Returning to normal

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25º Voltando ao normal


― Regina! ― Zelena é a primeira a entrar no quarto. Seu rosto está vermelho, denunciando um choro, e sua expressão parece cansada. ― Finalmente você acordou. ― Disse em um tom de alívio e Mills teve vontade de revirar os olhos ao ouvir aquela frase. Se ganhasse um dólar por cada vez que a ouvisse, já estaria com uma boa poupança. ― Eu já estava preocupada. ― Acrescentou, aproximando-se da cama. ― Eu e todo mundo. ― Acrescentou em um tom mais baixo, falando mais para si, que para a outra, com um sorriso.

― O que aconteceu? ― Ao explanar sua dúvida, percebe que não tem mais o problema com a dicção, como se lembrava de ter, em que parecia estar reaprendendo as palavras, igual a um bebê, problema adquirido como consequência do coma. Diante a nova informação, era certo que não estava na mesma realidade, de minutos, horas, não sabia ao certo, atrás, constatou rapidamente. Porém, ainda assim, não sabia em qual poderia estar. Todavia, estava feliz por, ao menos Zelena estar viva e constatar que pareciam ter uma boa relação.

― Você não se lembra? ― Zel questiona franzindo o cenho, e ao ver a irmã negar, fecha os olhos, tapando-os com as mãos, e balança a cabeça negativamente. ― Por que eu sinto que as coisas estão mesmo acontecendo, como Ricky me falara? ― Questiona mais para si, que para a morena.

― Como assim? ― Indagou assustada e confusa. Zelena e essa pessoa citada, estava sabendo alguma coisa de suas constantes mudanças de realidades e tudo que acontecia?

― Você passou três dias internada e dormindo. ― Contou, chocando a morena. ― Por curiosidade, durante esses dias, eu procurei um especialista, Ricky Martin, mas não o cantor, e contei algumas das coisas que você me contou sobre seus sonhos e... ― Parou de falar quando seu celular começou a tocar, ao mesmo tempo que o quarto foi invadido por Henry e Cora Mills.

― Finalmente a bela adormecida acordou. ― Cora falou, pegando a filha de surpresa com o seu bom humor. Em nenhuma das realidades visitadas, conheceu uma Cora com personalidade ruim, mas também, não conheceu nenhuma tão bem-humorada quanto essa. Estaria em outra realidade ainda não conhecida?

― Papai, você está bem? ― Questionou em tom preocupado, procurando algum sinal de machucado no corpo do homem. A última coisa que se lembrava, era de seu pai ter caído da escada no quintal de sua casa, e tinha ido para o hospital. Já estava certa de que não se tratava da mesma realidade que essa, mas precisava confirmar que nada tinha acontecido ao homem que tanto ama.

― Eu é quem te pergunto... ― Rebate sorrindo, apertando a morena em seus braços, em um abraço de lado. ― Você nos preocupou bastante, dormindo por tanto tempo. ― Murmura, e Cora assente. ― O que tanto aconteceu em Miami, que te fez ficar tão acordada? ― Questionou com um sorriso e tom malicioso, que chocou mãe e filha, e o fez receber uma tapinha de repreensão da mais velha. ― O que? ― Reclama, fingindo desentendimento. ― Até parece que você não sabe que as nossas filhas tran... ― E recebeu outra tapa, dessa vez, mais forte que a outra, impedindo-o de continuar.

― Henry Mills! ― Repreende mais uma vez. ― Você está passando muito tempo com a Zelena. ― Balança a cabeça negativamente.

E enquanto seus pais discutiam saudavelmente sobre a forma que Henry Mills estava agindo naquela manhã, todo cheio de graça, mostrando-se um bom piadista, Regina questionava-se se o fato de ter escutado o homem falar em Miami, significava mesmo que ela estava na realidade onde toda aquela loucura havia começado.

•§•

Horas mais tarde, quase em horário de almoço, a família Mills chega em casa e, logo após Cora e Henry anunciarem que iriam fazer o almoço, Regina e Zelena seguem para o quarto. Ao entrarem no cômodo, Regina anuncia que quer conversar com Zelena.

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