Capítulo 31

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RÔMULO

— Ela está percebendo alguma coisa. — Estou com o Ethan na melhor floricultura da cidade. Ele pediu a minha ajuda para organizar uma surpresa para a sua esposa. — Emma me olha meio esquisito às vezes e parece desconfiar de mim. Odeio estar mentindo para ela.

Ele mudou muito depois que se apaixonou, tanto que ficou meio lesado.

— Se quer fazer uma surpresa, vai ter que mentir por mais um tempinho. Ela se esquecerá de qualquer desconfiança quando se deparar com a cena — comento o óbvio.

— Falou aí o professor de paixão — zomba de mim.

Sorrio, sem jeito, pois neste mesmo instante uma moça loira, de cabelo liso e comprido, alta e de vestido preto curto chega ao nosso lado me olhando.

— Oi — cumprimento-a para demonstrar que não fiquei envergonhado, pois Ethan fez uma cara de quem estava se divertindo às minhas custas.

— Oi — a moça responde, sorridente.

Muito linda ela. Ficamos nos encarando por alguns segundos.

— Aceitam um café? Cortesia da casa. — Uma senhora entrega uma xícara para mim e outra para Ethan.

— Obrigado — ele agradece.

Já a minha atenção está na loira, que me encara descaradamente. E eu sustento o olhar.

— Essas tulipas estão lindas. Não concorda, Rômulo? — Ethan me tira do transe.

Não sei se me sinto confortável de ficar escolhendo flores, mas o que não faço por um amigo?

— Eu concordo, Ethan, mas tenho certeza de que a opinião de uma bela mulher seria de mais utilidade. O que acha dessas tulipas, moça? — Encaro-a.

Ela está a fim de mim. Fiz apenas um favor ao puxar assunto.

A moça se aproxima mais um pouco de nós e, então, admira-se observando as tulipas.

— São maravilhosas. A mulher que as ganhar vai se sentir uma rainha. — Sorri para o Ethan e para mim.

— Aposto que uma mulher tão bela quanto você já ganhou muitas flores. — Sorrio de canto.

— Muito obrigada, moço. Eu me chamo Patrícia, mas rapazes bonitos como vocês, eu prefiro que me chamem de Paty. — Sorri especialmente para mim.

— Vou deixar que o meu companheiro te chame de Paty. Minha esposa deve estar preocupada, não fazendo ideia de que estou planejando o nosso casamento antes da data combinada. — Ethan sorri, educado.

— Fico feliz em saber que é casado. Assim, não vai se chatear quando eu disser que gostei do seu amigo. — Ela me olha, seduzindo-me.

Eu sorrio, meio desconcertado. Ela está me dando o maior mole.

Ethan me puxa para um canto.

— Faça um favor para a liga masculina e saia com essa gata. — Tendo dito isso, ele vai para a outra ala zombando.

Eu vou para casa com a Paty e nos damos muito bem.

À noite, quando estamos descansando, Ethan liga para mim.

— Alô. Ethan? — atendo-o, sonolento.

— Está dormindo? — Paty acorda e beija o meu peito. Eu rolo para cima dela e a beijo no pescoço, fazendo-a rir. — Está com uma mulher? — Ethan está estressado. Eu tinha me esquecido de que ele estava ao telefone.

— Sim. Por quê? Algum problema? — pergunto assim que percebo seu tom de voz.

— Por que me deixou sozinho hoje mais cedo? Onde você se meteu?

A ARMADILHA DO CEO - De repente, casadaOnde histórias criam vida. Descubra agora