmundo. - Se ela estivesse comigo, posso te afirmar que estaria segura e muito mais feliz.
Ed fechou os punhos com força.
-Robert, o que faz aqui? - perguntei.
-Meu pai quer se reconciliar com o seu. - ele explicou. - Com sorte, você volta como minha noiva.
-E o que te faz pensar que ela iria querer? - gruniu Edmundo.
-O fato de poder se casar com alguém rico, forte, alguém que possa defendê-la de verdade, acho que esses já são alguns bons motivos. Embora eu tenha certeza de que, ela trocaria um perdedor como você por qualquer um com facilidade.
Senti uma leve brisa ao meu lado e quando dei por mim, Ed já estava em cima de Robert. Ele o batia tanto que Robert não tinha chance de se defender.
-Ed para. - pedi me assustando um pouco com o comportamento dele. - Edmundo!
Ele não me ouvia, me aprocimei e toquei seu ombro fazendo con que ele desviasse um pouco a atenção de Robert e o mesmo o empurrasse.
-Você é forte, mas aposto que a vadiazinha aqui. - ele me puxou apertando meu braço com força. - Te trocaria, e eu posso provar.
Ele me segurou com mais força e me beijou, eu tentei me soltar mas não adiantava. Senti alguém me puxar e Edmundo se colocou em minha frente.
-Nunca mais. - ele gruniu raivoso. - Nunca mais encoste nela, entendeu?
-Ou o que? - Robert voltou a provocar e Edmundo voou lara cima dele novamente.
-Ed para! - exclamei nervosa. - Não vale a pena!
Edmundo deu um último soco em Robert fazendo com que sua boca começasse a sangrar e se afastou dele.
-Sai daqui. - ele gruniu.
Robert se levantou e saiu correndo, mas não sem antes nos ameaçar.
-Ed, me desculpe por isso. - pedi envergonhada.
-Não foi sua culpa. - ele respondeu ainda nervoso.
-Você está bem? - perguntei tocando em seu braço.
-Estou, só preciso esfriar a cabeça.
Concordei com a cabeça e me sentei na fonte.
-Você que o que Robert disse não é verdade, né?
Ed se virou para mim e se sentou do meu lado.
-Porque tudo com você é complicado? - ele murmurou.
-Não faço ideia, mas se você preferir podemos terminar e...
-Você quer terminar?
-Honestamente? Não. - suspirei. - Só não quero que mais nada desse tipo apareça para te incomodar, como você disse: tudo comigo é complicado.
Ele me encarou.
-Se não fosse qual seria a graça?
-Isso quer dizer que...?
Ele segurou minha mão e acariciou minha bochecha.
-Eu não te trocaria por nada. - eu sorri fraco. - Eu gosto de você do jeito que você é, o pacote completo. Não vou te deixar por um idiota.
Eu sorri e pulei nele, o que foi uma coisa ruim da minha parte já que caímos na fonte.
-Ed, me desculpa. - falei saindo de cima dele.
Ele me encarou e começou a rir, não aguentei e fiz o mesmo.
-Você fica uma graça molhada. - ele disse se ajeitando.
-Eu sei.
-Convencida.
Me aproximei dele e beijei o rosto dele.
-Até parece que você não gosta. - murmurei.
Ele me puxou e me beijou.
-Ed, acho melhor saímos da fonte. - falei me levantando.
-Claro.
Nós saímos e ele me levou para casa.
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Nárnia Princess | AnotherTale [Sendo Alterada]
Fiksi PenggemarDurante a segunda guerra mundial os pais de Amanda acabam tendo que deixá-la na casa de seu tio, ainda desconhecido pela garota, para que ela possa ficar longe de bombardeio que datam pela cidade. Durante o período na casa de seu tio ela acaba conhe...