A ARMADILHA DO CEO - De repente, casada

Capítulo 29

ETHAN

Estou ainda no local onde estava vendo as flores. Cadê o Rômulo?

Não me sinto muito bem. Alguma coisa está acontecendo comigo. Foi o café amargo, tenho certeza.

— Está tudo bem, Ethan? — Eu reconheço essa voz melosa. Faz muito tempo, mas estou me lembrando. — Está tudo bem, querido?

— Emily? — Fico surpreso e assustado.

Ela me encara por alguns minutos, em silêncio, e eu faço o mesmo. Então, percebo que é a minha Emma, meu amor. Ela está tão linda. Sinto vontade de abraçá-la, porém meu corpo está muito pesado.

— O que está fazendo aqui? Cadê o Rômulo? — pergunto com a voz mais lenta que o normal.

— Vem comigo. Vou te levar até o seu amigo. — Ela me puxa pelas mãos e eu a sigo, cambaleando um pouco.

— Eu não extou muuuuuuito bem, não, Emma — reclamo.

— Calma, amorzinho. Vai ficar tudo bem.

Entramos em um carro.

— Cadê o meeeu amiiigo, Emma? — Para onde Emma está me levando? Não importa, vou para qualquer lugar com ela. — Eu thi amo muuuito, Emma. Vou faxer uma surprexa pra voxê samana queeeeeee vem. Aí voxê vai entender o pooorquê de eu ter te deixado muuito soxinha nessa semanaa.

— É. A Emma terá uma bela surpresa mesmo.

Por que ela mudou de rosto? Se eu não me engano, vi a Emily.

Ai, que vontade de chupar um sorvete de uva.

Nós entramos em um hotel e Emma me apoia para que eu possa ir para o nosso quarto. Sento-me na cama e tento puxá-la para junto de mim.

— Venha aaaaaaqui, amor. Paaara que estamos aqui? — Sorrio. Sei por que estamos aqui. — Para de tirar foooto.

Então, tudo vai ficando escuro.

***

Sinto cabelos em cima de mim e sorrio ao me lembrar de que estou casado com Emma.

Espera aí! Eu ainda não fui dormir hoje. Levanto-me em um pulo ao perceber que os cabelos são loiros e enrolados.

— Que droga é essa?! — Fico espantado ao notar que estou sem camisa. — Ei, você aí. — Balanço com força a mulher deitada na cama apenas com roupas íntimas.

— Ai! O que foi, querido?

Mas, o quê?

— Emily? O que está fazendo aqui? O que eu estou fazendo aqui? Você não estava na França?

Que merda eu fiz? Não posso ter feito nada, por favor.

— Eu estava, mas aí minha querida e futura sogrita me pediu um favorzinho e eu vim correndo, querido. — Ela sorri, tentando me seduzir, mas, para mim, está parecida com uma palhaça.

— Eu conheço você, Emily. Isso aqui não é nada do que está parecendo. Não vá tentar me fazer de trouxa, dizendo que engravidou de mim, quando sei que nem ao menos toquei em você — rosno, vestindo minha camisa.

— Não quer tomar um banho? Sua irmã pode sentir o meu delicioso perfume — debocha.

Pulo em cima da cama e aperto o pescoço dela tão forte, que ela se apavora. Então afrouxo o aperto, pois quero a sua atenção na minha voz.

— Se você sequer pensar em inventar para a Emma que aconteceu alguma coisa aqui, eu juro que te mato, sua vadia! Será que nunca vai me deixar em paz? Entenda que não quero nada com você! Acabou há muito tempo, sua louca! — Jogo-a na cama.