A Esperança ✔

Capítulo 4

      Já se fazem dois meses que eu fui despedida, não consegui emprego em outro lugar, o aluguel do meu apartamento está atrasado, as contas estão atrasadas e a escolinha da Lua também, eu já estava em desespero, estava com ordem de despejo e não tinha pra onde ir, quer dizer até tinha mas não queria abusar. Eu estava voltando da faculdade com a Miranda e com Dylan e estava me lamentando pela minha desgraça quando Dylan disse uma coisa que me animou.

      - Lu tem um amigo do meu pai que o filho dele está precisando de uma funcionária - disse.

      - EII! por que não disse antes.

      - Foi mal, é que eu não estava lembrando disso.

      - Eii pessoal concentração - disse a Miranda - você tem o número dele coisa feia?

      - Infelizmente não coisa horrorosa, mas eu sei que ele colocou um anúncio no jornal.

      - Ele trabalha com o que? - perguntei meio que com medo da resposta.

      - Não sei gatinha - disse o Dylan.

      - Então é melhor eu nem tentar, eu não sei o que ele faz, eu não tenho nenhum curso, a única coisa que eu sei é fazer e servir comida - eu disse já desesperada.

      - Calma gatinha eu dou um jeito - disse o Dylan me abraçando e acariciando os meus cabelos.

      - O momento fofis já durou mais do que devia, agora vamos comprar um jornal e achar esse cara! - disse a Mi meio bravinha.

      - Tá com ciúmes é?! - Dylan provocou.

      - De um abutre igual você nunca - a Mi disse e percebi que ela cruzou os dedos atrás das costas,ela defitivamente gostava dele.

      - Tá com ciúmes sim - o Dylan zombou e logo em seguida beijou o topo da minha cabeça - Admite.

      - NÃO - disse a Mi meio bravinha. - não vou admitir uma coisa que não existe - e ela cruzou os dedos mais uma vez.

      - Então fala aqui na minha cara que você não sente nenhuma atração por mim - a Mi não disse nada, então ele continuou - olha esse rosto lindo e esse corpo sexy, você me deseja, todas me desejam, eu sou um gato, inteligente e legal - eu  dei um ataque de riso por causa das coisas que o Dylan estava dizendo - E ai Mi, me diz que não não gosta de mim -ele disse rindo.

      - Vamos comprar o jornal- disse a Mi revirando os olhos.

      Eles compraram um jornal e começamos a procurar o número do tal homem que estava contratando, estávamos sentados em um banco na praça e o Dylan não tinha desistido de perturbar a Mi, insultando-a de todas as formas possíveis.

      - Você ainda não me respondeu Mi-disse o Dylan bem pertinho do ouvido da Mi, ele falou em um tom só um pouquinho mais baixo que o normal mas que dava pra nós duas ouvirmos.

      - Pra mim já chega - disse a Mi - eu vou pra casa Lu, te espero lá, não chegue tarde e aproveite bem seu acompanhante insuportável ai.

      - Tá... Tudo bem, se você quer me deixar sozinha tudo bem, se não quer me ajudar a marcar uma entrevista eu entendo, pode ir, eu vou ir reservar um espaço de baixo do viaduto pra mim morar com a Lua... - disse isso e outras coisas, fazendo drama é claro - bom gente eu tenho que ir, o viaduto mais próximo fica um pouco longe daqui.

      - Tá.. TAAAA, tá bom, eu estou aqui hó, vamos pra minha casa almoçamos e ligamos pra lá depois ok?

      - Até eu? - Dylan perguntou meio surpreso. A Mi respirou fundo e soltou um meio sorriso e disse :

      - Até você Dylan - ele sorriu pra ela agradecido e ela ficou vermelha e sorriu pra ele de novo.

      - Ok agora vamos - Eu disse cortando o clima que estava pra começar ali, odeio ser vela, mas infelizmente sempre acabo sendo.

      Fomos pra casa da Mi e almoçamos lá, depois ligamos pra casa do filho do amigo do pai do Dylan, consegui uma entrevista amanhã, tomara que eu consiga esse emprego. Ficamos na casa da Mi a tarde inteira quando deu 16:30 o Dylan levou eu e a Mi na escolinha da Lua esperamos ela sair e depois o Dylan nos levou pra tomar sorvete, brincamos igual um bando de crianças com a Lua no parquinho quando deu 18:30 Dylan levou eu e a Lua pro nosso apartamento e depois levou uma Mi pra casa dela.

      Cheguei em casa com uma fome enorme, fiz o jantar, dei banho na Lua, tomei um banho, coloquei as nossas roupas imundas pra lavar e depois eu fui jantar com a Lua, depois do jantar fomos assistir um filme infantil da Lua, eu amo desenhos sou como uma criançinha. Olho pra Lua que na metade do filme já está dormindo e fico me lembrando de quando eu era criança e meu pai deitava no tapete da sala comigo pra assistir the pink panter(a pantera cor de rosa) e nos riamos muito, me lembrei de quando a mamãe se juntava a nós, das guerras de almofadas que fazíamos e quando eu dormia em cima do papai vendo filmes de princesas, lembro que ele nunca reclamava de ter que ver filminhos comigo, muito pelo contrário, ele sempre estava ali demostrando interesse pelos desenhos que eu gostava de assistir. Algumas batidas na porta me tiram desse pensamento, peço um minuto carrego a Lua pro quarto e logo vou atender, era o síndico, ele veio avisar que eu tinha ate as 22:00 de amanhã pra desculpar o apartamento e que ele já tinha até alugado de novo, isso me deixou completamente desesperada eu precisava de mais tempo, e se eu não conseguisse o emprego na casa do filho do Sr. Lucas(amigo do pai do Dylan) o que eu iria fazer, eu precisava daquele emprego, não sabia ao certo o que eu ia fazer lá mas toparia até limpar o chão com as mãos, "dormir" com esses pensamentos e na manha seguinte acordei destruida em todo sentido da palavra, a entrevista estava marcada pras sete em ponto então acordei as 5:30 e fui me arrumar, quando acabei preparei o café, acordei a Lua e a arrumei, tomamos o café bem rapidinho e saímos as 6:10,quando eu estava chegando a portaria o porteiro me chamou e disse que alguém tinha deixado um presente lá pra mim, ele me deu uma caixinha muito bonitinha que eu resolvi abrir depois, eu agradeci e ia saindo quando o porteiro me disse que não tinha acabado ainda e que aquilo não era totalmente o presente, então ele me pediu que o seguisse até a garagem do prédio e assim eu fiz, quando cheguei na parte da garagem que o porteiro me levou eu não acreditei, eu estava sonhando, a única explicação lógica pra isso.