It's her...

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5º É ela...


— Isso é uma loucura. — Resmunga Zelena pela décima vez, de acordo com a contagem de Regina. — Não sabemos nem se a mulher ainda continua lá. — Balançou a cabeça negativamente. — Não sabemos nem se ela é de lá. — Conclui.

Depois de muito insistir para Cora e Henry, Regina conseguiu convencer sua irmã a fazer a viagem no dia seguinte, fazendo seus pais terem que cancelar a vinda de amigos e familiares, para visitá-la, e a fisioterapia que começaria um dia depois.

Estavam agora no avião a caminho de Miami. Por Zelena, elas iriam de carro, mas Regina queria chegar logo, então, de forma "civilizada" – no par ou ímpar – decidiram ir de avião.

— Ela mora lá. — Afirmou Regina. Sua expressão era séria. Quem não soubesse da história, diria que ela tinha total certeza do que dizia.

— Como você pode ter certeza? — Indagou confusa.

— Porque foi onde eu a conheci, e ela me disse que morava lá... — Respondeu rapidamente.

— A Emma do seu sonho. — Rebateu. — Não sabemos se essa é a mesma. — Regina revirou os olhos.

— É quase certo que é. — Encarou a irmã.

— Quase não é certeza. — Rebateu, fazendo a mais nova revirar os olhos novamente.

— Pare de ser pessimista. — Pediu irritada. — Não está ajudando em nada. — Suspirou pesadamente.

— Não estou sendo pessimista e sim realista... — Murmurou. — Isso é loucura.

— Se quiser, pode voltar e eu fico sozinha sem nenhum problema. — Falou irritada.

— Essa é a minha vontade. — Confessou, fazendo o coração de Regina bater mais acelerado, e o seu próprio também. Odiava brigar com a irmã. Assim como Regina também não gostava de brigar com ela. — Mas eu te amo tanto que nunca te abandonaria. — Sussurrou de forma derrotada. — E eu não me arrependo disso. — Acrescentou pegando a mão da morena e apertando.

— Obrigada. — Murmurou. Seus olhos já cheios de lágrimas que ela não se importou em segurar.

Zelena apenas sorriu largamente e secou as lágrimas da irmã, dando em seguida, um cheiro em sua testa.

•§•

— Você tem ideia de por onde começar essa procura da agulha num palheiro? — Indagou Zelena, jogando-se na cama. — Regina encarou-a, pensando em rebater a ironia, mas ao ver a irmã deitada na cama, como se não tivesse dito nada demais, desistiu.

— Na praia, onde nos conhecemos. — Com esforço, foi até a cama, mas do lado oposto ao da irmã. Desafivelou o cinto que prendia os pés. Abaixou o descanso de braço, e se jogou na cama.

— E quando vamos? — Abriu os olhos e se sentou rapidamente para ajudar a irmã a subir.

— À noite... — Respondeu com dificuldade devido ao movimento que fazia. — Eu a conheci de noite, próximo ao mar. — Acrescentou.

— Mas... — Desviou o olhar do da irmã e procurou focá-lo nos travesseiros que arrumava nas costas de Regina. — Você sabe... — Pigarreou. — Não via poder ficar na areia... — Concluiu hesitante.

— É... — Fez uma expressão triste. — Eu sei... — Respondeu desanimada. Adorava sentir a areia da praia por entre seus dedos. Mas dessa vez não seria possível fazer isso.

— Rê, como vocês se conheceram exatamente... — Deitou-se de lado e voltou a fitar a irmã.

— Bem... — Fechou os olhos como se isso ajudasse a se lembrar melhor. — Eu estava com alguém que eu não me lembro, andando na Orla, quando essa pessoa resolveu comprar uma cerveja. — Fez uma pausa. — Pediu-me para esperá-la sentada num banco que tinha no calçadão e eu assim fiz... — Outra pausa. Como já fazia algum tempo que isso tinha ocorrido, e a parte que estava contando não era importante, ela não se lembrava com clareza o que tinha acontecido. — Daí... — Começou a estalar os dedos, tentando se lembrar... — Ah! — Sorriu. — A pessoa começou a demorar, e eu então decidi apreciar a vista do mar, enquanto a pessoa não vinha, e...

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