Capítulo 35

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EMMA

Caminho em passos apressados, sendo seguida por Celeste. Chegando até Rômulo e Pérola, eu os encontro quase entrando no tapa.

— Já falei que ela não é minha namorada. Que fique claro — Rômulo afirma, meio bravo, meio nervoso.

Ele está usando uma regata branca, uma calça jeans preta, um colar dourado e um par de botinas.

— Se é ou não, o problema é seu, Rômulo, apenas não abandone a sua família por causa da primeira que aparecer em sua frente. — Pérola olha para a moça, que está perplexa. — Nada pessoal, até porque nem te conheço.

— Você está certa. Se nem me conhece, então por que me tratar assim? Estou indignada. — A mulher encara Rômulo, muito confusa.

Ela está usando um macacão curto vermelho, um par de sandálias azuis e o cabelo solto.

— Ah! Ela está indignada! Pois eu também estou! E não precisa me retornar, Rômulo. Agora sei que você está muito bem. Palmas pra você! Parabéns! — Pérola bate palmas e todos nós a olhamos meio sem graça, exceto seu irmão, que ainda está bufando, de bravo.

— Oi, Rômulo. Quer falar comigo? — pergunto, meio desconcertada.

Com a cara que ele está fazendo, tenho medo de levar uma patada. Ele me encara, porém assim que repara em Celeste, que está atrás de mim, sua expressão relaxa do nada. Ainda demora alguns segundos para a cumprimentar.

— Oi, Celeste. Fico feliz de te ver aqui. — Sorri de canto.

Gente, ele não estava bravo?

Celeste apenas sorri para ele em resposta.

— Rômulo? — chamo sua atenção. Não era um assunto sério? — Quer se sentar e me dizer sobre o que veio falar?

— Sente-se, Paty. Vamos dizer tudo que viemos dizer aqui. — Agora sei que a moça se chama Paty.

— Não direi nada com essas duas por perto. O trato não era esse. — Aponta para Pérola e Celeste.

— Algum problema com as melhores amigas da Emma? — Pérola pergunta.

— Pérola, venha. — Celeste estende a mão para ela.

— Só sairei se a Emma pedir. — Ela me olha.

— Elas ficam, Paty. De qualquer modo, as duas saberão, e essa é a forma mais rápida de tudo se resolver — Rômulo diz e Paty aceita.

A única coisa que eu e Rômulo temos em comum é o Ethan. Então, isso se refere a alguma coisa sobre ele.

— Paty, tem algo a me dizer? — pergunto para encorajá-la e acabar logo com esse circo.

Ela primeiro olha torto para a Pérola e mais torto ainda para a Celeste.

— Com todo o prazer, eu lhe direi cada detalhe. — Sorri, simpática.

— Então diga, Paty — Rômulo pede.

— Eu me chamo Patrícia Pires e sou modelo. Sou nova ainda, mas já participei de algumas campanhas importantes — fala diretamente comigo.

— Tem mais alguma vantagem para dizer sobre você ou vai logo ao assunto? — Por que a Pérola implicou tanto com a moça?

— Pérola! O assunto é sério — Rômulo diz, impaciente, e Paty revira os olhos.

— Posso continuar, então? Obrigada. Uma amiga minha, que também é uma modelo muito conhecida e tem muita influência sobre várias agências importantes por todo o país e mundo, vive me fazendo favores; e o último que ela me fez, não saiu de graça. Ela me indicou em uma super agência e eu fui convocada para o mês que vem. Fiquei muito feliz, é claro. Mas como eu disse, isso não saiu de graça: eu deveria lhe fazer um favor. — Pausa.

A ARMADILHA DO CEO - De repente, casadaOnde histórias criam vida. Descubra agora