Como assim? Me... Meus pais, vivos?
Jogo a carta ao meu lado e pisco várias vezes, balanço a cabeça involuntariamente e foco meu olhar agora em meus pés.
Não... ela pode estar mentindo! Ou... não.
Mas por qual motivo eles me abandonariam? Por qual motivos, deixariam a mim e a meu irmão a mercê da vida?
Pego a carta novamente e vejo que ao seu lado, há também outro papel, então o pego, abrindo rapidamente.
" Nos entregue seus amigos, e salve a si mesmo CK"
Mas que droga é isso?
CK não seria capaz! Ou seria? Na verdade, eu não sei de mais nada.
— Você leu — CK se pronuncia apoiado em uma arvore.
— Você deu para mim ler — Reviro os olhos e jogo o papel no chão. — Essa mulher é uma cobra, víbora.
— Seus país estão vivos...
— Como pode ter certeza, CK? — Bufei
— Eu não tenho — Se senta ao meu lado — Na verdade, me desculpa a franqueza, mas eu acho que ela só escreveu isso para fazer você ir atrás dela...
— E me entregar — Termino sua linha de raciocínio.
— Mas pode ser verdade também, ainda não sabemos! — CK se aproxima.
— Estou preocupada com meu irmão... — Suspiro — Ela disse que ele me mataria e...
— Fique calma — Ck segurou em minhas mãos, e só então percebi que a arranhava.
— Só estou com medo... — olhei para o céu, mas só haviam folhas e galhos — Vai nos entregar? — Minha pergunta saiu, sem que eu tivesse tempo para filtra-la.
— Acha mesmo? Acha que eu seria capaz de trair vocês? — CK parece ofendido.
— Já temos um traidor entre nós...
— Poxa vida — CK fala frustrado — Quem quer que seja, nunca fiz nada para qualquer um deles...
— Talvez tenha feito e não notou... — Digo ainda olhando para cima.
— Eu...
— Você é bruto, arrogante e egoísta.
— Obrigado pela parte que me toca — Desdenha.
— Por acaso estou mentindo? — O encarei de lado.
— Está...
— CK, seja sincero consigo mesmo — DW fala chegando de mãos dadas com TOR, o que já era costumeiro. TOR ri e eu a acompanho.
— Mas agora precisamos de um plano para escapar das bombas... —Tor começa
— Então já chegamos ou leste? — Perguntei alegre.
— Sim... — Se virou para nossa direita — Está vendo essas colunas — Aponta em direção as enormes colunas de pedra.
— Sim...
— Estão perfeitamente calculadas, para nos matar — Diz encarando a coluna.
— Como assim? — Perguntei confusa.
— Lembra que comentei que esse campus, foram programados para que ninguém entrasse, ou saísse sem permissão? — Assenti — esse Campus é um desses
— Aquele que tínhamos um plano para desativar as bombas? — Perguntei entrando no raciocínio.
— Sim — Agora DW fala — Caso uma bomba exploda, as colunas próximas caem, e se pelas minhas pesquisas, elas sempre caem e em X — DW comenta pensativo,
— E esse campus também é programado a sensor — Agora CK é quem fala — ele pode estar em qualquer lugar no chão, se pisarmos, puft — encena algo trágico nas mãos
— Como saberemos então? — Pergunto apreensiva.
— Simples — TOR me encara — Não saberemos.
Já era noite, e estávamos todos na retaguarda, ou melhor só DW e CK, Tor estava trocando meus curativos, que já estavam manchados de sangue.
— Não conseguirei acompanha vocês — Digo frustrada eu já estava com esse pensamento a tarde toda, esse plano e. demais para mim, por mais simples que seja.
— Não sairemos daqui, sem você estar recuperada cem por cento — Ela diz sorrindo.
— Mas só temos sete dias para chegar ao leste — Suspiro frustrada.
— Você se recuperará bem — Termina o curativo.
— Tomara — Resmungo.
Mas e agora, e depois que chegarmos ao nosso destino? Como será?
Enfrentar o governo parece algo impossível para mim, mas CK diz que tem um plano infalível, a qual eu não estou incluída, a questão de meu irmão estar com o governo complica tudo, mais ainda se meus pais estiverem vivos, mas como será depois? Se ganharmos ou perdemos? Bom se perdermos, morreremos todos, mas o que vem depois da vitória?
— Uma folha por seus pensamentos — Me assusto com a voz que eu já não ouvia a dias e dou um grito.
Todos me encaram, e miram a pessoa atrás de mim.
— TT — DW vai de encontro ao amigo, juntamente com TOR e CK.
— Estava aqui a quanto tempo? — Perguntou CK.
— Acabei de chegar — Se senta ao meu lado e fazemos um círculo — Vim do Oeste — Suspira.
— Sozinho? — Perguntei chocada
— Sim, até dois dias atrás estava com LN, mas ela desapareceu.
— Assim... do nada? — Torr pergunta.
— Sim, podem me dar um pouco da água? — TT está ofegante e ligeiramente exausto.
— E PM? — Perguntamos todos junto.
— PM... Se juntou ao governo
VOCÊ ESTÁ LENDO
Os Hackers
RomanceUm país, um governo, vários grupos Hackers . Mas apenas um governará, Plutanions. Uma cidade bastante populosa e rica, um local onde hackers são caçados e banidos... por enquanto. Era mais um dia normal na vida de Ricard Tectrix, um delegado d...