Passei o dia conversando com Thomas, enquanto via Pansy tentando se esfregar em Edmundo, meu sangue fervia sempre que eu encarava os dois.
-Se você continuar encarando ela, é possível que ela morra. - comentou Thomas.
-Estou quase desejando isso. - respondi, me virei para ele e soltei um suspiro. - Eu não aguento mais esses dois, por que não se casam logo?!
-Se isso acontecesse, você ficaria pior.
Encarei ele prestes a debochar dizendo que não me importo, mas alguém grito: - Terra a vista!
-Finalmente, não estava mais aguentando ficar perto daqueles dois. - comentei pegando as minhas coisas. - Vou chamar Lúcia e Gael.
Fui em direção ao quarto, entrei e vi as duas rindo.
-O que eu perdi? - perguntei recuperando um pouco do meu humor.
-Histórias engraçadas. - disse Gael encarando Lúcia com um olhar de cumplicidade.
-Se você diz.... - olhei para elas disconfiada. - Acho melhor vocês se arrumarem, vamos desembarcar.
-Ok. - Lúcia se levantou ainda sorrindo e pegou suas coisas. - Vamos.
Eu me virei caminhei até a porta, estiquei a mão para abri-la, mas ela foi aberta por Edmundo do lado de fora.
Ficamos nos encarando por alguns segundos até Lúcia fazer um barulho com a garganta.
-Está tudo bem? - ela perguntou.
-Claro. - respondi desviando o olhar de Edmundo.
-Só vim avisar que vamos desembarcar, passaremos a noite na ilha. - ele disse. - Se tiverem algo para levar, sugiro que peguem agora.
-Certo, obrigada. - falei abaixando a cabeça e ele se afastou.
-O que foi isso? - perguntou Lúcia.
-Depois explico, vai levar algo?
-Só esse livro. - ela me mostrou e fomos até o bote.
°°^°°
Quando chegamos a ilha já estava escurecendo, nos ajeitamos perto de algumas pedras e me sentei em uma mais afastada e fiquei encarando o mar por uns quinze minutos.
-É melhor se juntar aos outros. - disse Caspian me assustando. - Desculpe.
-Tudo bem, eu só não quero ir lá agora.
-Você ainda está brava com ele, com Edmundo.
-Você viu a briga?
-Era meio impossível não ver.
Soltei um suspiro e encostei minha cabeça no ombro de Caspian.
-Ela está lá com ele não está?
-Até onde eu me lembro não, eu estava lá com ele...e posso dizer que ele não está no melhor dos dias...assim como você.
-É que isso me deixa mal. - falei com os olhos cheios d'água. - Eu gosto tanto dele, e agora ele simplesmente está lá...com ela. - deixei algumas lágrimas escaparem. - As vezes dói, é como se...como se ele não gostasse mais de mim, como se ele nunca tivesse gostado de mim, eu me sinto horrível....sei que meu ciúmes é besta mas...
-Ele gosta de você, ouso até dizer que ele te ama. - ele disse se sentando do meu lado.
-Duvido, ele mau olhou para mim quando foi nos chamar. - sorri falsa. - Foi isso que me machucou mais.
-Você olhou para ele? - ele perguntou me encarando já sabendo a resposta. - Provavelmente ele não te olhou pelo mesmo motivo que você não olhou, medo.
-Mas Caspian....
-Você sabe que eu tenho razão.
-Eu vou dormir. - falei sorrindo fraco, eu o abracei forte e sussurei. - Obrigada por me ouvir.
-Sempre que quiser.
Me afastei dele e fui me deitar perto de Lúcia, assim que me deitei ao seu lado ela se virou para mim.
-Por que você e Ed estão estranhos?
-Nós brigamos. - respondi suspirando e me virando para ela.
-O que aconteceu?
-Pansy me insultou, eu revidei, quase bati nela, só não bati por que Edmundo me segurou, ele meio que defendeu ela e eu o deixei para treinar com Thomas...foi isso.
-Essa briga foi tão idiota!
-Ela praticamente se esfrega nele e ele não faz nada, eu não suporto isso.
-Talvez, vocês devessem conversar.
-Talvez, penso nisso amanhã.
Me virei para o outro lado e esperei o sono chegar.
°°^°°
Senti algo grande tapar minha boca enquanto era erguida, comecei a me debater desesperada, o que me segurava era invisível, aquela coisa me afastava cada vez mais do grupo, comecei a me desesperar, eu não tinha arma nenhuma, nem mesmo um punhal, no meio do caminho encontrei Lúcia do mesmo modo que eu, a única diferença entre nós é que ela carregava seu punhal, chegamos em um ponto que parecia um quintal e jogaram Lúcia no mesmo, ela pegou o punhal e no mesmo instante ele vôo para longe.
-O que querem? - ela perguntou.
-Que entre na mansão. - disse uma voz e outras fizeram som de concordância.
Lúcia olhou em volta tão confusa quanto eu.
-Que mansão?
-Aquela. - disse outra voz.
Uma porta foi aberta mostrando uma mansão com a fachada invisível.
-Entre na mansão e procure o feitiço que torna o ocuto visível.
-Por que vocês não fazem isso?
-Não sabemos ler, mas sabemos que uma das duas sabe.
-E se eu não quiser ir lá?
-Matamos você.
-Mas eu não serviria morta, serviria?
-Então matamos ela! - disse outra voz e senti me apertarem mais.
-É matamos!
-Vamos matar ela!
Eu neguei com a cabeça mas ela me ignorou e entrou na casa, as mãos daquela coisa taparam minha boca e meu nariz me deixando sem ar, eu me debatia tentando respirar até que não aguentei e desmaiei.
-Amanda?! Amanda! - ouvi alguém me chamar, como se estivesse distante, aos poucos fui recobrando a consciência e acordando a primeira coisa que vi foram borrões que depois viraram a tripulação.
-Soltem ela agora! - ouvi Edmundo gritar.
-Não precisamos dela!
Vi eles sacarem as armas e as coisas que me sequestraram os desarmaram facilmente, consegui tirar a mão da coisa de minha boca no momento em que Edmundo foi derrubado.
-Ed! - exclamei assustada antes de taparem minha boca novamente.
-Onde está minha irmã?! - ele perguntou se e levantando.
-Na mansão do opressor.
-Que mansão?! - ele perguntou confuso. - Ah, aquela mansão!
-O que são vocês? - perguntou Caspian.
-Temos um corpo de tigre...
-Com a cabeça de outro tigre diferente. - completou o outro.
-Temos garras e dentes afiados.
-A com certeza conseguem nos derrotar com esses barrigões! - ironizou Edmundo.
Foi ai que percebi que não estavam mais invisíveis, eles eram anões gordinhos, com um pé só, deveriam ter uns quinze, estavam em grupos de três para ficarem maior e seguravam bastões para nos bater.
-Não precisamos mais dela. - exclamou o que estava me segurando e me jogou na direção dos tripulantes, acabei por cair um cima de alguém.
-Desculpe. - murmurei tirando o cabelo do rosto e vendo Edmundo abaixo de mim.
-Não foi nada. - ele murmurou de volta.
Eu me levantei e estiquei a mão para ajudá-lo a se levantar, ele me encarou por alguns segundos e me abraçou, retribui o abraço o apertando mais contra mim e escondi meu rosto em seu pescoço.
-Por que não me acordaram?! - gritou Eustáquio aparecendo.
-É o porco! - exclamaram as coisas, mas logo se calaram. - Opressor! Você nos oprimiu!
-Eu fiz isso para proteger vocês! - disse uma voz diferente, me virei para trás e vi Lúcia andando junto a um mago, e atrás deles a mansão agora visível.
-É isso que você faz! Oprimi! - insistiram as coisas ainda mais bravas.
-Já chega! - vociferou o mago jogando algo na direção deles e os mesmos saíram correndo.
-O que eram eles? - perguntou Eustáquio.
-Tontopédis. - respondeu o mago como se fosse óbvio.
-Claro bobeira minha. - respondeu Eustáquio.
-Vamos, temos que conversar com Coriakin. - disse Lúcia.
Acompanhamos Lúcia e o mago Coriakin para dentro da mansão, lá dentro era tudo perfeito, tudo feito de madeira, tão simples e bonito, eu olhava para todos os lados captando cada detalhe.
Entramos em uma biblioteca enorme e meus olhos brilharam, tinha tantos livros que eu acho que seria capaz de morrer sem conseguir ler todos.
-Esperem um pouco. - disse Coriakin chamando minha atenção.
Ele pegou um pergaminho enorme, o sacudiu no ar e o mesmo se tornou um mapa, nele aparecia a nossa primeira batalha ( contra a feiticeira), cair paravel, enfim toda Nárnia, e o que mais me surpreendeu foi que ele se movia.
-É bem bonito. - disse Eustáquio e todos olharam para ele surpresos e ele completou. - Para um mapa de faz de conta em um lugar de faz de conta.
-Vejo que carrega uma das espadas de Aslam. - Coriakin apontou para Edmundo que estava do meu lado. - Existem outras seis iguais a está, vocês devem achá-las e levá-las a mesa de Aslam. - Assim que ele disse isso o mapa mostrou o local. - E para chegarem lá devem seguir a estrela azul.
-Só isso? - perguntei achando isso fácil demais.
-Obviamente vocês deram testados, devem tomar muito cuidado, o mal fica mais forte a todo minuto.
-Como assim testados? - perguntou Lúcia.
-Seram tentados, o mal tentará vocês para que não consigam chegar a mesa de Aslam.
-Então é só achar as espadas e coloca-las na mesa, isso se der tudo certo? - perguntei e ele confirmou.
-Mas você minha princesa deve tomar muito cuidado, você leva o titulo de bondosa isso fará de você o maior dos alvos.
-Tudo bem.
°°^°°
Já havia anoitecido e estavam todos dormindo, eu estava sentada no sofá usando minha camisa ( que no caso era bem grande, não sei se se lembram mais eu já havia dito isso.) de camisola quando escuto várias pessoas me chamando e algumas batidas na porta, me levanto vou em direção a porta, a abro e não vejo nada, ando pelo convés a procura das vozes e vejo Uguim.
-É você mesmo? - pergunto deixando algumas lágrimas escaparem. - Eu pensei que você havia morrido.
Vou na direção dele para abraçá-lo mas o mesmo me empurra.
-Você me matou! - ele disse com raiva.
-Eu não fiz nada...Uguim eu...
-Foi sua culpa! Se você não tivesse sumido eu não teria morrido! - ele gritou.
-Uguim me desculpa, eu não sabia... - eu disse com a voz engasgada de tanto chorar.
-Você merece morrer! - ele disse erguendo a espada.
-Princesa Amanda... - ouvi a voz do Sr. Raposa.
-Sr. Raposa...
-Meus irmãos morreram por sua causa! Se você não tivesse desaparecido eles não iriam atrás do resto do exército da feiticeira! - ele rosnou.
-Me desculpe...
-Você os matou! - disse uma mulher atrás de mim. - Meus filhos!
-Foi sua culpa! - disse um homem.
-Eram apenas crianças! - gritou uma velhinha. - Eles só precisavam de um médico! Se não estivessem todos atrás de você não teriam morrido!
-A culpa é sua!
-Toda sua!
-Você os matou!
-Você merece morrer!
Eu estava cercada por diversas pessoas, minha cabeça doía, eu não aguentava.
-Parem por favor... - eu pedia em vão.
-Você vai nos matar também. - disse a minha familia.
-Eu não...
-Se não quer nos matar então você tem que morrer. - disse meu pai.
°°^°°
Edmundo on
Eu acabei de acordar de um pesadelo que tive com a feiticeira e vi Lúcia se aproximou.
-Também está tendo pesadelos? - pela perguntou, eu só confirmei com a cabeça e Cadpian acordou também.
-Parece que todos nós estamos tendo. - murmurei.
-A Amanda está aqui? - perguntou Lúcia.
-Não, por que? - perguntei confuso.
-Tem um tempo que não a vejo, ela não estava no quarto quando acordei então pensei que ela estava com você. - ela disse.
-Tem certeza? - perguntei preocupado.
- Já tem um tempo que ela anda estranha, na verdade, desde que fomos as ilhas solitárias. - disse Caspian. - O que o mago disse, sobre que seria pior para ela...
Me levantei e comecei a colocar o sapato rapidamente.
-Eu vou atrás dela. - falei antes de correr atrás dela.
Eu estava no convés quando vi alguém subir no beiral do barco, a pessoa se virou para olhar para trás e vi Amanda, ela dizia algo para alguém quando concordou com a cabeça e se virou para o mar.
-AMANDA! - gritei despertado.
°°^°°
Amanda on.
Eu não aguentava mais, comecei andar até o beiral do navio, segurei em uma corda e subi no mesmo, a água do mar batia violentamente contra o navio o que me fez segura com mais força ainda a corda.
-O que está esperando?! - gritou Uguim.
-Eu não quero fazer isso. - falei chorando.
-Mas você precisa. - disse minha mãe.
Concordei com a cabeça e respirei fundo, quando eu ia pular ouvi alguém gritar, me virei e vi Edmundo correndo em minha direção.
-DESCE DAÍ! - ele gritou.
-Eu preciso fazer isso, se eu não fizer vou matar mais alguém, mais um inocente. - falei soluçando de tanto chorar.
-Você nunca matou um inocente! - ele disse esticando a mão para mim.
-Amanda! - gritou Lúcia do outro lado do barco junto a Caspian
-Desce daí. - insistiu Edmundo.
-Eu não posso, o Uguim...ele disse que eu o matei, assim como varias outras pessoas...meu minha familia disse que vou matá-los! Eu não posso fazer isso.
-Desce daí, você não vai matar ninguém...
Me virei para o mar pronta para pular.
-Por favor, não faz isso. - ele insistiu.
-Eu não quero fazer.
-Então sai daí, por favor.
Eu ia voltar para dentro do barco quando ele dá um pulo e eu cai.
-AMANDA! - gritou Edmundo.
A única coisa me segurava era a corda que se enroscou no meu braço, ele correu até o beiral e começou a corda. Aos poucos eu me aproximava novamente do beiral, segurei ele com as mãos e Edmundo me puxou e ficou me segurando como se tivesse medo d'eu tentar pular novamente, ele me abraçou forte e eu fiz o mesmo ainda chorando.
-Amanda! - gritou Lúcia se aproximando com Caspian. - Você está bem?
Concordei com a cabeça mais não disse nada, eu estava tremendo, ela me tirou dos braços de Edmundo e me abraçou.
-Eu te procurei na cozinha toda, você me assustou!
-Você assustou a todos nós. - disse Caspian com a mão no meu ombro.
-Você precisa descansar. - disse Lúcia.
-Eu não quero. - falei me afastando dela secando as lágrimas que não paravam de escorrer e com a voz embargada.
-Aproveita que vai ficar com o quarto só pra você, Gael teve um pesadelo e foi dormir com o pai, eu perdi o sono...já você não dormiu até agora.
-Lúcia, eu não quero.
-Você precisa descansar um pouco. - disse Caspian.
-Não, eu preciso falar com o Ed.
-Podemos conversar depois. - ele disse.
-Por favor. - pedi.
Ele concordou com a cabeça e me levou até o quarto, me sentei no sofá e ele ficou em pé me encarando.
-Me desculpa. - falei voltando a chorar. - Me desculpa por tudo, eu não queria....
-Tudo bem. - ele disse.
-Não, não tá nada bem. Eu briguei com você, você ainda tem o trabalho de se preocupar comigo e me ajudar mesmo estando bravo.
-Eu não estou bravo com você.
-Como não? Eu fiz tanta coisa ruim, eu matei pessoas.
-Você não matou ninguém.
-Uguim disse que morreu me procurando, os irmãos do Sr. Raposa morreram lutando contra o resto do exército da feiticeira sozinhos, as crianças morreram por que depois que fomos embora tudo virou um caus, foi tudo minha culpa. - falei soluçando de tanto chorar. - Eu fiz isso e farei novamente, falaram que dessa vez será minha familia.
-Vai ficar tudo bem, ninguém vai morrer. - disse Edmundo se ajoelhando na minha frente.
-Não sei como você me aguenta, eu sou tão patética. - falei sorrindo falsa enquanto as lagrimas escorriam.
-Você não é patética. - ele disse secando minhas lágrimas.
-Ed, você dormi comigo? - perguntei secando as lágrimas.
-Ahn, Claro. - ele respondeu se levantando.
-Se não quiser tudo bem, eu vou entender. - me apressei em dizer enquanto me levantava. - Não quero que durma comigo por dó.
-Não vou dormir com você por que tenho dó. - ele disse colocando a mão no meu rosto. - Vou dormir por que você é minha princesa.
Eu sorri fraco e ele se sentou na cama tirando o sapato, ele se deitou e eu fiz o mesmo. Ele me abraçou de fazendo com que eu deitasse a cabeça no peito dele.
-Obrigada, por ter me salvado. - murmurei.
-Não precisa agradecer. - ele disse e depois suspirou. - Eu não sei viver sem você coisinha.
-Coisinha? - perguntei olhando para ele.
-Você ouviu o resto da frase? - ele perguntou divertido.
-Ouvi, mas acho que quero outro apelido.
-Então só se importas com o apelido?
-É, e esse é...estranho.
-Amy, para de graça. - ele disse sorrindo fraco.
-Agora sim um apelido bom. - falei fazendo ele rir fraco.
-Amy, agora é sério. - ele disse fechando o rosto. - Nunca mais faça isso, se você tivesse morrido eu não sei o que faria.
-Seguiria a sua vida.
-Amy, você é minha vida.
-Aaah, já ta exagerando. Você tinha vida antes de me conhecer e vai continuar a ter se eu morrer.
-Você estragou o momento, era para ser romântico.
-Que peninha, mais sorte na próxima. - falei divertida fazendo ele rir fraco.
-Você é tão....
-Tão?? - perguntei me aproximando do rosto dele.
-Tão... - ele se aproximou mais e me beijou, eu não fazia ideia do quanto eu senti falta disso até agora, ele parou o beijo e eu continuei com os olhos fechados, senti ele colocar a mão perto do meu braço e abri os olhos vendo ele em cima de mim.
-Perfeita. - ele murmurou me beijando de novo.
-E você mente mau. - falei assim que ele parou o beijo.
-Eu não estou mentindo, você é mais do que eu sempre quis.
-Ed, você é tão...
-Tão?
-Bobo.
Ele fez um careta e eu ri fraco.
-Bobo?
-É, você é o meu bobo. - falei colocando a mão em seu rosto. - O bobo mais lindo, gentil, inteligente, forte e cavalheiro de todos.
-Só isso?? Acho que mereço mais elogios.
-Então tá, você é fofo. - falei dando um selinho nele a cada elogio. - O melhor espadachim de toda Nárnia, o mas cobiçado de todos, o melhor estrategista e o garoto que eu gosto.
-Então você gosta de mim?
-Ainda dúvida?
-Não, eu só esperava ouvir um "eu te amo". - ele me encarou sério. - Por que eu amo você.
Fiquei em silêncio encarando ele, até que ele ia sair de cima de mim e eu o segurei.
-Eu também te amo. - murmurei e ele sorriu.
-Isso é sério? - ele perguntou com sorriso enorme e eu confirmei sorrindo também. - Você é tão perfeita que as vezes parece que você não existe.
Eu ri com o isso e ele me beijou.
-Você é a garota da minha vida. - ele disse assim que nos separamos.
-Eu sei, todos me amam.
-Desde que você fique comigo, tudo bem.
-Eu sempre estou contigo, mesmo quando te odiava.
-Você me odiava?
-Claro, você era muito irritante, vivia pegando no meu pé.
-Eu só fazia isso por que gostava de você desde aquela época, desde que tirou os sapatos para subir no bancos do trem e caiu em cima de mim. Eu gostei de você por que você era diferente das outras tinha um brilho especial, na verdade tem ele até hoje.
-Você é tão bobo que agora nem sei o que falar.
Ele sorriu e me beijou, eu passei a mão pelo pescoço e acariciei sua nuca, ele se inclinou mais em minha direção e segurei sua camisa o puxando mais para mim.
Ele parou de me beijar e passou a beijar meu pescoço, eu segurei acariciei sua nuca e ele passou a beijar minha clavícula.
-Ed... - murmurei chamando sua atenção.
Ele me encarou com os olhos brilhando esperando eu dizer o por que de telo chamado.
-Eu não acho que seja uma boa ideia...
-Entendi, me animei demais e acabei exagerando. - ele disse sorrindo fraco. - Desculpe.
Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e se deitou do meu lado.
-Você é tão bonita.
-Acho que estamos grudentos demais, se continuarmos assim seremos o tipo de casal que um quase morre por que entrou uma farpa no dedo do outro.
-Também não é assim, gosto de cuidar de você.
-Mas não precisa exagerar.
-Você é tão independente. - ele zombou.
-E você é tão chato.
-O chato que você ama.
-Vou me arrepender de ter lhe contado que te amo?
-Provavelmente não.
-Como tem tanta certeza? - perguntei encarando ele.
-Você me ama. - ele disse com um sorisso enorme.
-Você é tão bobo. - falei rindo.
-E você é tão minha.
-Ai ai, iludido. - falei sorrindo e acabei soltando um bocejo.
-Eu não estou te deixando dormir...
-Relaxa, não tem problema.
-Tem sim, você ainda não dormiu.
-Ed...
-Ah não, vem cá. - ele disse me puxando. - Vem Amy.
Eu me deitei mais perto dele, ele pegou o cobertor que estava no canto da cama e nos cobriu, Ed me puxou para mais perto dele e eu acabei deitando a cabeça em seu peito, ele começou a fazer um cafuné em mim e acabei adormecendo enquanto ouvia seu coração bater.
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Nárnia Princess | AnotherTale [Sendo Alterada]
Hayran KurguDurante a segunda guerra mundial os pais de Amanda acabam tendo que deixá-la na casa de seu tio, ainda desconhecido pela garota, para que ela possa ficar longe de bombardeio que datam pela cidade. Durante o período na casa de seu tio ela acaba conhe...