13°

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Após alguns minutos de conversa, nosso pequeno amigo disse ser chamado de Trumpkin, que foi apelidado carinhosamente de N.C.A - nosso caro amiguinho. - por Lúcia. Trumpkin nos contou que o príncipe dos Telmarinos, Caspian, foi quem tocou a trompa de Susana. E também nos atualizou sobre a guerra que aconteceria em breve, nos fazendo discutir sobre qual seria o caminho mais rápido para encontramos Caspian.

—Mas, como ia dizendo, — Edmundo deu continuidade ao seu pensamento. — acho que podemos ir por outro caminho. Por que não vamos de barco em direção à baía do Espelho d'Água e seguimos depois lá por cima? Se partirmos imediatamente, poderemos chegar ao Espelho d'Água antes do anoitecer, descansar ali um pouco e estar com Caspian amanhã de manhã.

—Mas como vamos saber onde estamos? — perguntei olhando o horizonte. — Nárnia parece ter mudado, não acho que conseguiríamos saber para onde ir com a mesma facilidade de antes. Podemos nos perder.

—O N.C.A sabe o caminho. — disse Pedro já decidido.

—Não há nada como conhecer a costa. — respondeu Trumpkin. — Mas nunca tinha ouvido falar do Espelho d'Água.

Ergui a sobrancelha em forma de deboche.

—O que disse Pedro? — o mesmo girou os olhos e cruzou os braços irritado.

—Vamos ter que arriscar.

—E quanto à comida? — perguntou Susana.

—Teremos de nos contentar com maçãs. — respondeu Lúcia observando as macieiras que plantamos quando Cair Para ele ainda estava inteiro.

—Quanto tempo passamos fora? — perguntei estranhando o tamanho das árvores frutíferas. — Não é possível que tenham crescido tanto assim em pouco mais de um ano.

—Vocês desapareceram há mil e trezentos anos Alteza. — explicou Trumpkin sem entender sobre o que eu estava falando.

Passei alguns segundos em silêncio tentando digerir a informação, que por mais que fosse pouca, para mim significava muito.

—Então? — senti meus olhos marejarem. — Os nossos amigos eles...?

—Se foram. — Pedro completou enquanto Lúcia me abraçava com força.

  Todos nós ficamos abalados com a notícia, contudo, Lúcia foi a que mais sentiu á perda. Respirei fundo me recompondo e observei Edmundo, que ainda carregava sua bolsa.

—O que você tem aí?

Edmundo abriu sua Bursa e começou a revirá-la.

—Uma lanterna, cadernos, lápis e canetas, um livro e uma capa de chuva.

—Podemos usar sua capa de chuva para fazer um saco? — sugeri. — Assim podemos levar uma quantidade maior de maçãs. Mas ela provavelmente vai estragar.

—Tudo bem. — respondeu tirando o tecido impermeável da bolsa. — Desde que não usem mais meu chapéu de cesto para peixes.

Segurando o riso, peguei a capa amarela de suas mãos e fiz alguns nós onde julguei necessário e Lúcia ajudou Susana a guardar as maçãs.

—Melhor irmos beber. — sugeriu Susana. — Não sabemos onde encontraremos água novamente.

Depois,  pegamos nossas armaduras e fomos beber água no poço, porque só no Espelho d'Água voltaríamos a encontrar água doce. E seguimos para o barco.

—É melhor que N.C.A fique no leme—- sugeriu Pedro. — Ed e eu tomaremos conta dos remos. Um momento... Será melhor tirarmos as armaduras, senão daqui a pouco estaremos suando. As meninas vão na proa, para darem indicações ao N.C.A, pois ele não conhece a costa. Melhor pegar o mar alto até termos passado a ilha.

Nárnia Princess | AnotherTale  [Sendo Alterada]Onde histórias criam vida. Descubra agora