capítulo 7

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Eu olhava para CK desesperada, eram tiros?

Não esses estrondos, não me parecem tiros!

CK apressadamente, me puxa pelo pulso e nos tira da barraca apenas pegando nossas blusas, quando saímos da barraca, todos os hackers estavam as desmontando apressadamente, CK e eu fazemos o mesmo, enrolando tudo de qualquer jeito.

— Vamos Hadassa, deixe o travesseiro para lá – CK diz me puxando com força.

— Mas...

Logo um barulho mais alto é ouvido, assustando a todos, estava mais perto.

— Vamos pessoal, vão nos alcançar. – CK grita, balançando os braços em direção ao carro.

Todos correm em direção ao mesmo, com as mãos ocupadas, LN e PM alcançam seu carro, jogando tudo de qualquer jeito, no banco de trás, DW e TOR também chegam aos seus carros, eu e CK também estamos alcançando o nosso.

Paro imediatamente...

— Vamos Hadassa! – CK pede impacientemente.

— TT, CK onde está TT? – Pergunto um tanto desesperada, olhando a nossa volta.

Logo o avisto, terminando de recolher as coisas, no mesmo instante, corro em sua direção, ouço CK gritar por mim, mas não lhe dou ouvidos, arrisco dar uma olhada para trás e vejo que CK também corre em minha direção, somos uma família, não somos? Então vale a pena corrermos o risco, de a qualquer momento sermos atingidos por uma bomba.

E foi exatamente isso que aconteceu, quando percebemos, a bomba já tinha atingido TT.

NÃO

Por favor, não!

Com a forte claridade, e a força de defesa que todos temos, levo meus dois braços ao rosto, escondendo-me da claridade, e me esquivando, caso qualquer coisa me atinja. Mas logo volto a correr, desesperada em direção a TT, quando chego próxima a ele, me jogo de joelho em sua direção.

Vejo que fora atingido em uma de suas pernas, e a mesma sangra muito.

Você não pode morrer, amigo, não pode!

Meus olhos marejam, e meu coração aperta ao ver seu estado.

— Vamos Hadassa, precisamos sair desse lugar – CK diz se ajoelhando. – Vamos, te ajudo a leva-lo.

TT estava completamente apagado, o impacto da bomba não o fez aguentar.

Concordo com CK e juntos o carregamos até o carro. Todos já estavam preparados, para partirmos, mais ao verem TT, a preocupação já se fazia presente nos rostos de todos. Decidi que sentaria atrás com TT para tratar de suas feridas, ou tentar pelo menos limpar, todo aquele sangue, CK concordou sem protestar.

Mal posso acreditar, poderia ter acontecido com qualquer um, até comigo, por que estavam jogando bombas? por que queriam nos atingir?, como sabiam que estávamos lá? São várias perguntas, que no momento não obterei respostas.

Olho para TT, ainda desacordado, levando a barra de sua calça até a altura de seu joelho, sua posição me ajuda a ver melhor sua ferida, agora aberta, que trasborda sangue, pego o primeiro pano que vejo, e começo a limpar em volta de sua ferida, meus olhos marejam, e sinto que vou desabar a qualquer momento. Quando limpo em volta, peço para CK me passar o álcool, preciso limpar direitinho para que não infeccione, seria uma lástima. Experimento, jogar um pouco em cima, para ver se ele acorda com a ardência, mais nada, então resolvo limpar de uma vez, fecho meus olhos ao ver que a ferida está realmente feia, e suspiro alto.

— Está tudo bem? – CK pergunta preocupado.

— Não CK – Digo colocando um pano limpo em cima dos gases em sua feria, para tentar estancar o sangue. – A ferida está muito feia, e... e... – Digo aflita, com os olhos cheios de lágrimas.

— E o que Hadassa? Está me preocupando. – CK pergunta receoso.

Deito TT com sua cabeça apoiada em minhas pernas, posiciono as pernas do mesmo, de forma com que a perna machucada fique pousada sobre a boa.

— Temo que TT Perca uma de suas pernas! – Digo por fim, e uma lágrima solitária desce por meu rosto.

Passo uma de minhas mãos em sua testa e cabeça, o afagando.

Esse é só o começo!

O que aconteceria depois?

Que tipo de risco a mais correríamos?

— Hadassa – CK chama – ele ficará bem!

— Tomara, aprendi a ama-lo, como um amigo, TT é doce e simpático, as vezes é um pervertido – ouço CK rir baixo – mais e um palhaço e um fofo.

— E você gosta dele?

— Por incrível que pareça, sim – digo encarando o homem machucado, deitado em minha perna.

— Entendo. – E a única coisa que CK diz.

— E você? – Pergunto curiosa.

CK é um homem lindo, até demais, não entendo por que está sozinho.

— Eu oque? – Pergunta rindo.

— Já amou alguém? – Perguntei fingindo indiferença, mas a realidade é outra.

— Está me dizendo que ama TT? – Vejo suas sobrancelhas arquearem pelo retrovisor do carro.

— Não... quero saber se você, ama alguém, ou já amou? – Ouço-o suspirar.

— Não... eu não amo ninguém. – Ele diz frio e sério.

— Isso é mentira! – Afirmo incrédula. – Espera estou confusa... você disse que não ama ninguém, ou que você nunca amará ninguém?

— Eu nunca amo ninguém!

— Credo, que homem frio. – Resmungo para mim mesma. – E isso é mentira! – Aponto para ele incrédula.

— Hadassa, onde quer chegar com isso? – Pergunta irritado.

— Você diz isso, por que tenho certeza que foi muito machucado. É normal que no momento pense assim. – Digo acariciando os cabelos de TT – Mas CK, nem toda mulher é igual a essa daí – falo com desgosto.

Vejo que CK se cala, nada mais fala, fica pensativo, e mesmo dirigindo vejo que está perdido em seu próprio pensamento.

— CK? – O chamo, algo estava me incomodando.

— O que foi agora? – Pergunta ríspido.

— Credo homem, só quero saber onde estávamos? E como nos encontraram?

Grosso

— Estávamos em uma floresta, a 55 quilometro do alojamento. E descobriram por que os carros chamaram atenção.

— E para onde estamos indo? – Perguntei com medo da resposta.

HI VIORI.

Droga, mil vezes drogas.

Os HackersOnde histórias criam vida. Descubra agora