Quando Dona Mari foi liberada o sol já tinha se escondido, nada que a poluição de São Paulo não ajudasse. Fiquei um pouco com elas para instruciona-las com o pouco que eu sabia sobre medicina humana e declarei que teria que ir embora pois já estava ficando muito tarde.
- Não quer dormir aqui? - Bruna ofereceu enquanto mechia no meu cabelo já que minha cabeça repousava em seu colo.
- Não quero incomodar. - deixo o celular de lado e me sento no sofá.
- Vamos, fique não vou deixar que você saia daqui a essa hora. - minha spgra, agora bem mais afetiva comigo, pediu.
Resisti ao convite até me chantagearem com um bolo de cenoura e meu estômago falou por mim.
- Divina que me perdoe mas seu bolo é maravilhoso. - falei revirando os olhos de prazer ao comer mais um pedaço do bolo fofinho e cheio de cobertura.
- Quero conhecer essa mulher que vocês falam tanto, trocar algumas receitas. - ela sorri bem humorada e eu concordo, as duas com toda certeza me fariam rolar em uma semana.
- Mãe eu preciso de uma ajuda, e de vocês duas. - Bruna disse apontando para nós e trocamos olhares.
- Para que? - cruzo os braços e a encaro.
- O que você fez Bruna? - a mãe dela semicerra o olhar esperando pela declaração.
- Calma mãe, bom melhor você sentar. Sabe... eu tô namorando. - explica toda atrapalhada e com as bochechas coradas.
- Há é isso? - descruzo os braços e faço sinal de desdém - Conte-me uma novidade.
- Sério minha filha? - fica surpresa - Depois do Breno achei que você não arrumaria mais ninguém.
- Nossa mãe, a senhora coloca muita fé na minha vida amorosa. - Bruna se faz de ofendida - Bom, isso já faz um tempinho.
- Um bom tempinho dois ou três meses não é? - tento me lembrar.
- E só me diz isso agora? - agora quem está ofendida é minha sogra.
- Cala a boca. - Bruna aponta para mim com ódio faiscando no olhar. Ela suspira e tira a aliança do bolso - Realmente faz um tempinho. - diz colocando a aliança de volta ao dedo.
- Vocês não contaram até hoje? - pergunto perplexa e ela revira os olhos impaciente.
- Você não está ajudando. - murmura contrariada.
- Seu pai e seu irmão vão interrogar esse desconhecido. - Dona Mari diz bem humorada querendo ver fogo no parquinho.
- Desculpa dona Mari mais meu irmão é honesto, de boa índole e super gente boa não precisa se preocupar.
- Alana! - Bruna me repreende com um olhar mortal.
- O que foi? - fico sem entender sua raiva.
- É o irmão da Alana? - Dona Mari pergunta e assinto pegando meu celular e mostrando uma foto dele - Minha filha, que rapaz charmoso. - ela sorri cúmplice e eu gargalho adorando a reação dela.
- É mãe, mas o Pi já sabe e só falta o meu pai. Estava pensando em dar um jantar. - ela pensa na hipótese.
- Desculpa me intrometer nos seus planos mas vai ser meio difícil, esse final de semana é a competição. - refresco sua memória e Bruna se debruça sobre a mesa.
- Então vamos ter que adiar esse encontro entre genro e sogro. - mais uma vez minha sogra diz com seu sorriso de quem está prevendo o que vai acontecer.
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Cartas Para Alana
FanficNão bastava ser uma veterinária renomada mesmo sendo jovem, eu precisava de um admirador secreto que me mandava cartas anônimas. Não precisei muito para descobrir, na verdade ele mesmo veio até mim. E como numa típica história de romance tudo mudou...