Capítulo 16 - Eu...

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  Luan insistia em querer ir embora mas eu queria que ele passasse a noite comigo então apelei para minha cara de cachorro que caiu da mudança.

- Vai Luan, não custa nada você dormir aqui hoje. - capricho na cara de manha e ele já estava quase cedendo.

- Seu irmão pode não gostar, minha princesa. - ele sorri de canto e afasta meu cabelo do rosto.

- Davi não manda em mim e essa casa não é só dele então a única coisa que te impede de dormir aqui é  você mesmo pois sei muito bem que seu show de amanhã vai ser aqui na cidade mesmo. - falo enquanto cutuco seu peito com meu dedo indicador - Prometo que você não vai se arrepender. - sussurro em seu ouvido como meu golpe final.

- Ok, você venceu. - ele se rende com um sorriso safado no rosto - Deixando claro que sou facilmente influenciável e você usou isso ao seu favor.

   Não vou negar a ansiedade de passar a noite com ele me consumiu e enfim eu pude me relembrar de como era o corpo dele sem toda aquela roupa. Nossa noite foi maravilhosa e... quente, com certeza foi quente. Ao acordar e vê-lo ao meu lado não teria como ficar com aquele meu mau humor matinal.

- Bom dia. - ele resmungou com a voz rouca pelo sono.

- Bom dia. - respondi e lhe dei um beijo na bochecha - Ei! - reclamo rindo quando ele me impede de levantar.

- Aonde você pensa que vai? Agora é assim, usa e abusa desse corpinho a noite toda e me abandona antes do dia amanhacer? - Luan faz seu típico drama e não tem como não gargalhar.

- Eu estou indo para o banheiro tomar um belo banho e sim, eu vou abusar desse corpinho sempre que tiver a oportunidade e já são quase oito da manhã. - beijo seu rosto mais uma vez e saio rápido da cama antes que ele me impessa de novo.

   Luan fugiu de tonar café com a gente dizendo que tinha que ir cedo para a empresa e como ele foi um bom moço eu deixei. Divina me encheu de perguntas sobre como eu estava me sentindo em relação ao namoro com Luan e eu só sabia sorrir, a empolgação sobre tudo que poderíamos fazer juntos era tão grande que tive que me freiar, estávamos no começo e eu não sabia ainda como iria agir com a vida agitada que ele leva. Depois dp almoço levei Divina para fazer alguns exames enquanto Thiago e a Dani cuidavam da fazenda com minha ausência e a do Davi. Enquanto ela esperava os resultados de alguns que iriam sair no mesmo dia eu fiquei trocando mensagens com Luan e depois nós duas fomos ao mercado fazer as compras do mês. Passei também em uns amigos meus que vendiam os remédios que eram necessário nas duas clínicas e depois fomos embora.

- Thiago, coloca isso na planilha de gastos da clínica da cidade e essa na daqui da fazenda. - pedi depois de entrar em seu escritório e lhe entreguei as notas fiscais.

- Pode deixar, a Dani precisa da sua ajuda com um cavalo de um de nossos clientes que foi deixado aqui hoje enquanto você estava fora. - Thiago disse enquanto digitava rapidamente no computador.

- Estou indo lá. - mandei beijos e fui procura-la.

   Dani estava em um dos lugares que deixamos os cavalos recém chegados isolados para primeira análise.

- Um cavalo dessa raça deitado não é um bom sinal. - lamentei enquanto colocava meu jaleco.

- Não mesmo Lana, fiz o primeiro diagnóstico e tudo leva a crer que é anemia infecciosa. A perda de peso é evidente, a temperatura dele indica febre de 40°C, à hemorragia debaixo da língua. - Dani diz os sintomas enquanto tira as luvas com sangue e as descarta no lixo.

- Vou fazer a coleta de sangue só para confirmação da anemia. Depois informo ao dono que será necessário sacrifica-lo. - respiro fundo e coloco a máscara no rosto, para nós veterinários era horrível perder nossos pacientes assim ainda mais quando se tratava de uma doença como essa que a única alternativa era recorrer ao sacrifício já que não existia cura.

Cartas Para AlanaOnde histórias criam vida. Descubra agora