Capítulo 24 - Segundo andar, quarto 113

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        Alguns meses depois

  Algumas coisas mudam com o passar do tempo menos, é claro, a antipatia que dona Mari, minha sogra, tinha por mim. Dona Mari ainda continua com a cisma comigo e o coitado do Luan fica dividido entre mim e ela, mas sempre o aconselhei que mãe só temos uma e ele não deveria ficar bravo com ela, afinal, isso é uma proteção do jeito dela, não... uma super proteção.

- Ei, você precisa levar o último pagamento ao Luan. - Thiago me lembra enquanto estamos refazendo algumas planilhas de gastos no meu escritório.

- Nem acredito que focamos livre disso, enfim a fazenda e apenas da família de novo. - relaxo meus ombros e deixo o notebook de lado.

- Tem tanta coisa nesse final de ano, começando pela minha formatura, vocês já alugaram suas roupas não é? - Dani diz contente enquanto verifica um lote de vacinas.

- É claro meu amor. - Thiago força uma empolgação, é claro que ele esqueceu de fazer isso.

   Até que enfim Deus ouviu minhas orações e esses dois estão juntos, outro casal que está super fofo é Davi e Bruna.

- Vou me arrumar, já terminei aqui. Vocês dois nada de pegação no meu escritório por favor. - aviso olhando seriamente para eles e os dois ficam corados.

  Mandei mensagem para Luan perguntando se estaria em casa e tive a triste notícia que sua volta para casa teve de ser adiada para mais dois dias. Bruna estaria lá então resolvi ir e deixar com ela para aproveitar e por os papos em dias. Tomei um banho relaxante para ter forças se caso minha sogra fosse quem abrisse a porta.

- É Alana, vai lá e enfrente sua sogra. - falo a mim mesma no espelho.

  Termino de me arrumar pego minha bolsa e as chaves.

   A coroação será nesse final de semana e des que falei sobre isso a Bruna ela me fez inscrever  mais em troca coloquei o nome dela também mas não coloquei meu nome na competição de tambores

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   A coroação será nesse final de semana e des que falei sobre isso a Bruna ela me fez inscrever  mais em troca coloquei o nome dela também mas não coloquei meu nome na competição de tambores.
    Quando cheguei na manção ninguém atendeu a campainha, achando estranho isso, pois Luan me confirmou que tinha gente em casa, empurro a porta e ela está destrancada.

- Estranho. - murmuro empurrando mais a porta- Oi, tem alguém aqui?- ninguém me responde - Dona Mari? Bruna? - tomo coragem e entro de vez - Aí Meu Deus!- corro até minha sogra que está no chão - Dona Mari fala comigo. - balanço seu rosto mas ela continua desacordada.

- O que tá acontecendo?- escuto a voz de minha cunhada atrás de mim.- Mãe! - ela corre até onde estou.- O que aconteceu?

- Não sei, acabei de chegar e a encontrei aqui. - digo desesperada enquanto checo a pulsação, ela estava viva.

   Muito fraca ela murmura algo e abre os olhos.

- Mãe, o que aconteceu? - Bruna pergunta ajudando ela a se sentar.

- Eu não lembro, só me senti fraca e apaguei. - ela diz vagamente.

- Me ajuda a por ela de pé, precisamos ir a um hospital agora. - digo pondo o braço dela apoiado em meu ombro e Bruna faz o mesmo.

   Pedi a Bruna que fosse com ela no banco de trás para acalma-la mesmo que quem estava mais em pânico era a própria Bruna. Diriji para o hospital que Bruna disse que deveria ir e quando chegamos os enfermeiros foram eficazes em nos atender.

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   Enquanto Bruna assinava alguns papéis dizendo ser a parente responsável pela mãe no balcão do atendimento encarei a recepcionista que lixava as unhas.

- Podemos ver ela agora? - peço e recebo um olhar de desprezo em troca.

- Segundo andar, quarto 113. - ela diz olhando na fixa e volta a dar atenção as suas unhas.

- Obrigado. - agradeço pelo excelente atendimento e me viro para Bruna - Temos que ligar para seu pai e para Luan. - lembro-a.

- Apenas meu pai, não precisamos incomodar o Luan com isso agora. Mamãe explica tudo a ele quando chegar de viagem. - ela diz deixando a prancheta na frente da mulher.
  
  Quando entramos no quarto em que ela estava encontramos uma emfermeira lhe dando alguns remédios e ela nos deu privacidade assim que terminou seu trabalho.
    
- Ei mãe, que susto que você nos deu em. - acaricia o rosto dela.

- Alana. - Dona Mari diz mas não consigo identificar no seu tom de voz se ela quer me agradecer ou me jogar do segundo andar.

- Eu vou embora. - declaro achando que é a melhor opção para mim.

- Nada disso! Graças a minha cunhada que você está aqui nesse hospital. - Bruna impede que eu saia me segurando pelo braço me levando até mais perto da cama.

- Obrigado minha nora. - ela agradece com sinceridade e sorri envergonhada mas contente.

- De nada.

- Licença meninas. - o médico diz entrando no quarto - Já tenho os resultados dos exames e a causa do desmaio foi uma queda de pressão.

- Isso não é tão grave assim, com esse calor quem não passa mal. - Bruna diz tentando aliviar a tensão.

- Depende Bruna as vezes não é só isso. - sou obrigada a discordar da minha amiga.

- Ela tem razão.  Descobrimos também que sua diabetes não está normal. A senhora precisa reduzir o açúcar nos seus alimentos, estabelecer uma dieta equilibrada e seguir-lá rigorosamente. Pode consultar um nutricionista e ele te ajudará a elaborar um cardápio semanal que lhe satisfaça.

- Não acredito que não vou poder comer mais doces. - Mari lamenta

- Não é bem assim, quando normalizar o nível de açúcar pode até comer alguns doces que são feitos hoje em dia para pessoas com esse problema. - tento amenizar o impacto do problemas dos doces.

- Nossa você conhece bem essa área. Médica? - o médico pergunta impressionado.

- Veterinário e nas horas vagas namorada do meu irmão. - Bruna se intromete.

- Doutora Alana? - ele pergunta franzindo as somvrabcelhas.

- Sim sou eu. - aceno sem graça.

- Bem que estava te reconhecendo, faz muito tempo desde que meu cachorro morreu e o Doutor Davi cuidava dele. - ele explica e assinto.

- Hó, sinto muito pela perda mas me fale, quando vou sair?

- Daqui alguns minutos, vou fazer a receita dos seus remédios e já volto para liberação. - ele diz rapidamente.

Cartas Para AlanaOnde histórias criam vida. Descubra agora