Capítulo 20

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Há então uma causadora dessa grande guerra em Plutanions entre o governo e os hackers, mas por que seria?

Eu não insistiria para que ele continuasse, mas esperaria seu tempo para que me contasse, se quisesse contar.

— Está limpo — Digo terminando de limpar o sangue que só agora parara de jorrar.

— Obrigado! — Ele diz sem me encarar.

Olhos para sua ferida e sinto um aperto no coração, ele levou o tiro tentando me ajudar.

Olho para minhas roupas e tenho uma excelente ideia.

Começo a tirar a blusa e vejo CK me olhar confuso.

— O que está fazendo? — Pergunta ele com os olhos fixos em meus movimentos, mas paro com a blusa no pescoço

— Estou tirando a blusa — Falo como se fosse algo óbvio.

— Por... que está fazendo isso? — Gagueja me fazendo rir.

— Vou estancar o sangue com ela — Reviro os olhos e me aproximo — Relaxa eu estou com Top por baixo — tiro ela por completo e me aproximo, vejo CK ficar tenso e enrijecer o maxilar.

— Não precisa eu te dou a minha põe a sua — Ele diz tentando tirar sua blusa, mas o paro.

— CK está calor, e quando você estiver melhor você me da a sua! — Sorrio para o mesmo e me aproximo, pego seu braço e apoio em meu ombro, assim conseguindo amarrar o tecido em seu braço, apertando e dando uns nós, CK trinca os dentes e deixa escapar um gemido de dor que para mim foi um tanto sexy.

— Prontinho — Sorrio para ele que retribui.

— Agora vamos que precisamos chegar ao leste. — CK diz olhando para baixo e eu assinto.

Descemos da arvore e fomos novamente rumo ao leste, agora mais atentos do que nunca, CK tinha em sua mão uma arma e eu também, caminhamos a madrugada toda e estávamos cansados da longa caminhada, já está amanhecendo e só o que vemos é arvores e arvores, estou chegando a duvidar se estamos mesmo indo para o lado leste, Tropeço e caio em algo molhado.

Lógico, você caiu em um rio sua tapada, só consigo ouvir CK rir sem parar e eu me vejo o fulminando com um olhar agora. O mesmo também entra no rio e molha seus cabelos, aproveito para fazer o mesmo me limpando e aproveitando para tirar as sujeiras de meu corpo.

Me perco em meus pensamentos e percebo que algo toca minha perna, me fazendo soltar um grito assustada, quando vejo CK Levantar, bato em seu braço bom.

— Idiota! Como está o braço? — Pergunto limpando meus braços sujos.

— Parou de sangrar — Ele sorri bobo.

— Que bom — Sorrio para o mesmo — Vamos limpar o sangue seco? — Pergunto me virando para ele.

— Você já fez demais por mim....

— CK cale a boca e chegue mais perto. — Digo brava.

O mesmo se aproxima me encarando impassível, e eu novamente apoio seu braço em meu ombro e desfaço o nó da blusa, a tirando de seu braço, com a mesma eu molho na água e passo ao redor da ferida, limpando o sangue seco. CK permanece me encarando o que me deixa desconfortável e um pouco corada.

— Obrigado de verdade — Ele diz quando termino limpar.

— Agora só espere a blusa secar e daí colocamos novamente — Falo saindo do rio —Agora vamos, não podemos demorar.

O mesmo assente e vem atrás de mim, caminhamos por mais duas horas e eu já estava com muita fome e com meu corpo fraco.

— Hadassa? — CK me faz encara-lo.

— Oi —Respondo desanimada.

— Ali tem uma casa! — Ele diz e eu olho na direção em que ele aponto.

— É sim uma casa — Sorrio e dou pulinhos

— Vamos, eu acho que está abandonada. — Ele diz me puxando.

Nos aproximamos da casa que é no meio de uma floresta, uma casa simples e pequena com apenas um andar e a pintura desgastado com as janelas e a porta fechada, checamos em volta e cada janela, sempre atentos e com as armas prontas para atirar, abrimos a porta olhando atentamente cada canto, passamos pela sala, e nada, quartos nada, banheiros, nada.

— Parece que estamos sozinhos mesmo — CK afirma indo trancar as portas e fechar todas as cortinas, deixando a casa aconchegante e com cheiro de mofo.

CK se joga no sofá e eu vou até o banheiro ver se o chuveiro funciona, e sim ele funciona, Deus é bom! Caminho até um dos quartos a procura de roupas, abro o guarda-roupa do quarto maior e encontro, blusas e calças, parece ser quarto de um casal, pois há roupas masculinas e femininas, assim como também tem sapatos, separo uma regata preta e uma calça preta, e vou rumo a sala falar com CK.

— Aqui tem sopas instantâneas que já saíram da validade a um mês... se importa de comer? — Pergunta quando se vira para mim.

— Não... — Reparo que o mesmo está sem blusa. — Vou tomar um banho e já volto para comer — Sorrio indo em direção ao banheiro, entro no mesmo e tiro minhas roupas, ligando o chuveiro, logo tomando um banho quente e gostoso, meus músculos relaxam conforme a agua cai sobre minhas costas e eu sorrio involuntariamente, desligo o chuveiro e visto as roupas que peguei no quarto a frente, passo a mão no espelho embaçado pela fumaça do banho e me encaro por alguns instantes.

Olheiras.

Cabelo sem brilho.

Hematomas no pescoço.

Resolvo sair do banheiro e junto a fumaça que invade o corredor, e vou em direção a sala, encontrando um CK com cabelos molhado e roupas novas.

— Você....

— Tem dois banheiros na casa e você demorou — Ele se vira para e levanta — Vamos comer?

Jantamos em silencio ninguém falava nada.

— Agora você lava a louça — CK se pronuncia.

— O que? Há não. — Resmungo

— Você lava eu guardo!

— Feito

Levantamos da mesa e levamos os pratos a pia.

Começo a lavar os pratos enquanto CK se apoia na pia me observando.

— O que... foi? — Olho sorrindo para o mesmo.

— Eu... nada. — Ele pega o pano de prato e seca os pratos lavados.

— Você é muito chato CK, se abra mais.

— Eu? — Ele pergunta incrédulo.

— Sim, sei que está preocupado, mas....

Quando percebo CK está com um braço em volta de minha cintura, e eu com minhas duas mãos em seu peito, nossas respirações estão entrecortadas e seu nariz toca o meu.

— Ck... — Tento me soltar dele, mas ele caminha em direção a sala comigo em seus braços.

— Ck? — Ele passa o nariz por minhas bochechas, me causando arrepios — Eu quero te beijar. — Arregalo os olhos diante sua revelação.

Sua boca deposita um beijo em meu pescoço e eu arfo involuntariamente, ele segura minha nunca com uma mão e me aproxima dele.

— E vou o fazer você me matando depois ou não!

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