Capítulo 26

3.2K 344 150
                                    


Como assim? Me... Meus pais, vivos?

Jogo a carta ao meu lado e pisco várias vezes, balanço a cabeça involuntariamente e foco meu olhar agora em meus pés.

Não... ela pode estar mentindo! Ou... não.

Mas por qual motivo eles me abandonariam? Por qual motivos, deixariam a mim e a meu irmão a mercê da vida?

Pego a carta novamente e vejo que ao seu lado, há também outro papel, então o pego, abrindo rapidamente.

" Nos entregue seus amigos, e salve a si mesmo CK"

Mas que droga é isso?

CK não seria capaz! Ou seria? Na verdade, eu não sei de mais nada.

— Você leu — CK se pronuncia apoiado em uma arvore.

— Você deu para mim ler — Reviro os olhos e jogo o papel no chão. — Essa mulher é uma cobra, víbora.

— Seus país estão vivos...

— Como pode ter certeza, CK? — Bufei

— Eu não tenho — Se senta ao meu lado — Na verdade, me desculpa a franqueza, mas eu acho que ela só escreveu isso para fazer você ir atrás dela...

— E me entregar — Termino sua linha de raciocínio.

— Mas pode ser verdade também, ainda não sabemos! — CK se aproxima.

— Estou preocupada com meu irmão... — Suspiro — Ela disse que ele me mataria e...

— Fique calma — Ck segurou em minhas mãos, e só então percebi que a arranhava.

— Só estou com medo... — olhei para o céu, mas só haviam folhas e galhos — Vai nos entregar? — Minha pergunta saiu, sem que eu tivesse tempo para filtra-la.

— Acha mesmo? Acha que eu seria capaz de trair vocês? — CK parece ofendido.

— Já temos um traidor entre nós...

— Poxa vida — CK fala frustrado — Quem quer que seja, nunca fiz nada para qualquer um deles...

— Talvez tenha feito e não notou... — Digo ainda olhando para cima.

— Eu...

— Você é bruto, arrogante e egoísta.

— Obrigado pela parte que me toca — Desdenha.

— Por acaso estou mentindo? — O encarei de lado.

— Está...

— CK, seja sincero consigo mesmo — DW fala chegando de mãos dadas com TOR, o que já era costumeiro. TOR ri e eu a acompanho.

— Mas agora precisamos de um plano para escapar das bombas... —Tor começa

— Então já chegamos ou leste? — Perguntei alegre.

— Sim... — Se virou para nossa direita — Está vendo essas colunas — Aponta em direção as enormes colunas de pedra.

— Sim...

— Estão perfeitamente calculadas, para nos matar — Diz encarando a coluna.

— Como assim? — Perguntei confusa.

— Lembra que comentei que esse campus, foram programados para que ninguém entrasse, ou saísse sem permissão? — Assenti — esse Campus é um desses

— Aquele que tínhamos um plano para desativar as bombas? — Perguntei entrando no raciocínio.

— Sim — Agora DW fala — Caso uma bomba exploda, as colunas próximas caem, e se pelas minhas pesquisas, elas sempre caem e em X — DW comenta pensativo,

— E esse campus também é programado a sensor — Agora CK é quem fala — ele pode estar em qualquer lugar no chão, se pisarmos, puft — encena algo trágico nas mãos

— Como saberemos então? — Pergunto apreensiva.

— Simples — TOR me encara — Não saberemos.

Já era noite, e estávamos todos na retaguarda, ou melhor só DW e CK, Tor estava trocando meus curativos, que já estavam manchados de sangue.

— Não conseguirei acompanha vocês — Digo frustrada eu já estava com esse pensamento a tarde toda, esse plano e. demais para mim, por mais simples que seja.

— Não sairemos daqui, sem você estar recuperada cem por cento — Ela diz sorrindo.

— Mas só temos sete dias para chegar ao leste — Suspiro frustrada.

— Você se recuperará bem — Termina o curativo.

— Tomara — Resmungo.

Mas e agora, e depois que chegarmos ao nosso destino? Como será?

Enfrentar o governo parece algo impossível para mim, mas CK diz que tem um plano infalível, a qual eu não estou incluída, a questão de meu irmão estar com o governo complica tudo, mais ainda se meus pais estiverem vivos, mas como será depois? Se ganharmos ou perdemos? Bom se perdermos, morreremos todos, mas o que vem depois da vitória?

— Uma folha por seus pensamentos — Me assusto com a voz que eu já não ouvia a dias e dou um grito.

Todos me encaram, e miram a pessoa atrás de mim.

— TT — DW vai de encontro ao amigo, juntamente com TOR e CK.

— Estava aqui a quanto tempo? — Perguntou CK.

— Acabei de chegar — Se senta ao meu lado e fazemos um círculo — Vim do Oeste — Suspira.

— Sozinho? — Perguntei chocada

— Sim, até dois dias atrás estava com LN, mas ela desapareceu.

— Assim... do nada? — Torr pergunta.

— Sim, podem me dar um pouco da água? — TT está ofegante e ligeiramente exausto.

— E PM? — Perguntamos todos junto.

— PM... Se juntou ao governo

Os HackersOnde histórias criam vida. Descubra agora