Alguns meses depois
Algumas coisas mudam com o passar do tempo menos, é claro, a antipatia que dona Mari, minha sogra, tinha por mim. Dona Mari ainda continua com a cisma comigo e o coitado do Luan fica dividido entre mim e ela, mas sempre o aconselhei que mãe só temos uma e ele não deveria ficar bravo com ela, afinal, isso é uma proteção do jeito dela, não... uma super proteção.
- Ei, você precisa levar o último pagamento ao Luan. - Thiago me lembra enquanto estamos refazendo algumas planilhas de gastos no meu escritório.
- Nem acredito que focamos livre disso, enfim a fazenda e apenas da família de novo. - relaxo meus ombros e deixo o notebook de lado.
- Tem tanta coisa nesse final de ano, começando pela minha formatura, vocês já alugaram suas roupas não é? - Dani diz contente enquanto verifica um lote de vacinas.
- É claro meu amor. - Thiago força uma empolgação, é claro que ele esqueceu de fazer isso.
Até que enfim Deus ouviu minhas orações e esses dois estão juntos, outro casal que está super fofo é Davi e Bruna.
- Vou me arrumar, já terminei aqui. Vocês dois nada de pegação no meu escritório por favor. - aviso olhando seriamente para eles e os dois ficam corados.
Mandei mensagem para Luan perguntando se estaria em casa e tive a triste notícia que sua volta para casa teve de ser adiada para mais dois dias. Bruna estaria lá então resolvi ir e deixar com ela para aproveitar e por os papos em dias. Tomei um banho relaxante para ter forças se caso minha sogra fosse quem abrisse a porta.
- É Alana, vai lá e enfrente sua sogra. - falo a mim mesma no espelho.
Termino de me arrumar pego minha bolsa e as chaves.
A coroação será nesse final de semana e des que falei sobre isso a Bruna ela me fez inscrever mais em troca coloquei o nome dela também mas não coloquei meu nome na competição de tambores.
Quando cheguei na manção ninguém atendeu a campainha, achando estranho isso, pois Luan me confirmou que tinha gente em casa, empurro a porta e ela está destrancada.- Estranho. - murmuro empurrando mais a porta- Oi, tem alguém aqui?- ninguém me responde - Dona Mari? Bruna? - tomo coragem e entro de vez - Aí Meu Deus!- corro até minha sogra que está no chão - Dona Mari fala comigo. - balanço seu rosto mas ela continua desacordada.
- O que tá acontecendo?- escuto a voz de minha cunhada atrás de mim.- Mãe! - ela corre até onde estou.- O que aconteceu?
- Não sei, acabei de chegar e a encontrei aqui. - digo desesperada enquanto checo a pulsação, ela estava viva.
Muito fraca ela murmura algo e abre os olhos.
- Mãe, o que aconteceu? - Bruna pergunta ajudando ela a se sentar.
- Eu não lembro, só me senti fraca e apaguei. - ela diz vagamente.
- Me ajuda a por ela de pé, precisamos ir a um hospital agora. - digo pondo o braço dela apoiado em meu ombro e Bruna faz o mesmo.
Pedi a Bruna que fosse com ela no banco de trás para acalma-la mesmo que quem estava mais em pânico era a própria Bruna. Diriji para o hospital que Bruna disse que deveria ir e quando chegamos os enfermeiros foram eficazes em nos atender.
●●●
Enquanto Bruna assinava alguns papéis dizendo ser a parente responsável pela mãe no balcão do atendimento encarei a recepcionista que lixava as unhas.
- Podemos ver ela agora? - peço e recebo um olhar de desprezo em troca.
- Segundo andar, quarto 113. - ela diz olhando na fixa e volta a dar atenção as suas unhas.
- Obrigado. - agradeço pelo excelente atendimento e me viro para Bruna - Temos que ligar para seu pai e para Luan. - lembro-a.
- Apenas meu pai, não precisamos incomodar o Luan com isso agora. Mamãe explica tudo a ele quando chegar de viagem. - ela diz deixando a prancheta na frente da mulher.
Quando entramos no quarto em que ela estava encontramos uma emfermeira lhe dando alguns remédios e ela nos deu privacidade assim que terminou seu trabalho.
- Ei mãe, que susto que você nos deu em. - acaricia o rosto dela.- Alana. - Dona Mari diz mas não consigo identificar no seu tom de voz se ela quer me agradecer ou me jogar do segundo andar.
- Eu vou embora. - declaro achando que é a melhor opção para mim.
- Nada disso! Graças a minha cunhada que você está aqui nesse hospital. - Bruna impede que eu saia me segurando pelo braço me levando até mais perto da cama.
- Obrigado minha nora. - ela agradece com sinceridade e sorri envergonhada mas contente.
- De nada.
- Licença meninas. - o médico diz entrando no quarto - Já tenho os resultados dos exames e a causa do desmaio foi uma queda de pressão.
- Isso não é tão grave assim, com esse calor quem não passa mal. - Bruna diz tentando aliviar a tensão.
- Depende Bruna as vezes não é só isso. - sou obrigada a discordar da minha amiga.
- Ela tem razão. Descobrimos também que sua diabetes não está normal. A senhora precisa reduzir o açúcar nos seus alimentos, estabelecer uma dieta equilibrada e seguir-lá rigorosamente. Pode consultar um nutricionista e ele te ajudará a elaborar um cardápio semanal que lhe satisfaça.
- Não acredito que não vou poder comer mais doces. - Mari lamenta
- Não é bem assim, quando normalizar o nível de açúcar pode até comer alguns doces que são feitos hoje em dia para pessoas com esse problema. - tento amenizar o impacto do problemas dos doces.
- Nossa você conhece bem essa área. Médica? - o médico pergunta impressionado.
- Veterinário e nas horas vagas namorada do meu irmão. - Bruna se intromete.
- Doutora Alana? - ele pergunta franzindo as somvrabcelhas.
- Sim sou eu. - aceno sem graça.
- Bem que estava te reconhecendo, faz muito tempo desde que meu cachorro morreu e o Doutor Davi cuidava dele. - ele explica e assinto.
- Hó, sinto muito pela perda mas me fale, quando vou sair?
- Daqui alguns minutos, vou fazer a receita dos seus remédios e já volto para liberação. - ele diz rapidamente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Cartas Para Alana
FanfictionNão bastava ser uma veterinária renomada mesmo sendo jovem, eu precisava de um admirador secreto que me mandava cartas anônimas. Não precisei muito para descobrir, na verdade ele mesmo veio até mim. E como numa típica história de romance tudo mudou...