Capítulo 13 - Lara

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Paramos no meio do caminho para trocar os benditos pneus e graças à Deus foi tudo rápido; tanto a troca, quanto o alinhamento e em meia hora estávamos novamente na estrada, sentido Bridgeport.

A conversa flui leve e aos poucos um clima de naturalidade vai aparecendo, Alex é engraçado, observador e durante nossa ida, quis saber sobre a fotografia, quando eu comecei a trabalhar com ela e graças à Deus, a curiosidade ficou nisso. Ele não voltou a perguntar sobre minha família e no restante do tempo, ficamos em um silêncio confortável, apenas com a música ocupando o espaço no carro.

Quando chegamos, baixo o vidro para sentir o cheio salgado do mar. No verão, o aroma gostoso que vem dele é nostálgico. Não, o mar não é quente como no Brasil, a areia não é tão fina e quente igual, mas, mar é mar e mesmo que agora, onde o frio intenso predomina, ele não deixa de me encantar.

Encho meus pulmões e solto devagar. ― Eu amo o mar.

Alex ri. ― Topa um mergulho? ― Ele pergunta erguendo as sobrancelhas três vezes.

― Tenho que por um biquíni?

― Por mais que a ideia de ver você em um biquíni seja tentadora, acredito que para mergulhar no mar, em um dia como hoje, você precisaria de uma roupa seca.

Ignorei o flerte dele rindo. ― Você é lesado? Entrar no mar de moletom vai fazer alguma diferença? ― Olho pra ele rindo. Esse cara ficou maluco...

―Não pequena, não esse tipo, a roupa seca a qual me refiro, é uma roupa especial de mergulho para águas frias que os mergulhadores usam, ela isola o seu corpo da água gelada que te circula.

― Então você mergulha?

Ele ri. ― Também.

Ele estaciona na frente do mercado Tropical, e descemos do carro, indo em direção a entrada.

Alexander entra e olha para todos os lados avaliando o local. ― É pequeno não é? ―Pergunto à ele. ― Lembra exatamente os mercadinhos de antigamente, do lugar de onde venho. Os donos daqui, são pessoas maravilhosas, a Luíza e o Marcos e apesar de serem de uma região bem diferente da de onde vim, me sinto em casa aqui. ― Puxo ele pelas mãos caminhando até o caixa que se encontra vazio.

― Ei, ô de casa... ― Chamo com as mãos no balcão, logo, Luíza aparece limpando as mãos em uma toalha de louça, ela abre o sorriso ao me ver.

―Lara... Minha filha, que bom ver você aqui. ― Ela dá a volta no balcão e me abraça apertado.

―Ai Lú, anda tudo tão corrido, que não consegui vir antes, estou trabalhando bastante graças à Deus, então não está sobrando tempo nenhum.

―Ah minha linda, mas se você tem trabalho a desculpa é mais que bem-vinda, mas você não pode ficar mais tanto tempo assim sem vir aqui certo? O Marcos quer marcar um dia para fazer o churrasco pra você.

Meus olhos brilham. ― Lu... Não fala em churrasco, que me dá água na boca...

Estamos sorrindo quando Luiza desvia o olhar para a figura atrás de mim. ― E quem é esse homem lindo com você Larinha? Vai me dizer que até que enfim você arrumou um namorado.

Estou rindo alto. ― Que nada Luiza. ― Dou um passo pra trás virando para Alex, que olha a cena com interesse, ele está sorrindo. ― Não é assim, esse é o Alex, irmão da Sky e dos meninos. Ele não fala português e deve estar perdido e nós duas parecendo mal educadas. ― Então falando em inglês, apresento Luiza a Alex, que galantemente beija suas mãos.

― É um prazer conhece-la Srª. Luiza.

― O prazer é meu menino, seja bem-vindo e sinta-se em casa.

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