Luan estava completamente perdido em como agir, ele só sabia passar a mão nos cabelos nervosamente e quando tentei sair do seu quarto ele me segurou pelo braço.
- Eu já disse que posso explicar! - ele implora mas não tenho dó.
- Eu não quero explicações, aqui já está bem fácil de entender. - rosno e jogo o contrato em seu peito.
Saio de uma vez por todas daquele quarto com a intenção de nunca mais voltar.
- Alana, porque está chorando? - Bruna entra no meu camimho quando desço as escadas.
- Depois conversamos Bruna. - desvio dela enxugando as lágrimas que nem sabia que estava escorrendo pelo meu rosto.
Corro até meu carro e Luan vinha logo atrás, acelero e saio dali vendo pela última vez a sua figura desamparada na porta. Dirijo perigosamente de volta para casa repassando cada linha daquele contrato idiota em minha mente, um namoro de contrato, e eu achando que isso só existia em fanfic's.
Não converso com Divina quando chego apenas vou direto para o meu quarto. Eu não queria estar chorando, não queria estar sofrendo daquele jeito, só queria ser fria e calculista como Luan foi com aquele maldito contrato.- Lana... - diz entrando no meu quarto e limpo meu rosto rapidamente.
- Não era para você está aqui o médico pediu repouso, lembra?- retiro forças de onde não sabia que existia ainda e lhe dou um leve sorriso mas foi em vão por que logo se desmanchou.
Me sento na cama e meu irmão aproveita a deixa para se sentar ao meu lado ignorando o que eu havia dito antes.
- A conversa foi tão ruim assim? - pergunta enquanto segura minha mão e confirmo com a cabeça.
- Não foi exatamente uma conversa. - murmuro sem ânimo.
Alana- Por que nos enganamos tanto em questão do amor?- o olho buscando uma resposta que me ampare.
- O que ele te fez? Acho que ainda consigo quebrar a cara dele. - ele brinca com a situação para me fazer rir.
- Fui fazer o que você me aconselhou mas quando entrei no quarto dele encontrei uma pasta que tinha um contrato. - as lembranças me torturavam - No contrato falava que ele iria namorar com a filha do dono da Som Livre por nove meses Davi.
- E? - ele pergunta a fim que eu continuasse a contar.
- Eu joguei o contrato nele e disse muitas coisas. - digo mais calma que antes, desabafar estava sendo bom mas ele me olhava com um olhar que me dava raiva - Ele me machucou da pior forma Davi, não venha com esse olhar para cima de mim. - me levanto da cama e vou até a janela.
- Mas já estava assinado esse contrato? - Davi pergunta também se levantando e vindo até mim.
- Não, ainda estava em branco. Mas o que você queria, que eu me sentasse à espera que ele assinasse em minha frente?! - exaspero voltando a ficar nervosa.
Antes que Davi venha com sua conversa alguém bate na porta e grito para que a pessoa entre.
- Alana, o Luan está lá fora e exige falar com você. - Divina diz - O que está acontecendo aqui a final? O que esse rapaz fez a você?
- Ela vai cuidar disso Divina, é bobagem. - Davi se intromete e o fuzilo com o olhar.
- Mas que inferno! - esbravejo perdendo o controle.
Desço as escadas e vou até ele pela força do ódio e cruzo os braços em sua frente.
- O que você ainda precisa comigo afinal? - sou rude e ele arregala os olhos.
- Não é do jeito que está pensando Alana.- tenta se aproximar.
- Obvio que não é, é pior.
- Alana, - Luan respira fundo e me olha nos olhos, por uma fração de segundos eu o vi desmoronar quando seus olhos marejaram mas ele conseguiu se manter firme - só me escuta. - eu não queria ouvir e antes que mais uma vez eu me exaltasse ele acelerou suas palavras - Você entendeu tudo errado, eu não assinei aquela merda dr contrato, foi uma proposta idiota e eu obviamente neguei de primeira.
- Então o que estava fazendo no seu quarto? - contra-argumento suas explicações.
- Minha acessora me fez levar para casa para que eu pensasse melhor mas eu iria jogar fora assim que pudesse, acontece que eu tive um dia de merda, perdi dois patrocinadores por causa da próxima campanha do dia dos namorados e nem me lembrei daquilo e quando cheguei em casa só joguei minhas coisas em qualquer canto do quarto e fui tomar um banho para vir logo te ver mas você foi mais rápida e interpretou as coisas como quis. - agora o jogo tinha virado, ele dizia como se eu fosse culpada e eu já ensaiava como iria pedir desculpas mas meu orgulho era maior apesar de querer dar um fim nessa discussão.
- Você iria me falar sobre o contrato? - pergunto para tentar decidir o que faria dali em diante.
- Sinceramente? - ele suspirou mais una vez, ele estava cansado e estava visível em seu ombros caídos e olheiras - Eu não sei, tive medo que sua reação fosse como essa. Você não sabe em como fiquei desesperado quando partiu sem se explicar, achei que fosse o fim e já estava até cogitando a hipótese de assinar aquela porcaria de contrato já que nada mais faria sentido para mim sem você. - ele é sincero no que diz.
- Me desculpa. - pedi baixo tentando segurar as lágrimas - Eu preciso respirar. - falei por fim e para sair desviei de seu corpo em minha frente.
- Você vai fugir de novo? - ele perguntou e quando me virei ele ainda se mantinha de costas e com os punhos fechados, provavelmente com muita raiva de mim.
- Vou, mas você pode fazer isso comigo. - ofereci, foi a maneira que encontrei de fazer as pazes.
Eu esperava que ele não aceitasse, eu não lhe dei a chance de se explicar mas como sempre desconfiei, Luan é bom de mais para mim e ele me seguiu, me ajudou enquanto selava dois cavalos e foi comigo até a cachoeira sem se importar com as horas. Quando chegamos prendemos os cavalos em uma árvore e nos sentamos em uma pedra de frente a cachoeira, até então não tinhamos trocado muitas palavras.
- Eu errei, admito. - comcei a falar depois de alguns minutos em silêncio mostrando que eu queria fazer as pazes - Foi difícil para mim entender, ainda estou com raiva daqueles malditos papéis, mas eu quero pedir desculpas, te disse coisas desnecessárias.
- Talvez, apenas talvez, no seu lugar eu teria a mesma reação. Ver algo como aquilo de quem se ama é dolorido. - Luan usou o tom mais suave e doce para falar comigo.
- Você não sabe o quanto. Su imaginei mil e uma coisas, você beijando outra mulher, anunciando para todos, algo que a gente nem fez ainda. Imaginei vocês dois se envolvendo realmente pela aproximidade e... - antes que eu terminasse de expor meus pensamentos Luan me beijou a fim de que eu parasse de falar tanto.
O beijo foi calmo e suave, teria tudo para ser prolongado se não fosse a voz mais irritante que eu conheço chamar pelo meu nome.
- Alana?
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Cartas Para Alana
FanfictionNão bastava ser uma veterinária renomada mesmo sendo jovem, eu precisava de um admirador secreto que me mandava cartas anônimas. Não precisei muito para descobrir, na verdade ele mesmo veio até mim. E como numa típica história de romance tudo mudou...