Capítulo 34

161 8 5
                                    

Ana Sófia

Sinto-me esgotada, o Eduardo realmente enlouqueceu minhas mãos estão doendo de tanto dar socos na porta desse bendito quarto e nada do Edu vir abrir, vou para o banheiro faço minha higiene pessoal com o que tem aqui dentro, há uma escova de dentes nova na embalagem eu a abro e a uso para escovar meus dentes, lavo meu rosto e fico perdida entre as lembranças desse dia, eu volto a chorar pensar nos momentos terríveis que o Eduardo me fez passa, me dói na alma e coração, será que eu sou a culpada pelo Eduardo ter perdido a noção da realidade?, do certo e do errado ?, Ele nunca foi agressivo comigo sempre nos demos bem, nos respeitamos, fomos companheiros, amigos e amantes, como isso tudo que vivemos durante esses três anos se dissolve e virou cinzas da noite pro dia.
Ouço alguém bater na porta do banheiro só pode ser o Eduardo, eu não queria ter que vê-lo, mas como não há outra saída eu abro a porta e dou de cara com o Eduardo, me mantenho a distância dele, ele me observa atentamente e após alguns segundos ele tenta se aproximar de mim e eu me afasto, sinto até um arrepio em meu corpo só de pensar nele me tocado novamente, e isso me deixa triste, tiro forças não sei de onde e falo tudo o que estava entalado em minha garganta, depois do meu desabafo vejo sofrimento estampado no rosto do Eduardo, minhas palavras o machucaram.
Ele me pede perdão, diz que me ama, que não me ouviu pedido pra ele parar de me violentar, será possível que ele estava tão fora de si que realmente não me ouviu?, Se for assim as coisas são piores do que eu imaginava e ele perdeu o juízo de vez!
Eu digo a ele entre lágrimas que eu não só pedi como implorei para que ele parasse de me machucar, ele me escuta vejo que seus olhos estão cheios de lágrimas ele vem se aproximado de mim eu me afasto até que eu não tenho mais pra onde fugir, estou encurralada na parede, Eduardo me segura pelos braços eu tremo inteira de medo, seu toque não mais me traz boas lembranças como antes, ele parece sentir o que eu estou sentindo por ele e me pede para que eu não tenha medo dele, diz que não saberá viver sem mim, ele cai de joelhos no chão se agarrando em minhas pernas me pedindo perdão, sinto desespero em suas palavras, ele chora como eu nunca o vi chorar antes, aos poucos vou me afastando dele.
vê-lo ali, ajoelhado ao chão com as mãos em seu rosto sofrendo dolorosamente, derrubou minhas defesas, eu me próximo dele, me ajoelho a sua frente retiro suas mãos de seu rosto e ao olhar para ele eu senti que por mais que ele tenha me ferido eu não consigo sentir ódio,. ele me abraça, e eu me deixo ser abraçada por ele, meus sentimentos estão a flor da pele.
Edu me pede uma chance para me mostrar que me ama e que fará de tudo para me fazer esquecer o que aconteceu aqui, que ele pode ser o mesmo Eduardo que sempre me amou, eu penso em suas palavras que me transmite muita sinceridade mas eu não consigo, não serei capaz de esquecer, então eu me levanto e ele me acompanha, me olha com espectativa vejo esperança em seus olhos.

__Edu, eu sinto que você está sendo sincero quando diz que me ama, eu até posso me esforçar para acreditar que o mau que você me causou hoje foi em um momento de desequilíbrio, sei também que tenho minha parcela de culpa nesse seu descontrole, mas não há mais futuro para nosso relacionamento ele termina aqui!,.
Digo com as lágrimas rolando desenfreadas pelo meu rosto, meu coração está doendo.
Eduardo segura em meus braços e diz em desespero:

__NÃO DIGA ISSO MEU AMOR, EU TE AMO E NÃO VOU DEIXAR VOCÊ SAIR DAQUI ENQUANTO VOCÊ NÃO DISSER QUE VAI ME DAR UMA CHANCE!

Ele fala com firmeza, mas dessa vez isso não me assusta, sei que ele não vai mais me machucar, não mais, então o que me resta é tentar fazer lo ver que esse não é o caminho para que eu o aceite de volta.

__EDUARDO, ME DEIXA IR PRA MINHA CASA, MEUS PAIS CERTAMENTE ESTÃO PREOCUPADOS COMIGO, ISSO NÃO VAI ACABAR BEM, PELO QUE VOCÊ MAIS AMA, ME DEIXA IR EMBORA! . Peço a ele que parece refletir no que eu disse é fala:

__Caso eu á deixe ir, você promete que vai me dar a chance que eu te pedi?

Pergunta ele dessa vez mais calmo, eu tenho que aproveitar essa brecha que ele abriu, essa é a chance que eu tenho pra sair daqui, o Eduardo ainda não está em seu estado normal, e eu não quero despertar aquele Eduardo desequilibrado, sem coração, que age por impulso que eu vi ele se transforma hoje mais cedo!

Além Do Desejo (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora