Capítulo 26 - Alex

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Toques suaves como asas de borboletas em meu rosto fazem com que eu desperte aos poucos. Mesmo acordado, mantenho meus olhos fechados enquanto inspiro lentamente o perfume dela e sinto seus cabelos se movimentando levemente no meu peito, seus lábios que me acordaram com suaves beijos agora deixam um rastro perigosamente quente no canto da minha boca e vão descendo pelo meu pescoço e me seguro para não a puxar e arrebatá-la num beijo completo.

Foda-se.

Ainda de olhos fechados levo um segundo para segurá-la pela cintura e virar nossas posições. Lara é pega de surpresa dá um gritinho enquanto eu rosno e mordo de brincadeira seu queixo e ela ri se contorcendo. Beijo a ponta de seu nariz.

— Você sabe que tem um histórico de abusar de mim enquanto eu durmo, não é?

Ela ri mais ainda e é o som mais perfeito que existe.

— Eu não sei se você notou, mas eu não estava tentando ser discreta.

Ajeito melhor minha posição distribuindo meu peso em cima dela para não esmagá-la, seus cabelos revoltos estão espalhados no travesseiro branco e a imagem me traz uma vontade arrebatadora de que ela estivesse exatamente assim, mas na minha cama. Noto que ela está usando minha camiseta azul e vê-la assim traz uma sensação de posse. Minha garota, na minha camiseta. Mais certo, impossível.

— E a que devo a honra de ser acordado dessa maneira digna da realeza? — Me posiciono melhor entre suas pernas encaixando minha dureza nela e seus olhos escurecem. Sorrio. — Ou minha pequena pervertida tem outros planos?

Ela ri, mas enrola suas pernas ao redor da minha cintura me puxando ainda mais para ela. Solto um gemido com o movimento, ela encosta sua boca na minha orelha e sua respiração faz cócegas enquanto ela beija levemente e diz numa voz rouca. — Eu estou com fome.

Certo. — De mim?

Ela rola os olhos. — Você parece bom para comer grandão, mas no momento eu preciso de um café mocha duplo, um pão com manteiga na chapa e um donut.

— Você está brincando não é? — Beijo seu pescoço, fazendo um movimento estratégico com meu corpo de encontro ao dela e ela geme.

— Estou sim, eu nunca me contento com apenas um donut...

Sorrio, colo minha boca na dela que corresponde encaixando perfeitamente seus lábios nos meus, sua língua vem para encontrar na minha numa dança sincronizada e exploro sua boca como um cara que atravessou o deserto e ela é uma fonte inesgotável da melhor e mais fresca água. O beijo se aprofunda, minhas mãos buscam suas curvas e eu já poderia desenhá-la de olhos fechados, cada pedacinho dela gravado à ferro na minha memória.

Lara geme nos meus lábios, totalmente entregue, minhas mãos acariciando lentamente sua pele de seda na altura da sua coxa e eu me sinto estremecer com o tamanho do tesão em ter essa mulher para mim, fazê-la minha. De uma maldita vez por todas.

Mas não é certo. Não aqui e não agora num quarto cheio de espelhos que ela usa para trabalho. Essa mulher será minha, mas vou fazer de uma maneira para que seja inesquecível.

Viadinho. Pois é.

Mesmo contra todas as minhas vontades, vou desacelerando o beijo e por mais que eu desejasse fazê-la gozar outra vez, eu não teria auto controle o suficiente para repetir a dose sem acabar entrando nela e mandando toda a razão para o caralho.

Nossa respiração está rápida, abro meus olhos para ver um lindo olhar verde dourado nublado com desejo e novamente acabo me auto dedicando o prêmio Nobel do auto controle. Quem te viu, quem te vê, Alexander.

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