Capítulo 26

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EMMA

Já faz três meses que estamos morando na nossa casa, aquela que Paul me deu. Trabalhamos normalmente, na mesma sala. Ethan diz, brincando, que a outra sala está em reforma. Eu só tenho a agradecer ao Paul por ter inventado essa desculpa. Às vezes Kate e a amiga dela me olham torto, e eu sorrio, sem jeito.

Tentei falar com o Sérgio, mas pelo que soube, ele foi embora da cidade e não atende as minhas ligações.

— Não vou mais me preocupar em comprar ternos. — Ethan sorri, admirado, ao se olhar no espelho vestido com um terno que eu confeccionei para ele usando a máquina de costura que ele me deu de presente ainda no Império das Fadas.

— Eu lhe disse que tenho talento. — Sorrio, orgulhosa.

O terno lhe caiu muito bem e ficou divino.

— Por que não cria a sua marca? — Ethan me surpreendeu com essa pergunta.

— Porque é apenas um hobby, Ethan. Eu sou uma mulher de escritório.

— Você que sabe, meu amor, mas agora que conheço os seus talentos, quero usar apenas as roupas feitas por você — ele diz, sério. — Meu maior orgulho será usá-las.

— Mas aí quer me matar de tanto costurar, já que dificilmente repete suas roupas.

Ele sorri de canto.

— Então comece a contar, porque este terno irei usar muitas vezes. — Dá um beijo em mim. — Você quer que eu repita muitas roupas, amor?

— Não. Eu faço mais uns quatro, mas não garanto que serei rápida — respondo, vencida. — E não tente me enganar. Não sou tão boa assim. — Reviro os olhos, sorrindo.

Ethan e Paul têm muito em comum, percebo agora, começando pela mania de me bajularem.

***

ETHAN

— Pai, posso contar com isso, então? — Quero ouvi-lo confirmar mais uma vez.

— E você acha que eu perderia isso? Ethan, eu lhe garanto que isso fará mais feliz a mim do que a ela — ele responde, eufórico.

— Ok, pai. Até breve, então. E a Emma está brava por não ter conseguido falar contigo ontem. Tente ligar para ela hoje, sem falta. — Com isso, despeço-me dele.

Eu mandei Emma para uma reunião que nem é tão importante, apenas para eu poder resolver os detalhes da surpresa que tenho para ela.

Estou esfregando uma mão na outra, quando ouço batidas na porta.

— Entre — peço, animado.

Seja quem for, pegou-me em uma hora boa.

Não acredito! É isso mesmo que estou vendo?

— Oi, Ethan — minha mãe me cumprimenta, animada.

— O que é isso? — Estou encarando a mais linda e sedutora das mulheres ao lado dela. — O que estão fazendo juntas?

— Como assim, Ethan? Sua mulher não pode ser amiga da sogra dela? — minha mãe indaga, ofendida.

— Ethan, calma. Ok? Acabei de me encontrar com a sua mãe lá embaixo. Ela estava vindo falar com você — Emma explica, sorrindo.

— E a reunião? — pergunto, confuso.

— Aquela na qual eu não seria útil? Ah, faltei. Não precisa se encontrar com sua mãe escondido de mim, Ethan. Hoje mesmo ela irá jantar conosco. — Dá um sorriso.

— Ouviu, Ethan? Irei jantar com vocês hoje.

Encaro as duas, muito sério.

— Mas vocês acabaram de se ver. Como assim ela vai jantar conosco hoje? — questiono minha esposa, que me olha, confusa.

A ARMADILHA DO CEO - De repente, casadaOnde histórias criam vida. Descubra agora