Capítulo 72

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       Tudo, tudo, tudo, é teu é só querer(você quer?) e com um sorriso é fácil de viver 🎶

Boa leitura!

      Fiquei mais um tempinho enrolado antes de subir pro quarto, era só pra ter certeza que o Eduardo já tinha ido dormir. Não estava nem um pouco afim de ter aquela "conversa" a essa hora da noite. Ou estava?

      Subi com a Maitte e dei graças a Deus por não ter ninguém no corredor, coloquei ela no berço e fiquei cantando uma música de ninar, quando tive certeza que ela estava dormindo apaguei as luzes e sai do quarto, só pra dar de cara com o Eduardo. Qual é o problema dele?

      - Está tentando me matar? - falei colocando a mão no peito.

      - Não, claro que não - ele falou irônico.

      - Acho que tem um pouco de frase na sua ironia - falei indo até meu antigo quarto - boa noite.

      - Ainda não.

      - Hã?

      Virei pra encara-lo e foi a pior ou melhor coisa que eu fiz no momento. Não deu tempo de reagir, só senti a boca dele se colando a minha.

      Se eu devia empurrar ele e ir embora da casa dele? Sim. Se eu fui? Lógico que não! Nossa senhora da bicicletinha, ele beija muito bem, não resisti tive que da uma mordidinha de leve no seu lábio inferior. Já ele não perdeu tempo, quando dei por mim suas mãos já estavam dentro da minha blusa. Só reparei que estávamos dentro do meu antigo quarto quando ele me deitou na cama.

      - Eduardo - chamei antes do último pingo de consciência se esvair.

      - Hun - ele "respondeu" enquanto "beijava" meu pescoço.

      - Não devíamos fazer isso.

      - Por que não? - ele levantou o rosto e me encarou - eu quero, você quer, é só deixar rolar.

      Eu ia responder mas um segundo depois a boca dele estava colada a minha me beijando intensamente. Como manter a razão com um homem desse, beijando desse jeito?

      De repente um choro ecoou pelo quarto, me trazendo de volta a consciência.

      - É a Maitte - falei - é melhor eu ir ver o que ela quer.

      - É só você deixar que uma hora ela para - ele resmungou.

      - Eduardo! Ela não é um telefone! Agora sai de cima de mim.

      - Sempre tem uma coisa pra atrapalhar, isso está ficando irritante - ele falou se levantando.

      - Para de reclamar e vai pro seu quarto - falei indo até a porta que ligava meu quarto ao da Maitte.

      - Quem vê até acha que você não quer! Mas eu sei que quer e não vai conseguir fugir de mim pra sempre! Boa noite - ele me deu um beijo e saiu.

      Enquanto acudia a Maitte fiquei pensando no que ele disse, será que ele estava certo? Não! Eu não nego que senti e sinto uma atração por ele, mas ainda não esqueci o que aconteceu quando fui embora daqui. E o engraçado é que ele age como se nada tivesse acontecido, como se nós sempre nos déssemos bem, coisa que não é verdade. Levei a Maitte até meu antigo quarto e deitei ela comigo na cama, enquanto ficava indignada ao lembrar que ele nem ao menos se desculpou. Que abusado.

      Acordei era umas seis horas da manhã com a Maitte chorando, toquei a fralda dela e com cautela desci até a cozinha e preparei a mamadeira dela, quando terminei fiz o mesmo caminho do mesmo jeito. Foi um sucesso! Cheguei ao quarto sem encontrar com o Eduardo. Tranquei a porta, por precaução tranquei a que ligava os quartos, pra caso o Eduardo tenha a idéia de entrar por ela, já que agora ele tem mania de entrar sem ser convidado.

      Deitei na cama com a Maitte e comecei a dar a mamadeira, dez minutos depois como eu previ o Eduardo apareceu, percebi quando ele forçou a maçaneta, mas quando viu que estava trancado ele foi embora, não tentou entrar pelo quarto da Maitte. Suspirei aliviada e voltei minha atenção pra Maitte.

      Fiquei o dia todo cuidando da Maitte e ajudando a Mari na cozinha, não tinha o que fazer. A noite terminei de ajudar a Mari e a Cida com o jantar, depois subi, arrumei a Maitte, me arrumei também, desci pra sala e fiquei esperando o Eduardo chegar.

      Estava sentada no sofá com a Maitte no colo, quando me dei conta de uma coisa, eu estava ansiosa pela chegada do Eduardo. Meu Deus, qual é o meu problema? Me levantei pra voltar pro quarto antes que ele chegasse, mas quando cheguei ao corredor ele chegou.

      - Boa noite, você está linda - ele falou me olhando de cima a baixo.

      - Boa noite, obrigado - falei corando.

      - Me esperou muito? - ele perguntou dando um sorrisinho.

      - Como soube?

      - Tenho funcionários bem prestativos.

      - Eu não estava esperando você - falei desviando o olhar.

      - Sei! Vem com o papai meu amor - ele falou erguendo os braços pra pegar a Maitte.

      - Papa - ela falou erguendo os bracinhos.

      - Ela falou - o Eduardo praticamente gritou - você ouviu? Ela falou papai - ele falou carregando ela e enchendo de beijos.

      - Eu ouvi Eduardo e tecnicamente ela não falou papai! Ela falou papa.

      - Você é uma estraga prazeres sabia?

      - Sim - falei rindo.

      - Senhor, o jantar está pronto - a Cida apareceu no corredor.

      - Pode mandar servi em meia hora.

      - Sim senhor - ela falou e saiu.

      - Vamos, tenho que tomar um banho - ele falou me puxando.

      - E por que eu tenho que ir com você?

      - Porque eu quero.

      - Me larga, não vou ficar lá com você tomando banho.

      - Você não tem que ficar lá comigo bobinha, é só me esperar pra descermos juntos.

      - Ata.

      Enquanto o Eduardo tomava banho eu fiquei com a Maitte no quarto esperando. Aproveitei pra espionar o quarto dele um pouquinho, confesso que só aceitei esperar ele aqui pra fazer isso, sempre quis saber como era, nunca dava pra ver direito, depois de ver o quarto e o closet resolvi deitar na cama dele um pouquinho, já estava com vontade de fazer isso a tempos! Fiquei brincando com a Maitte mas minutos depois ela dormiu, fiquei ali alisando os cabelos dela e acabei dormindo também.

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