Capítulo 3 - Peguetes?

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  Ainda são 16:30 da tarde e tenho que buscar meu irmão no consultório da capital já que seu carro está na oficina. Subo para o meu quarto e tomo banho, como está calor optei pelo short e uma blusa xadrez. Pego minha bolsa e a chave do carro e passo na conzinha para ver Divina.

- Vai sair Alana? - ela pergunta enquanto meche algo na panela.

  Divina é contratada para cuidar das terefas domésticas da nossa casa. Nossa relação com ela vai mais de patrão e funcionário, Divina se tornou uma mãe para nós já que trabalha mais de dez anos em nossa casa e também é madrinha do meu irmão.

empregada, mas não a tratamos com esse nome, ela está trabalhando a mais de 10 anos aqui e é considerada da família e também é madrinha do meu irmão.

- Vou buscar Davi, o carro dele está na revisão. - me aproximo e beijo seu rosto.

- Tudo bem querida, tome cuidado nessas estradas. - ela aconselha sem tirar o foco do que fazia.

- Pode deixar não se preucupe. - tento roubar um pouco da calda de chocolate com uma colher mas ela bate em minha mão e me manda sair da cozinha.

    Da fazenda até a capital é 40 minutos de carro com a velocidade máxima permitida. Vou esse trajeto todo escutando as músicas sertanejas e MPB.
   Chego na clínica e estaciono o carro.

- Oi mano. - entro em seu consultório e beijo sua testa já que ele está concentrado em alguns exames.

- Oi Lana, só vou terminar de carimbar esses papeis e já vamos. - ele diz sem me olhar.

- Davi?- o chamo enquanto me sento em sua frente.

- Hum... - responde vago sem me dar atenção.

- Acho que vamos conhecer nosso querido sócio em uma semana. - digo olhando minhas unhas com um sorriso convencido estampado em meu rosto.

- O que você aprontou Alana? - pergunta me olhando dessa vez já sabendo que não sou fácil.

- Nada uai, só achei melhor impor regras nessa sociedade estranha que fizemos. - ajo com naturalidade ao dizer e meu irmão nega com um sorrindo de meu ato.

- Você ainda demorou em se segurar para isso. - ele ri e volta a dar atenção aos seus papéis.

  Inquieta por ficar parada começo a organizar a bagunça de livros de uma estante e ajeito alguns certificados e alvarás que estavam tortos na parede. Pego água na pia do banheiro para regar a pequena planta que estava seca e sem folhas.

- Você não está cuidando da planta ela está quase morrendo. - falo brava, Davi larga a caneta e suspira.

- Alana só senta nessa cadeira e fica parada por cinco minutos ok? Só isso que te pesso e a planta só está trocando a folhagem. - ele diz impaciente mas logo ri de mim e me taca uma bolinha de papel.

  Tento ficar esses minutos calada mas não havia nada de interessante para ver nas redes sociais.

- Já escolheu algo para Dani de aniversário? - não consigo me conter e eoe nega com a cabeça fechando os olhos e respirando fundo tentando ter paciência.

- Ok Alana, vamos embora termino isso amanhã. - ele se levanta e tira o jaleco e o joga no ombro - Vamos logo baixinha tagarela. -  me abraça pelo ombro e bagunça meus cabelos.

- Não sou baixinha. - resmungo emburrada.

- Não, só desprovida de altura mesmo. - revira seus lindos olhos verdes.

Cartas Para AlanaOnde histórias criam vida. Descubra agora