Dani e eu foram as únicas que tivemos lesões mais "graves", ela estava muito charmosa desfilando como um pinguim pela botinha no pé.
- Nunca mais eu bebo. - ela murmurou enquanto se jogava no sofá e colocava o pé para cima.
- Devo considerar essa sua primessa ou ignoro como fiz com as outras que você prometeu a mesma coisa? - questiono brincando com a cara dela.
- Vai a merda. - Dani mostra língua para mim.
- Dani levanta daí que vou te levar para casa. - Thiago ordena para minha amiga que amolece o corpo no sofá e se finge de morta.
- Bem feito. - também mostro língua para ela.
Nos depedimos de Thiago e da Dani e voltamos para dentro de casa, antes que eu me sentasse no sofá, Divina já me repreende.
- E você dona Alana, já para o seu quarto. - manda apontando para as escadas.
- Eu não quero ficar confinada de novo em um quarto. - agora é minha vez de resmungar como criança.
- Você precisa descansar Alana, escuta ela. - Bruna diz depois de terminar a conversa com meu irmão.
- Está na nossa hora de ir. - Luan diz desanimado.
- Uma pena que isso tenha estragado suas férias. - lamentei, agora eles teriam que partir para casa e ficar com os pais até os rumores sobre nosso acidente diminuísse.
- Ainda vamos voltar, não se preocupe. - Bruna piscou.
Bruna e Luan também se despediram da gente e foram embora junto com seu segurança pessoal. Fiz o que Divina mandou, ir para o meu quarto, tomei um banho, troquei alguns curativos e me deitei. Eu tentei dormir mas sempre que fechava os olhos toda a cena daquele acidente vinha novamente na minha cabeça. Como realmente não conseguia dormir peguei meu violão e comecei a tocar, eram notas calmas e delicadas para ver se eu me acalmava.
- Alana, vai dormi menina. - Davi diz entrando no meu quarto.
- Estou sem sono. - murmuro sem ânimo.
- Isso não quer dizer que todos estamos também. - ele brinca e bagunça meus cabelos.
- E se o que aquele policial disse for verdade, que o acidente do papai e da mamãe foi causado. - relembro e aperto forte o violão ao pensar nessa hipótese.
- Ei, não é hora de pensar nisso. - Davi retira o violão do meu colo e me puxa para um abraço onde escondo meu rosto em seu peito.
- Mas uma hora teremos que pensar e não podemos deixar isso impune. - deixei que minhas lágrimas escapassem.
- Uma hora toda a verdade virá a tona e teremos paz. - Davi diz como se sua esperança dependesse disso.
- Até lá promete que vai estar comigo? - peço olhando em seus belos olhos azuis e ele sorri.
- Você é a única família que eu tenho, minha irmãzinha, como posso deixar você? - seu sorriso é confortante mas também me traz recordações do sorriso do papai.
- Eu sinto tanta falta deles. - murmuro voltando a me aconchegar em seu abraço, Davi suspira e alisa meus cabelos.
- Eu também sinto Lana, não pense que eu esqueci apenas tento me conformar com a ausência. - a voz dele falha e eu o abraço forte - Estamos aqui um pelo outro. - beija o topo da minha cabeça.
- Estamos aqui um pelo outro. - repito sua frase confirmando que eu estária ali para ele quando precisasse.
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Cartas Para Alana
FanfictionNão bastava ser uma veterinária renomada mesmo sendo jovem, eu precisava de um admirador secreto que me mandava cartas anônimas. Não precisei muito para descobrir, na verdade ele mesmo veio até mim. E como numa típica história de romance tudo mudou...