Capítulo 30

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ETHAN

Estamos no escritório. Tenho muitas coisas para resolver ainda sobre a semana que vem, mas Emma me olha torto sempre que atendo o telefone ou me levanto. Acho que está assim por causa de ontem.

— Vou buscar um café para você, Ethan. Está muito tenso. — Ela vem em minha direção.

— Por favor, minha linda, me chame de amor quando não estiver ninguém aqui perto. — Recebo-a em meus braços.

— Amor, vou buscar café para você. Melhor assim?

Sorrio, satisfeito.

— Muito melhor! — Beijo-a. Uma das melhores coisas para fazermos aqui, no escritório.

Com ela junto de mim, eu me esqueço da minha mãe desnaturada e da minha ex maluca, que querem acabar com minha vida. Como eu amo essa mulher. E esse sentimento me faz tão bem.

O telefone toca.

— Só um minuto, amor. — Ela sai de perto de mim. — Pois não? — atende a ligação e fica por alguns minutos em silêncio, com a testa enrugada. — Era engano — fala rapidamente. — Vou buscar o seu café. — Sai apressada.

Não que eu goste de ficar sozinho, mas foi bom ela ter saído, pois tenho que ligar para o Rômulo e para o meu pai. E os assuntos que pretendo falar com eles, Emma não pode ouvir.

— Fala — Rômulo atende.

— E aí? Conseguiu alguma coisa com a tal da Paty ontem? — questiono, apressado.

— Sim. Vou sair com ela hoje de novo. Acho que ela se amarrou no papai aqui — fala todo animado.

— Depois te explico em que palhaçada ela está envolvida — digo entre dentes.

— E vou querer saber mesmo. Estou me sentindo corrupto fazendo isso com ela — resmunga.

— Tchau. Até mais.

— Até. — Desliga.

Só espero que ele não se amarre na dela também.

— Alô, filho — meu pai me atende.

— E aí, pai? Está tudo certo? — Acho que perguntei isso pela milésima vez nesta semana.

— Sim. E aí? Está tudo bem? Emma ligou para mim ontem, preocupada. Eu tentei te ligar, mas estava fora de área.

— Nem te conto o que aprontaram para mim ontem. Deixa essa história para outra hora. Quando vai pegar o avião? — Estou animado.

— No domingo estarei aí. Mas Emma não vai saber disso. — Ele está igualmente animado.

— Eu sei do plano, pai, fui eu que o inventei.

— Ok, então. Estamos combinados pela vigésima vez nesta semana. Pensa que estou caduco? Eu não me esqueço das coisas assim, garoto, ainda mais quando se trata de fazer a minha princesa feliz.

— Ok. Entendi, pai — respondo, envergonhado.

Nós nos despedimos, pois Emma pode entrar no escritório a qualquer momento.

Eu não era acostumado a conversar tanto com ele igual converso agora, depois que me casei com Emma. Até nessa parte, a minha vida melhorou. Não vivo mais oprimido e bravo por qualquer coisa.

Passam-se alguns minutos e eu noto que minha esposa está demorando demais para trazer o café que foi buscar. Deve estar resolvendo algum problema pelos corredores.

Mais alguns minutos se passam e o telefone toca. É o proprietário do restaurante Tapuer. Finalmente, ele vai aceitar minha proposta. Ficarei muito feliz, e aposto que Emma também. Ela adora aquele restaurante.

A ARMADILHA DO CEO - De repente, casadaOnde histórias criam vida. Descubra agora