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3º Livre


— Noiva? — Cora franziu o cenho. Desde quando sua menina era lésbica?

— Espera aí... — Diz Zelena levantando-se da poltrona que tinha na sala do Dr. Victor. — Acho que eu conheço essa tal de Emma... — Seus pais e o médico olharam-na surpresos pela revelação.

— Conhece? — Cora e Henry perguntaram ao mesmo tempo.

— Ela disse aonde a conheceu? — Indagou ao homem, ignorando a pergunta dos pais.

— Infelizmente não. — Zelena fez uma expressão de desanimo.

— De onde você conhece essa moça? — Indagou Henry curioso.

— É... — Sorriu sem graça. Como contar para a mãe e para o pai, algo que deveria ser a própria Regina a dizer? Se é que ela iria dizer. — Olha... — Respirou fundo. — Eu não tenho certeza se é a mesma pessoa... — Pausou.

— Mas... — Cora incentivou-a a continuar.

— Lembra-se da viagem que eu e Regina fizemos para Miami, três meses antes de tudo acontecer? — O casal assentiu. — A Regina conheceu uma mulher na praia. — Cora arqueou a sobrancelha. — Essa mulher coube exatamente na descrição dada pela Regina, exceto pelo sobrenome e idade.

— E qual era a idade e o sobrenome? — Dr. Victor indagou de forma curiosa. Ele apoiou seus dois cotovelos em cima da mesa, sua cabeça em suas mãos fechadas, e passou a encarar a mulher.

— Isso é o que não me da certeza se são a mesma pessoa. — O homem franziu o cenho. — Eu não sei o sobrenome dela, e nem a idade. — Esclareceu.

— Desde quando a Regina gosta de mulheres? ­— Indagou Cora. Sua expressão demonstrava que ela não prestava atenção na conversa, apenas processava a informação que ouvira.

— Ela se descobriu quando tinha 15 anos de idade. — Cora arregalou os olhos. Henry estava impassível. Apenas respirava e movia os olhos e as pálpebras. — Eu não deveria estar dizendo isso... — Murmurou para si.

— Por que ela nunca me contou? — Cora indagou a si mesmo.

— E ela tem que contar? — Indagou Zelena, chamando a atenção da mãe para si. — Mãe, você já viu algum hétero se assumir hétero? Chegar aos familiares e dizer "mãe e pai, eu sou hétero."? — Cora negou. — Pois é... — Deu um sorrisinho irônico. — E por que um homossexual teria que fazer isso?

— Ela tem razão. — Victor se pronunciou, levantando-se de sua cadeira. Henry e Coral encararam o homem, fazendo-o ficar envergonhado. — Bem... — Pigarreou. — Depois dessa conversa, chegamos à conclusão que essa tal Emma Swan existe, mas...

— Eu não sei se a Emma que a minha irmã fala, é a mesma mulher da praia. — Zelena interrompeu. — Não sabemos se ela realmente existe. — Concluiu o raciocino.

— Eu sei que não, mas sinceramente, eu acho que é...

— O seu achar não prova nada. — Cora rebateu, interrompendo o homem.

— Mas... — Falou alto, encarando a mulher, e demonstrando que ignorou o seu comentário. — De qualquer forma, o que importa é que foi confirmado que durante o coma, a mente dela realmente criou uma realidade alternativa, e nesse momento, isso é o que importa.

— Doutor, o senhor acha que isso será um problema? — Indagou Henry de forma preocupada. Estava com medo dessa realidade criada pela mente de sua filha, afetasse-a.

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