Capítulo 25 - Competição

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    Quando Dona Mari foi liberada o sol já tinha se escondido, nada que a poluição de São Paulo não ajudasse. Fiquei um pouco com elas para instruciona-las com o pouco que eu sabia sobre medicina humana e declarei que teria que ir embora pois já estava ficando muito tarde.

- Não quer dormir aqui? - Bruna ofereceu enquanto mechia no meu cabelo já que minha cabeça repousava em seu colo.

- Não quero incomodar. - deixo o celular de lado e me sento no sofá.

- Vamos, fique não vou deixar que você saia daqui a essa hora. - minha spgra, agora bem mais afetiva comigo, pediu.

  Resisti ao convite até me chantagearem com um bolo de cenoura e meu estômago falou por mim.

- Divina que me perdoe mas seu bolo é maravilhoso. - falei revirando os olhos de prazer ao comer mais um pedaço do bolo fofinho e cheio de cobertura.

- Quero conhecer essa mulher que vocês falam tanto, trocar algumas receitas. - ela sorri bem humorada e eu concordo, as duas com toda certeza me fariam rolar em uma semana.

- Mãe eu preciso de uma ajuda, e de vocês duas. - Bruna disse apontando para nós e trocamos olhares.

- Para que? - cruzo os braços e a encaro.

- O que você fez Bruna? - a mãe dela semicerra o olhar esperando pela declaração.

- Calma mãe, bom melhor você sentar. Sabe... eu tô namorando. - explica toda atrapalhada e com as bochechas coradas.

- Há é isso? - descruzo os braços e faço sinal de desdém - Conte-me uma novidade.

- Sério minha filha? - fica surpresa - Depois do Breno achei que você não arrumaria mais ninguém.

- Nossa mãe, a senhora coloca muita fé na minha vida amorosa. - Bruna se faz de ofendida - Bom, isso já faz um tempinho.

- Um bom tempinho dois ou três meses não é? - tento me lembrar.

- E só me diz isso agora? - agora quem está ofendida é minha sogra.

- Cala a boca. - Bruna aponta para mim com ódio faiscando no olhar. Ela suspira e tira a aliança do bolso - Realmente faz um tempinho. - diz colocando a aliança de volta ao dedo.

- Vocês não contaram até hoje? - pergunto perplexa e ela revira os olhos impaciente.

- Você não está ajudando. - murmura contrariada.

- Seu pai e seu irmão vão interrogar esse desconhecido. - Dona Mari diz bem humorada querendo ver fogo no parquinho.

- Desculpa  dona Mari mais meu irmão é honesto, de boa índole e super gente boa não precisa se preocupar.

- Alana! - Bruna me repreende com um olhar mortal.

- O que foi? - fico sem entender sua raiva.

- É o irmão da Alana? - Dona Mari pergunta e assinto pegando meu celular e mostrando uma foto dele - Minha filha, que rapaz charmoso. - ela sorri cúmplice e eu gargalho adorando a reação dela.

- É mãe, mas o Pi já sabe e só falta o meu pai. Estava pensando em dar um jantar. - ela pensa na hipótese.

- Desculpa me intrometer nos seus planos mas vai ser meio difícil, esse final de semana é a competição. - refresco sua memória e Bruna se debruça sobre a mesa.

- Então vamos ter que adiar esse encontro entre genro e sogro. - mais uma vez minha sogra diz com seu sorriso de quem está prevendo o que vai acontecer.

Cartas Para AlanaOnde histórias criam vida. Descubra agora