Ainda são 16:30 da tarde e tenho que buscar meu irmão no consultório da capital já que seu carro está na oficina. Subo para o meu quarto e tomo banho, como está calor optei pelo short e uma blusa xadrez. Pego minha bolsa e a chave do carro e passo na conzinha para ver Divina.

- Vai sair Alana? - ela pergunta enquanto meche algo na panela.
Divina é contratada para cuidar das terefas domésticas da nossa casa. Nossa relação com ela vai mais de patrão e funcionário, Divina se tornou uma mãe para nós já que trabalha mais de dez anos em nossa casa e também é madrinha do meu irmão.
empregada, mas não a tratamos com esse nome, ela está trabalhando a mais de 10 anos aqui e é considerada da família e também é madrinha do meu irmão.
- Vou buscar Davi, o carro dele está na revisão. - me aproximo e beijo seu rosto.
- Tudo bem querida, tome cuidado nessas estradas. - ela aconselha sem tirar o foco do que fazia.
- Pode deixar não se preucupe. - tento roubar um pouco da calda de chocolate com uma colher mas ela bate em minha mão e me manda sair da cozinha.
Da fazenda até a capital é 40 minutos de carro com a velocidade máxima permitida. Vou esse trajeto todo escutando as músicas sertanejas e MPB.
Chego na clínica e estaciono o carro.- Oi mano. - entro em seu consultório e beijo sua testa já que ele está concentrado em alguns exames.
- Oi Lana, só vou terminar de carimbar esses papeis e já vamos. - ele diz sem me olhar.
- Davi?- o chamo enquanto me sento em sua frente.
- Hum... - responde vago sem me dar atenção.
- Acho que vamos conhecer nosso querido sócio em uma semana. - digo olhando minhas unhas com um sorriso convencido estampado em meu rosto.
- O que você aprontou Alana? - pergunta me olhando dessa vez já sabendo que não sou fácil.
- Nada uai, só achei melhor impor regras nessa sociedade estranha que fizemos. - ajo com naturalidade ao dizer e meu irmão nega com um sorrindo de meu ato.
- Você ainda demorou em se segurar para isso. - ele ri e volta a dar atenção aos seus papéis.
Inquieta por ficar parada começo a organizar a bagunça de livros de uma estante e ajeito alguns certificados e alvarás que estavam tortos na parede. Pego água na pia do banheiro para regar a pequena planta que estava seca e sem folhas.
- Você não está cuidando da planta ela está quase morrendo. - falo brava, Davi larga a caneta e suspira.
- Alana só senta nessa cadeira e fica parada por cinco minutos ok? Só isso que te pesso e a planta só está trocando a folhagem. - ele diz impaciente mas logo ri de mim e me taca uma bolinha de papel.
Tento ficar esses minutos calada mas não havia nada de interessante para ver nas redes sociais.
- Já escolheu algo para Dani de aniversário? - não consigo me conter e eoe nega com a cabeça fechando os olhos e respirando fundo tentando ter paciência.
- Ok Alana, vamos embora termino isso amanhã. - ele se levanta e tira o jaleco e o joga no ombro - Vamos logo baixinha tagarela. - me abraça pelo ombro e bagunça meus cabelos.
- Não sou baixinha. - resmungo emburrada.
- Não, só desprovida de altura mesmo. - revira seus lindos olhos verdes.
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Cartas Para Alana
FanfictionNão bastava ser uma veterinária renomada mesmo sendo jovem, eu precisava de um admirador secreto que me mandava cartas anônimas. Não precisei muito para descobrir, na verdade ele mesmo veio até mim. E como numa típica história de romance tudo mudou...