Capítulo 10

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Arregalo meus olhos, só eu acho que minha vida é pura desgraça?

Wendi sorri para todos, mas quando seus olhos caem sobre mim, seu sorriso se vai, como o vento vai levando tudo que é leve.

Droga, droga, droga e merda!

— Hadassa? — Ele pergunta surpreso.

— Não, sou filha dela! — Digo debochando.

— Sempre sarcástica né — Ele sorri de lado. Como eu era louca por esse sorriso

— As pessoas mudam — pisco para o mesmo.

— Enfim, o que faz por aqui? — Ele aponta para o chão, olho de relance para CK com toda certeza já sacara tudo.

— O que pessoas fazem aqui? — Perguntei irônica e cruzei meus braços.

— Hadassa, Hadassa, essa sua teimosia e personalidade, um dia vão te prejudicar. — Ele diz dando um passo. — Arqueio minhas sobrancelhas.

— Isso é problema meu não acha? — Pergunto me levantando da cama.

— Chega! — Ele diz autoritário — Sou Wendi o Professor de treinamento de vocês, peço-lhes respeito e dedicação, caso faltem com respeito a autoridade maior que vocês — Wendi cerra os olhos para mim — Pagaram caro, com castigos e tarefas que aposto que não vão querer fazer — ele assume a postura ereta — somente isso — Ele se vira — Espero por vocês amanhã cedo — Sai fechando a porta bruscamente.

— Oque.... Aconteceu... aqui? — PM gargalha.

— Hadassa você é louca? — Tor pergunta chocada.

— Se nos descobrirem, será culpa sua — LN diz indo para o banheiro.

— De onde o conhece? — DW pergunta me encarando sério.

— Uma longa história... — Fecho os olhos com força.

— Hadassa, dá próxima vez guarde sua língua afiada, ou seremos degolados por sua causa.

— Credo gente, ele não fará nada! — Digo revirando os olhos.

Tomara!

Suspirei alto, e caminhei até a porta, estava decidida a esmurrar a cara de Wendi.

— Não... — CK segura meus braços e eu o encaro, seus olhos verdes estão escuros e vejo um fogo se acender ali. — Ele pode te machucar...

— Ele não vai — Sorrio, para que o mesmo se acalme, mas ele não solta meu braço.

— Eu vou com você! — Ele diz pegando seu casaco que estava pendurado atrás da porta

— Não! — o paro e ele me olha confuso. — Ele não me fara nada, há outros militares aqui!

— Não quero correr esse risco — ele diz abrindo a porta.

Que isso? CK se preocupa?

Saímos do quarto e sinto o vento morno sobre mim, fecho os olhos tentando aproveitar o som e a paz que ele traz.

— O que aconteceu entre vocês? — CK diz tirando-me de meus devaneios. Olho para o mesmo que caminha ao meu lado.

— Não sei se é...

— Da minha conta? — Ele completa rindo. — A partir do momento que você passou a ser uma de nós, tudo que te diz respeito é de minha total conta.

— E se eu não quiser falar? — Pergunto levantando as sobrancelhas.

— Uma hora eu descubro, sou um hacker - Ele sussurra o "Hacker"

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