Capítulo 30

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Luke acaba sua vigília e acorda Ana, entregando-lhe sua arma branca e longa, recarregada com soníferos e se deita onde ela estava.

Estava escuro, mas eu tinha certeza que seu olhar estava em mim. Depois de alguns minutos me forço a fechar os olhos e relaxar, então adormeço.

- Cora. - ouço Ana chamar enquanto me cutuca com o dedo. - Sua vez.

Me levanto ciente de que não havia dormido absolutamente nada, e sigo para o amanhecer frio. O sol começava a nascer, me sento em uma pedra alta um pouco afastada da cabana, e observo a estrada. Tudo estava silencioso e eu me negara a pegar uma arma com Ana, afirmando que gritaria ou correria caso acontecesse alguma coisa.

Pego a carta que guardava em meu bolso no dia anterior e a leio novamente, tentando entende-la, mas depois da décima vez apenas a encaro, sem realmente ler nada. Só sabia que se tratava de um homem arrependido, pedindo para encontrar suas duas filhas. Tinha que contar a Ana, ela saberia o que fazer e eu começava a confiar mais nela.

Crack.

Um estalo de um galho se partindo. Não muito distante da cabana, olho ao redor e me levanto devagar, dando passos para trás.

Esbarro em alguém e sem pensar giro e acerto-lhe um soco na boca do estômago.

Com certeza quem esbarrara em mim não esperava por isso, pois nem eu mesma sabia o por que fiz aquilo.

- Até que você é bem forte. Argh! - não havia notado que era Luke quem eu havia acertado. Estava ocupada escarando minha mão fechada em punho e pensando "como"?

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