Capítulo 12

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EMMA

Não, não é um absurdo. Isso era algo que ele faria.

Ethan, Ethan... O que fazer com você?

Não me sobraram muitas opções de como me safar dessa. Claro, só o divórcio.

A menos que...

A menos que eu ficasse viúva de repente. Ops!

bom, vou parar com essa história de viuvez. Isso está fora de cogitação. Eu só estava me divertindo um pouco com essa possibilidade. Não que eu o mataria, mas vontade é o que não me falta.

Hoje de manhã pensei que ele estivesse louco, porém agora, às 3 horas da tarde, percebo que ele apenas fez o que está acostumado: humilhar-me e mostrar que é ele quem manda, que é o todo-soberano e deve ser obedecido.

Eu não deixarei dessa vez, Ethan.

— Você cairá na própria armadilha, eu juro pra você. — Levanto-me da cama num pulo ao dizer essas palavras, ansiosa para fazê-lo pagar, como um dia já prometi que faria.

***

ETHAN

— Tem certeza de que é por isso que você vai para o quarto de cima, Ethan? — Cass me interroga com um olhar desconfiado. — Não tem nada a ver com aquele passeio que a sua esposa deu mais cedo, né?

— Cassandra Joaquina de Jesus! — Abraço-a e a beijo no rosto. — Fique tranquila. Emma e eu sempre fazemos isso. Gostamos de pregar peças um no outro. Com o tempo, você se acostuma. — Pisco para ela e tento me desvencilhar dela.

— Joaquina de Jesus? — Dá uns tapas no meu braço. — Me chama assim mais uma vez, e eu salgo a sua comida com três pacotes de sal grosso.

Eu gargalho e ela se faz de ofendida, correndo escada acima.

Cassandra é a minha segunda mãe, minha babá da infância, e parece não perceber que já cresci.

Já se passaram algumas horas e Emma ainda está naquele quarto. Vou lá ver se ela se acalmou e se já aceitou a realidade.

Ando em passos lentos até o quarto que hoje mesmo vamos abandonar. Tenho um pouco de receio de que ela diga aquelas palavras de novo.

"Você é um louco! Doente! Tem que fazer um exame nessa sua cabeça!"

De alguma forma, isso me deixou incomodado, com receio. Não sei exatamente do quê.

Entro no cômodo, e assim que encontro Emma, meus olhos se arregalam.

— Você não tem o costume de bater na porta antes de invadir a privacidade das pessoas?

Não tenho muito o que responder, pois minha mente está ocupada analisando as imagens que vejo, e meu corpo reage a essa visão de maneira indecente.

— Não é como se tivesse aí alguma coisa que eu não soubesse que você tinha, Emma — digo, indiferente.

Aliás, eu não vejo nada mais que as suas costas nuas. Seu cabelo está preso com uma presilha e ela está de frente para a cômoda. Ela estava, visivelmente, procurando algo, que eu presumo que era uma camiseta, pois acabou de vesti-la.

Agora, deixa eu me explicar. As costas dela são diferentes: suaves, lisas e com curvas que exigem atenção. Por isso estou até agora olhando para ela com cara de tacho. E ela parece não se incomodar.

É excitante saber que Emma está sem sutiã.

— Você tem razão, Ethan. Afinal de contas, já é um homem, sabe o que existe embaixo das roupas de uma mulher. — Olha-me de cima a baixo, demorando mais em meu corpo, e morde os lábios.

A ARMADILHA DO CEO - De repente, casadaOnde histórias criam vida. Descubra agora