Capítulo 16

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EMMA

Ouço um barulho de chuva e abro os olhos.

— Droga! — Levanto-me e começo a me vestir. — Meu Deus! Como pude fazer isso?

No primeiro dia? Jura, Emma? E todo aquele ódio que você sentia por ele, Emma? E a vingança? E o seu plano de fazer a vida dele um inferno enquanto estiver casado com você? Na cama em que pretende fazê-lo sofrer? Porque ele não parecia estar sofrendo, Emma, e nem você.

Na verdade, eu adorei ser chupada pela primeira vez.

— Cala a boca, pensamento! Que droga! — Vou até a porta de saída.

— Emma! — Ouço Ethan quando estou prestes a abri-la.

— O que foi? — Não encaro aqueles olhos idiotas dele.

Espera! Ele está só de toalha? Mas que folgado.

— Não podemos sair hoje.

Arg!

— Sério? Ainda são 8 horas da noite. Eu vou enlouquecer se não sair daqui. Eu durmo tarde.

Está me incomodando muito o fato de ele se sentir tão à vontade perto de mim com essa toalha.

— Espera um pouco mais. Quando vierem nos pedir para jantar, eu mando servirem no quarto. E depois que todo mundo for dormir, a gente sai um pouco. Pode ser? — Ele está caminhando ao meu encontro e eu não pretendo deixá-lo me tocar novamente.

— Ok. Fazer o que, né? — Desvio-me dele e me sento na cama.

Estou me sentindo muito envergonhada.

Ele dá alguns passos até mim e para.

— Emma, acho que o que acabou de acontecer nos obriga a darmos uma trégua. Você topa?

Esse cara não existe. Trégua do quê? Só se ele estiver a fim de fazer trégua sozinho, porque não me lembro de ter feito nada de ruim para ele.

— Emma? — Ele espera mesmo que eu responda?

— Ethan... O que, exatamente, acabamos de fazer? — Encaro-o com os braços cruzados.

— Fizemos amor, ora. — Ele anda até mim novamente e eu rio.

— Nossa! Como você é meigo e romântico, Ethan. Fizemos sexo! A gente se odeia. Como poderia ter sido amor?

Os olhos dele se contraem. Ele está em minha frente, agachado, com as mãos nos meus joelhos.

— Para mim, sexo não é assim, Emma. Sexo é algo esperado, combinado e interesseiro. O que houve aqui, eu não estava esperando nada, a gente não tinha combinado e eu não estava interessado. Nós não tínhamos a intenção, mas aconteceu, e da melhor forma possível. Não adianta você negar isso.

— Você é de outro mundo, sabia? — Estou perplexa e confusa ao mesmo tempo. — Você foi bem erótico. Não vi muito romantismo.

Como ele consegue fazer isso? Transformar-se assim, da água para o vinho?

Espera! E se a toalha dele cair, tipo, neste momento?

— Temos duas opções, Emma: prosseguimos com este casamento como cão e gato por uns seis meses ou prosseguimos como duas pessoas normais vivendo juntas. — Ele se levanta e passa as mãos no cabelo.

Por que na empresa ele não era assim? Era lá que deveria ter negociado a paz.

E como pode essa toalha não cair? Ele deve tê-la prendido muito bem.

A ARMADILHA DO CEO - De repente, casadaOnde histórias criam vida. Descubra agora